• Colunistas

    Tuesday, 07-May-2024 09:09:16 -03
    Mercado Aberto

    Varejo de materiais de construção tem estabilidade nas vendas no 1º bimestre

    15/03/2015 03h27

    Apesar do cenário atual de crise, as lojas de materiais de construção mantiveram nos dois primeiros meses deste ano o mesmo nível de vendas de janeiro e fevereiro de 2014, segundo estudo da Anamaco (associação da área).

    "Se levarmos em consideração as dificuldades de outros setores e também o fato de que fevereiro deste ano teve menos dias úteis por causa do Carnaval, foi um bom desempenho", diz o presidente, Cláudio Conz.

    Editoria de arte/Folhapress

    A venda de cimento foi a que mais cresceu no bimestre (4,5%), seguida por louças e metais sanitários (4%), tintas (3%) e revestimentos cerâmicos (2,5%).

    Os negócios também foram impulsionados pela comercialização de itens hidráulicos e elétricos, por causa da crise de abastecimento de água e do aumento do preço da energia. "As caixas d'água despareceram dos estoques."

    Em 2014, as vendas subiram 2,8%, o pior desempenho desde 2004. A projeção para 2015 é de elevação de 6%.

    Um dos motivos para o otimismo é que o setor avalia que alguns segmentos, como o de turismo, concorrem diretamente por espaço no orçamento do consumidor.

    "Com o dólar mais caro, muitas famílias podem deixar de viajar e priorizar uma reforma na casa que vinha sendo adiada", diz Conz.

    Mesmo a desaceleração da construção civil não é vista como um entrave maior. "As construtoras compram direto da indústria, vendemos para o consumidor final."

    *

    Pimenta no churrasco

    A rede de churrascarias Fogo de Chão, que hoje atua no Brasil e nos Estados Unidos, entrará no mercado mexicano com a abertura de uma unidade em abril. O projeto de expansão internacional prevê 12 restaurantes no país em cinco anos.

    Silvia Costanti/Valor
    Jandir Dalberto, presidente de operações da rede Fogo de Chão, no Brasil
    Jandir Dalberto, presidente de operações da rede Fogo de Chão, no Brasil

    "Como é próximo dos EUA, poderemos enviar os produtos com facilidade. Além disso, o consumo de carne do mexicano é semelhante ao do brasileiro", diz Jandir Dalberto, que comanda a companhia no Brasil.

    O investimento em cada ponto no país deverá ficar ao redor de US$ 4 milhões (R$ 13 milhões na cotação atual).

    O valor é o mesmo demandado na instalação de uma unidade nos EUA, onde serão abertas mais duas lojas neste ano –uma outra já foi inaugurada em Los Angeles em fevereiro.

    Para o Brasil, o plano é colocar em operação dois restaurantes novos até dezembro. Um deles será no Rio.

    "Nosso projeto é um ponto por ano no país, mas, em 2014, não abrimos nenhum porque não encontramos um lugar bom. Os preços dos aluguéis estavam muito elevados. Agora, já estão melhorando", acrescenta.

    *

    Classe média americana

    A maioria dos americanos (72%) ouvidos para uma pesquisa do Pew Research Center afirmou acreditar que o governo do país fez pouco ou nada para ajudar a classe média desde o início da atual recessão, em 2008.

    Quase sete em cada dez (68%) tiveram a mesma avaliação sobre as políticas econômicas adotadas para auxiliar as pequenas empresas.

    Editoria de arte/Folhapress

    Apesar disso, houve uma melhora na visão dos americanos em relação ao trabalho e à renda no país.

    Para 67% dos consultados em fevereiro deste ano, o nível de emprego nos Estados Unidos já está parcial ou totalmente recuperado. Em setembro de 2013, o percentual era 20 pontos inferior.

    Sobre a renda familiar, os americanos que acreditam ter ocorrido um avanço total ou parcial saltou de 44% para 55% no mesmo período.

    Quando questionados sobre a influência da recessão em suas finanças pessoais, 29% disseram que houve um grande impacto.

    Ao todo, 1.504 pessoas foram entrevistadas.

    *

    Telecomunicações controladas

    Os executivos da Europa do segmento de telecomunicações são os que menos acreditam que a regulamentação pode encorajar o investimento e a inovação.

    Editoria de arte/Folhapress

    Dos entrevistados no continente pela EIU (Economist Intelligence Unit), 21% defenderam as normas do governo -menor parcela quando se consideram as regiões América Latina, América do Norte, Ásia-Pacífico e África e Oriente Médio.

    Os europeus, no entanto, estão justamente entre os que mais podem ser afetados por novas regras. Até o fim deste ano, a União Europeia pretende abolir as taxas de "roaming" para usuários residentes na região.

    Na América Latina, 30% dos ouvidos afirmaram que as normas podem favorecer o investimento. América do Norte (32%) e Ásia-Pacífico apareceram em seguida (33%).

    Foram entrevistados 200 executivos, sendo que metade deles trabalham em empresas com faturamento superior a US$ 500 milhões.

    *

    Tecnologia... A Serasa Experian fechou um contrato com a rede de lojas Pernambucanas para o fornecimento de sistemas tecnológicos utilizados na concessão de crédito. O valor não foi informado.

    ...para o crédito Com as novas ferramentas, a rede varejista terá capacidade de identificar potenciais fraudadores em tempo real.

    Rei... A Ama Brasil, gestora do Museu Pelé, em Santos (SP), obteve a liberação para captar R$ 11,3 milhões por meio da Lei Rouanet. A maior parte irá para um novo trabalho de museologia no local.

    ...em exposição Inaugurado em junho do ano passado, durante a Copa, o museu recebeu cerca de 70 mil visitantes em nove meses.

    com LUCIANA DYNIEWICZ, LEANDRO MARTINS, ISADORA SPADONI e DHIEGO MAIA

    mercado aberto

    Maria Cristina Frias, jornalista, edita a coluna Mercado Aberto, sobre macroeconomia, negócios e vida empresarial.
    Escreve diariamente,
    exceto aos sábados.

    Fale com a Redação - leitor@grupofolha.com.br

    Problemas no aplicativo? - novasplataformas@grupofolha.com.br

    Publicidade

    Folha de S.Paulo 2024