• Colunistas

    Wednesday, 26-Jun-2024 05:13:47 -03
    Mercado Aberto

    Grande SP terá mais uma PPP de iluminação

    25/02/2015 03h24

    Depois de São Paulo e Diadema, a Prefeitura de São Bernardo do Campo procura parceiros do setor privado para operar, modernizar e ampliar o serviço de iluminação pública do município.

    O contrato prevê um investimento de R$ 1 bilhão, dos quais R$ 200 milhões serão aportados na troca de lâmpadas atuais por tecnologia LED e na instalação de mais pontos de iluminação.

    Hoje, são 41 mil focos de luz, que deverão ser ampliados para 59 mil em três anos.

    "Os recursos restantes serão aplicados na gestão digital da rede [que tornará mais ágil a troca de refletores queimados], na manutenção e no pagamento das contas de luz", diz Alfredo Buso, secretário de Obras e Planejamento Urbano da cidade.

    Editoria de Arte/Folhapress

    O edital deverá ser lançado dentro de um mês e a parceria público-privada terá duração de 25 anos.

    "Escolhemos esse modelo porque não teríamos recursos próprios para fazer as melhorias", diz Buso.

    O parceiro terá uma taxa de retorno do investimento de 9,5% ao ano.

    A prefeitura detém os ativos de iluminação pública desde os anos 70 e por isso não terá de se adequar à determinação da Aneel (Agência Nacional de Energia Elétrica), que exige a transferência desses ativos ao município.

    Em São Paulo, o edital, que prevê R$ 2 bilhões em aportes, deverá ser lançado em março. Em Diadema, o pacote de parcerias anunciado no fim de 2014 ainda aguarda a criação de um projeto de lei.

    *

    Ecos da indústria fraca

    A desaceleração da atividade industrial brasileira fez com que a importação de bens de capital caísse 7,6% no ano passado.

    O desembarque de peças para a agricultura e de máquinas para a indústria puxou o recuo, com -21,9% e -18%, respectivamente.

    Raquel Cunha/Folhapress
    Ennio Crispino, presidente da entidade
    Ennio Crispino, presidente da entidade

    "O resultado não foi tão ruim quanto esperávamos", diz o presidente da Abimei (Associação Brasileira dos Importadores de Máquinas e Equipamentos Industriais), Ennio Crispino.

    "O segmento de maquinário ficou mais próximo da nossa projeção, que era de uma retração de 20%."

    Editoria de Arte/Folhapress

    O executivo afirma que a alta no dólar não deverá alavancar o setor.

    "A cotação atual dá uma competitividade virtual para a indústria brasileira, pois favorece a exportação apenas das empresas que já conseguiram investir em qualidade e tecnologia."

    Para que haja um aumento real na competitividade, Crispino defende a desoneração da aquisição de bens de capital importados e nacionais. O executivo acrescenta que, se 2015 repetir os números de 2014, o ano já será satisfatório.

    *

    Confiança na economia é menor no Sul e no Sudeste

    O índice que mede a confiança dos empresários do setor industrial em relação à economia ficou abaixo da média nacional (40,2 pontos) nas regiões Sul e Sudeste em fevereiro, segundo a Confederação Nacional da Indústria.

    "São regiões com maior adensamento industrial e, portanto, mais sensíveis à desaceleração econômica", diz Flávio Castelo Branco, gerente-executivo da CNI.

    Entre os sulistas, o indicador chegou a 37,7 pontos -recuo de 5,1 pontos na comparação com janeiro.

    Editoria de Arte/Folhapress

    No Sudeste, ficou em 37,1 pontos. Esse foi o 17º mês em que a região registrou uma queda consecutiva. A última vez em que o índice ultrapassou os 50 pontos -o que indica otimismo- foi em janeiro do ano passado.

    O indicador varia de 0 a 100 e, quanto mais alto for, maior é a confiança.

    Nas outras regiões, o empresariado também está pessimista. Norte, Nordeste e Centro-Oeste marcaram 48,1, 42,6 e 41,8, respectivamente.

    "O aumento da renda ainda mantém o índice acima da média nesses locais." Foram ouvidas 2.830 pessoas.

    *

    Multiplicação de quartos

    O mês de janeiro fechou com 436 hotéis contratados nas Américas do Sul e Central, totalizando 69.718 quartos, segundo relatório da consultoria STR Global.

    O número representa uma alta de 14,3% em apartamentos sob contrato e de 27,9% de unidades em construção, na comparação com o mesmo período do ano passado.

    Os empreendimentos contratados são aqueles que estão em obras ou em fase final de planejamento –o cálculo exclui projetos ainda não confirmados.

    Entre os segmentos que compõem a hotelaria, o de alto padrão foi o que representou a maior parcela de quartos (21,2% do total).

    A pesquisa mostrou ainda que, nos Estados Unidos, havia 3.644 empreendimentos contratados no período. Juntos, eles somavam 438.957 apartamentos.

    O total representa um crescimento de 18,8% no número de unidades em relação a um ano atrás.

    O segmento de alto padrão também foi o que mais evoluiu no país: alta de 33,7%.

    *

    De olho na China

    Com o crescimento da presença econômica da China na Europa, aproximadamente a metade dos jovens do continente (52%) afirmou ter uma visão favorável em relação ao país asiático, de acordo com uma pesquisa do Pew Research Center.

    Entre sete países incluídos no levantamento, as maiores taxas de aprovação na faixa etária de 18 a 33 anos foram registradas por franceses (61%) e britânicos (59%).

    Editoria de Arte/Folhapress

    Os menores índices foram computados na Itália e na Alemanha –28% e 30%, respectivamente.

    No ano passado, o investimento direto chinês na Europa ultrapassou os US$ 18 bilhões (R$ 51 bilhões no câmbio atual), segundo o relatório da entidade.

    Foram entrevistadas para a pesquisa cerca de mil pessoas em cada um dos países.

    *

    Piso A Eliane, de revestimentos cerâmicos, terá uma nova linha na fábrica de Cacoal do Sul (SC). Os produtos terão tecnologia licenciada pelo grupo japonês Toto.

    Unidos O secretário-geral da ONU, Ban Ki-moon, visitará a usina de Itaipu nesta quinta-feira (26). Ele cumprirá uma agenda de dois dias de compromissos no Paraguai.

    com LUCIANA DYNIEWICZ, LEANDRO MARTINS, ISADORA SPADONI e DHIEGO MAIA

    mercado aberto

    Maria Cristina Frias, jornalista, edita a coluna Mercado Aberto, sobre macroeconomia, negócios e vida empresarial.
    Escreve diariamente,
    exceto aos sábados.

    Fale com a Redação - leitor@grupofolha.com.br

    Problemas no aplicativo? - novasplataformas@grupofolha.com.br

    Publicidade

    Folha de S.Paulo 2024