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    Coca-Cola Femsa investirá R$ 580 milhões no Brasil

    01/03/2015 03h00

    Apesar de 2014 ter sido um ano de retração no consumo e 2015 não apresentar sinais de melhora, a Coca-Cola Femsa, maior engarrafadora da Coca-Cola no Brasil, vai investir US$ 200 milhões (cerca de R$ 580 milhões) para ampliar sua atuação no país.

    O aporte será aplicado para otimizar a malha logística, criar novas linhas de produção, automatizar processos fabris e aumentar a cobertura de pontos de venda nos seis Estados em que atua, principalmente nos de Minas Gerais e Paraná.

    Eduardo Anizelli/Folhapress
    Retrato de Jose Ramon Martinez, presidente da Coca-Cola Femsa no Brasil
    Retrato de Jose Ramon Martinez, presidente da Coca-Cola Femsa no Brasil

    "Manteremos o foco no desenvolvimento de embalagens com tamanhos diferentes, como minipets e garrafas 'tamanho família', por causa do preço mais atraente ao consumidor", afirma José Ramón Martínez, presidente da companhia.

    O plano de ação ajudará a driblar a perspectiva de estabilidade para este ano, em comparação com 2014, segundo o executivo.

    Martínez acredita que o novo modelo de tributação para bebidas no país, que começa a valer em 1º de maio, vai trazer previsibilidade e segurança jurídica, uma vez que o cálculo das alíquotas será simplificado.

    "Mesmo com essa mudança, ainda há muito o que ser feito. A carga tributária no Brasil é muito pesada."

    A empresa ainda não calculou se os impostos a serem pagos serão maiores ou menores com a nova medida.

    Editoria de Arte/Folhapress

    "Ao menos o setor não terá grandes imprevistos pelos próximos três anos."

    "Com o modelo de tributação de bebidas anterior, os investimentos estavam sempre suscetíveis a variáveis de cálculo"
    José Ramón Martínez, presidente da Coca-Cola Femsa Brasil

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    Vendedor onipresente

    Quase todos (97%) os altos executivos de companhias de varejo e bens de consumo entrevistados pela consultoria EY (antiga Ernst & Young) consideram importante a adoção de estratégias "omni-channel", que permitem mesclar o ato da compra em ambientes físicos e virtuais.

    A monetização dessa estratégia, entretanto, ainda é um desafio: 38% dos consultados que tomaram a decisão conseguiram sentir impacto na receita da empresa.

    Editoria de Arte/Folhapress

    Os resultados mais observados foram a fidelização do cliente (95%) e o diferencial entre os concorrentes (90%).

    "Nos países emergentes, a adesão dessa estratégia será decisiva para o crescimento futuro dos negócios", afirma Cristiane Amaral, sócia da consultoria.

    A cadeia de suprimentos tradicional também precisa ser repensada para atender a nova realidade.

    "No Brasil, um dos grandes desafios é a infraestrutura e as exigências fiscais."

    Apenas 5% das empresas consultadas têm estratégias completas de "omnichannel".

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    Cai parcela de executivos confiantes com mercado

    A parcela de executivos de média e alta gerência que estão confiantes com o mercado de trabalho caiu de 63% no início de 2014 para 51% neste ano, segundo levantamento da empresa de recrutamento Michael Page feitocom 500 pessoas.

    "A pesquisa reflete o cenário macroeconômico", diz o diretor-executivo da companhia, João Marco Frederico.

    Editoria de Arte/Folhapress

    "Mas mais da metade ainda está otimista. Talvez porque os entrevistados, como são profissionais qualificados, possam corresponder à parcela da população que está entre as últimas a serem afetadas pela economia."

    O estudo apontou ainda que 38% dos ouvidos pretendem trocar de emprego neste ano. Desses, 21% querem mudar de área de atuação.

    "As pessoas querem sair dos setores mais impactados pela crise, principalmente do de óleo e gás, do automotivo e do da construção."

    Na área de óleo e gás, não só os escândalos da Petrobras impactaram o mercado, como também a queda do preço do petróleo e a exploração do gás de xisto nos Estados Unidos.

    Foram entrevistados executivos com salários entre R$ 10 mil e R$ 35 mil.

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    Na ponta do lápis

    Mais da metade (52%) dos brasileiros ouvidos para um levantamento da Fecomércio-RJ afirmaram que o preço do material escolar neste ano está mais caro do que o praticado em 2014.

    O resultado é sete pontos percentuais superior ao registrado no ano passado, quando 45% dos consumidores disseram que o valor dos produtos estava mais elevado.

    Editoria de Arte/Folhapress

    "Isso é decorrente da inflação persistente, que tem incidido também no mercado da educação", afirma Christian Travassos, economista da entidade.

    Três em cada quatro entrevistados (76%) também afirmaram ter adquirido os produtos escolares à vista. O restante parcelou suas compras.

    O levantamento ainda mostra que 49% dos ouvidos pesquisaram os preços antes de pagar pelos produtos.

    "Apesar da falta de cultura em pesquisar, o brasileiro hoje tem mais noção de preço que no passado."

    O estudo ouviu mil pessoas de 70 cidades do país.

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    Mudança... A Novartis, do setor farmacêutico, trocou seu gerente-geral de oncologia no país. Alexandre Gibim assumiu o cargo, no lugar de Patrick Eckert.

    ...no comando Eckert foi promovido a chefe de oncologia da companhia na região do Oriente Médio e do Norte da África. O executivo ficará baseado em Dubai.

    com LUCIANA DYNIEWICZ, LEANDRO MARTINS, ISADORA SPADONI e DHIEGO MAIA

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    Maria Cristina Frias, jornalista, edita a coluna Mercado Aberto, sobre macroeconomia, negócios e vida empresarial.
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