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    Mercado Aberto

    Setor de biscoitos e massas fatura 11,5% a mais em 2014

    27/03/2015 03h00

    A indústria de biscoitos, massas, pães e bolos industrializados registrou no ano passado um avanço nominal de 11,5% no faturamento, segundo a Abimapi (associação que representa a área).

    Descontada a inflação de 6,41% medida pelo IPCA em 2014, o setor teve uma evolução real de pouco mais de 5%. O total faturado pelas empresas foi de R$ 32,2 bilhões.

    Apesar do crescimento no valor, o volume produzido e o consumo per capita permaneceram estáveis em relação a 2013, ainda de acordo com a pesquisa feita em parceria com a consultoria Nielsen.

    Editoria de Arte/Folhapress

    "O faturamento cresceu porque, além da reposição de preços, houve uma busca dos consumidores por produtos com maior valor agregado", diz Claudio Zanão, presidente-executivo da entidade.

    "No segmento de biscoitos, por exemplo, tem ocorrido um movimento de substituição de produtos básicos por outros mais caros, como cookies. Isso gera uma elevação do faturamento, ainda que o volume não cresça."

    Como fornece alimentos industrializados sobretudo para consumo em casa, o setor não sentiu um grande impacto da desaceleração econômica em 2014, diz Zanão.

    Para 2015, no entanto, com a piora do cenário, a projeção é que haja um crescimento nominal menor, de 5% a 6%.

    Caso o número se confirme, poderá não ser suficiente nem para repor a inflação, que já foi projetada acima de 8% por economistas, segundo o último Boletim Focus, do Banco Central.

    *

    Mais gás

    A Compagas, empresa concessionária responsável pela distribuição de gás natural no Paraná, vai investir R$ 85,7 milhões neste ano na ampliação de sua rede de abastecimento no Estado.

    Entre os principais projetos da companhia está a construção de um ramal de 41,8 quilômetros que irá de Ponta Grossa (a 115 km de Curitiba) a Castro, passando pela cidade de Carambeí.

    "Esperamos ter um grande retorno quando começarmos a atender essa região", afirma o diretor-presidente da concessionária, Fernando Ghignone.

    Theo Marques/Folhapress
    Fernando Ghignone, presidente da distribuidora de gás, em Curitiba
    Fernando Ghignone, presidente da distribuidora de gás, em Curitiba

    "Forneceremos gás para a Cargill e a Evonik, mas haverá a perspectiva de servir outras empresas instaladas nas proximidades", completa o executivo.

    A expansão também prevê o fornecimento a um maior número de casas, principalmente nas cidades de Curitiba e Ponta Grossa. Hoje, são 20 mil clientes residenciais. Até o fim do ano, deverão ser mais 5.000.

    Por enquanto, a valorização do dólar –a moeda norte-americana é utilizada para comprar o gás da Bolívia– não afeta os projetos de ampliação já traçados pela companhia.

    "Desde janeiro, tivemos uma alta no custo de aquisição de 13%. Repassamos apenas 3,4% e estamos absorvendo essa diferença", diz Ghignone.

    Os investimentos, de acordo com o executivo, estão assegurados enquanto o câmbio não ultrapassar a barreira de R$ 3,30."

    *

    Água franqueada

    A Brastemp, companhia do grupo Whirlpool, prevê abrir 55 franquias pelo país até 2016 para ampliar o número de clientes com a assinatura para fornecimento de purificadores de água da marca e assistência técnica.

    A primeira franquia foi criada em Curitiba em 2013 e ficou sob teste por dois anos. Agora, a empresa planeja expandir o negócio para 37 localidades, como em São Paulo, Rio de Janeiro e Brasília.

    O franqueado vai desembolsar R$ 350 mil por ponto e fará a administração das assinaturas, além da troca de filtros dos equipamentos em sua área de atuação.

    A assinatura mensal do serviço custa R$ 69,90. A Brastemp oferece três modelos de purificadores, com valores entre R$ 60 e R$ 95.

    "As franquias cresceram 10% no ano passado e a crise hídrica deixou o consumidor ainda mais exigente em relação à qualidade da água. Por isso, achamos que é oportuno expandir o negócio agora", afirma Cauê
    Nascimento, diretor da companhia.

    Com o modelo de franquia, a Brastemp planeja crescer cinco vezes o total de assinaturas pelos próximos cinco anos. Hoje, são 180 mil.

    R$ 12,6 milhões
    foi o faturamento mensal das assinaturas em 2014

    55
    será o número de franquias

    R$ 350 MIL
    é o investimento por ponto

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    Mala sem alça

    O volume de bagagens extraviadas subiu 10,6% em 2014 e chegou a 24,1 milhões de malas no mundo, segundo estudo da Sita, empresa de tecnologia da informação para o transporte aéreo.

    O custo para a indústria de aviação foi de US$ 2,4 bilhões no ano (cerca de R$ 7,7 bilhões, na cotação atual), um incremento de 14,8% em comparação com 2013.

    São consideradas bagagens extraviadas aquelas que são despachadas e entregues com atraso, estragos, ou que são perdidas ou furtadas.

    Editoria de Arte/Folhapress

    A demora na entrega representou 80% do total de ocorrências no mundo.

    O principal motivo para os incidentes foi a transferência incorreta dos pertences (49%), que respondeu por 11,8 milhões de bagagens. A maioria delas foi devolvida em até dois dias.

    Outras causas apontadas foram o erro durante o transporte (21%) e problemas na segurança ou na emissão de bilhetes (15%).

    O fluxo de passageiros aumentou 5,5% no período e totalizou 3,3 bilhões.

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    Britânicos apreensivos

    Os britânicos estão menos preocupados com a economia de seu país, segundo a consultoria Ipsos Mori.

    Em março, houve uma redução de dois pontos percentuais em relação ao período pesquisado anteriormente.

    Editoria de Arte/Folhapress

    O tema permaneceu em terceiro lugar entre os maiores receios dos consumidores da Grã-Bretanha, atrás da imigração (45%) e do sistema nacional de saúde (38%).

    Em fevereiro, a saúde pública liderava e a imigração ficava na segunda posição.

    No mesmo período de 2010, a economia era o assunto mais preocupante no país (55%), seguido pelas relações raciais e imigração (33%).

    com LUCIANA DYNIEWICZ, LEANDRO MARTINS, ISADORA SPADONI e DHIEGO MAIA

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    Maria Cristina Frias, jornalista, edita a coluna Mercado Aberto, sobre macroeconomia, negócios e vida empresarial.
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