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    Mercado Aberto

    Grupo do setor imobiliário investirá R$ 250 mi em SP

    13/03/2015 03h00

    A incorporadora e construtora paulista Sabgroup vai investir R$ 250 milhões em sete empreendimentos residenciais na capital, em bairros como Jardins, Itaim Bibi, Ibirapuera e Morumbi.

    Apesar da retração econômica, a empresa acredita que há carência de lançamentos nessas regiões pela falta de terrenos disponíveis e pela alteração do Plano Diretor da cidade, que restringe, por exemplo, o tamanho de apartamentos e a quantidade de vagas na garagem.

    "Tínhamos os terrenos e protocolamos os projetos no ano passado, ainda na lei antiga. Apesar da crise, decidimos não segurar os lançamentos, pois o ciclo do mercado imobiliário é longo", afirma Roberto Bisker, presidente da empresa.

    Eduardo Anizelli/Folhapress
    Roberto Bisker, presidente da empresa
    Roberto Bisker, presidente da empresa

    Além dos prédios com unidades maiores, com áreas entre 170 m² e 280 m², a empresa também lançará apartamentos com cerca de 40 m².

    "Eles terão alguns diferenciais como salas de estar e jantar no condomínio, que servirão como uma extensão da casa. Quando o morador quiser fazer um jantar para mais pessoas, ele reserva o espaço", diz Bisker.

    Um dos projetos, no Ibirapuera, tem a Brookfield como sócia majoritária. Os outros serão feitos em parceria com um fundo de pensão canadense, com quem o grupo tem uma joint venture.

    Com um volume maior de lançamentos para este ano, em comparação com 2014, a Sabgroup decidiu adiar para 2016 investimentos no litoral, onde também atua.

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    Entre 42 países, Brasil tem a 2ª pior expectativa de emprego

    O Brasil tem a segunda expectativa líquida de emprego mais baixa entre 42 nações pesquisadas pelo grupo de recrutamento de profissionais Manpower. Apenas a Itália perde para o país.

    O índice (percentual das empresas que pretendem aumentar o seu quadro de funcionários menos a parcela dos que devem diminuir) para o segundo trimestre deste ano ficou em -1%.

    Editoria de Arte/Folhapress

    Essa é a primeira vez desde que a empresa começou a fazer o levantamento no Brasil, no fim de 2009, que o país registra um número negativo.

    "As pesquisas anteriores já vinham mostrando uma tendência de desaceleração que caminhava para esse momento [de queda]", diz Márcia Almström, diretora do grupo.

    Os segmentos da construção e da indústria são os mais pessimistas, com -12% e -9%, respectivamente.

    Quando a análise considera o porte das empresas, as pequenas (de 10 a 49 funcionários) e as médias (de 50 a 249) apresentam os piores resultados: -8%. Entre as grandes (com mais de 250), o indicador é de 12%.

    Foram entrevistadas 65 mil pessoas.

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    Marcha lenta

    A indústria farmacêutica nacional registrou uma alta de 8,33% no valor de suas vendas em fevereiro na comparação com o mesmo mês de 2014. O faturamento passou de R$ 4,7 bilhões para R$ 5,1 bilhões no período.

    Os dados foram reunidos pelo Sindusfarma (Sindicato das Indústrias Farmacêuticas de São Paulo) na base de informações da IMS Health.

    Editoria de Arte/Folhapress

    Apesar do resultado positivo, o crescimento na comercialização de fármacos dá sinal de desaceleração em relação aos anos anteriores.

    O desempenho de fevereiro deste ano foi o menor obtido para o mesmo mês desde 2010, quando o segmento avançou 25,27%.

    Na comparação com janeiro, as vendas de produtos farmacêuticos sofreram uma queda de 7,3%.

    "O setor está pressionado com a alta do dólar, que deixou as operações mais caras, e pela subida dos preços de combustíveis e energia", diz Nelson Mussolini, presidente do Sindusfarma.

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    Crédito japonês

    A retração na oferta de crédito por bancos públicos, como o BNDES, deverá elevar as oportunidades para instituições privadas, mesmo no cenário atual, segundo o Banco de Tokyo-Mitsubishi UFJ Brasil.

    "Há várias empresas no mercado tomando recursos agora, talvez até se antecipando para uma eventual piora na situação", afirma Rogério Monori, vice-presidente da instituição financeira japonesa no país.

    "Há um nível de demanda bom e linhas bancárias disponíveis", diz Monori.

    Sobre o investimento de grupos japoneses no Brasil, o executivo afirma que ele ainda é crescente.

    "A preocupação [com as dificuldades] existe, mas as empresas não estão olhando só para 2015, há uma visão de longo prazo."

    O banco vai reunir na próxima semana, no Japão, 500 companhias interessadas no mercado brasileiro.

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    Voo O programa de milhagem Smiles ampliou em 86% a emissão de bilhetes internacionais em 2014. Parte da alta se deu pela entrada de quatro parceiros: TAP, Etihad, Aerolíneas Argentinas e Alitalia.

    Expansão O escritório Siqueira Castro tem duas novas sócias, as advogadas Patricia Yafuso e Taylise Seixas, que atuarão no setor de contencioso. Agora, a banca soma em seu quadro 71 sócios.

    Coelho A Mondelez, detentora da Lacta, e o Grupo Pão de Açúcar fecharam uma parceria para vender chocolates de Páscoa. A marca terá um canal exclusivo dentro dos sites Pão de Açúcar e Extra Delivery.

    Nova casa A Wyser, empresa da multinacional de recursos humanos Gi Group voltada para recrutamento e seleção de executivos de média e alta gerência, acaba de inaugurar uma filial no Recife.

    com LUCIANA DYNIEWICZ, LEANDRO MARTINS, ISADORA SPADONI e DHIEGO MAIA

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    Maria Cristina Frias, jornalista, edita a coluna Mercado Aberto, sobre macroeconomia, negócios e vida empresarial.
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