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    Mercado Aberto

    Empresas de celulares investem em loja própria para melhorar assistência

    29/03/2015 03h00

    Fabricantes de aparelhos móveis, como celulares, tablets e smartphones, estão aos poucos substituindo as redes de assistência técnica multimarcas terceirizadas por estruturas próprias.

    Um dos objetivos é a redução no tempo de espera por consertos –a demora é uma das principais queixas dos consumidores.

    A Motorola abriu no país, no fim do ano passado, três lojas em São Paulo, Rio e Curitiba, especializadas em pós-vendas. Outros dois pontos deverão ser inaugurados até maio, em Salvador e Recife.

    Editoria de Arte/Folhapress

    "As três unidades em operação já representam cerca de 20% do total de atendimentos", diz Sergio Buniac, presidente da empresa no Brasil e vice na América Latina.

    Como as lojas têm laboratórios de reparo próprios, a empresa fixou um tempo médio de espera dos clientes em cerca de 30 minutos.

    Com o resultado obtido, o modelo de pós-venda será reproduzido pela Motorola fora do país. "Está em implantação na Índia e em negociação em países da América Latina", afirma Buniac.

    A Samsung também amplia a sua estrutura de pós-venda exclusiva –abriu pontos em Salvador e Recife no início deste ano e planeja estruturas no Rio de Janeiro e em Porto Alegre.

    Eduardo Knapp/Folhapress
    Sergio Buniac, presidente da Motorola no Brasil e vice presidente para a América Latina
    Sergio Buniac, presidente da Motorola no Brasil e vice presidente para a América Latina

    "Com essas unidades dedicadas apenas aos nossos produtos, 85% dos aparelhos têm os problemas solucionados em até 24 horas", diz Luiz Ruiz, que comanda a área de atendimento ao cliente.

    "Nas assistências técnicas multimarcas, esse prazo pode chegar a até sete dias."

    Os centros de reparos pertencem a parceiros, mas parte do aporte na montagem dos locais é feita pela própria Samsung, segundo Ruiz.

    A Apple informou que, além da rede terceirizada, tem serviços de pós-venda em sua loja própria, no Rio. O grupo americano assinou no ano passado o contrato para a segunda Apple Store no Brasil, em São Paulo.

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    Sobremesa com sal

    A Vigor Alimentos ampliou sua fábrica na região do Belenzinho, em São Paulo, para entrar no segmento de iogurtes salgados.

    Serão produzidos na nova linha itens do tipo grego nos sabores salsa e cebolinha e azeitona preta.

    Na mesma unidade, serão fabricadas ainda as primeiras versões de iogurtes naturais e grego zero lactose.

    O processo não requer uma separação da linha com lactose, pois o açúcar é retirado após a confecção.

    A opção salgada terá um tíquete médio duas vezes superior ao praticado na doce e a sem lactose terá preço sugerido 50% maior.

    "O que temos feito é agregar valor ao nosso portfólio, com lançamentos não apenas de novos sabores", diz o CEO Gilberto Xandó.

    O volume de lançamentos previstos para este ano será semelhante ao de 2014, de cerca de 130 produtos, das marcas Vigor e da Itambé.

    R$ 1,15 bilhões
    foi a receita do grupo em 2014

    R$ 354,9 bilhões
    foi o Ebitda (lucro antes de juros, impostos, depreciação e amortização) no ano passado

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    Receita de bancos crescerá 5,3% até 2020, afirma BCG

    Os bancos corporativos do Brasil têm projeção de crescimento na receita de 5,3% entre 2012 e 2020, a menor entre os Brics, segundo o BCG (Boston Consulting Group).

    Os bancos da Índia são os que apresentam a maior perspectiva de expansão no período analisado, 14,7%.

    Editoria de Arte/Folhapress

    Em seguida, aparecem as instituições de China, Rússia e África do Sul, com 11,6%, 7,3% e 7%, respectivamente.

    Entre os países do G-20, os bancos do Brasil também estão bem atrás: na 14º posição.

    O levantamento não traz o desempenho das instituições em valores absolutos.

    O estudo destaca que os bancos terão de mudar seu modelo tradicional de negócio para atender, por exemplo, a demanda de grandes corredores de comércio, como entre Brasil e China.

    Até 2020, a receita do sistema bancário na América Latina crescerá 8%, com US$ 245 bilhões (R$ 794 milhões, na cotação atual).

    No período, os mercados emergentes responderão por dois terços da receita bancária global, prevê o estudo.

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    Malhação licenciada

    A rede de academias Runner vai priorizar o modelo de licenciamento para expandir o número de unidades nos próximos dois anos. Com o formato, empresas já existentes adotam a bandeira, após se adaptarem ao padrão determinado pela marca.

    O grupo planeja fechar 2015 com dez contratos assinados. Para 2016, a meta é atingir mais 15 negócios.

    "Os investimentos variam porque há casos de academias que estão bem estruturadas. Em outras, há a necessidade de mais mudanças na conversão", diz o presidente, Celso Soares Guimarães.

    A Runner tem hoje cerca de 40 mil alunos matriculados em suas 21 unidades. Ao todo, são 900 funcionários.

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    País do futuro?

    Um grupo de herdeiros entre 20 e 40 anos de idade, de vários países, encerra hoje uma reunião de três dias em São Paulo.

    A Young Investors Organization é patrocinada pelo banco suíço Credit Suisse, que oferece um curso de uma semana em Zurique para jovens convidados de famílias que tenham a partir de US$ 25 milhões em ativos.

    A organização realiza três encontros por ano e tem cerca de mil membros (55 brasileiros). O principal objetivo é o "networking", segundo organizadores do grupo.

    Os participantes do evento ouviram palestras com o tema "Brasil, país do futuro?" e visitaram a Embraer, em São José dos Campos (SP).

    com LUCIANA DYNIEWICZ, LEANDRO MARTINS, ISADORA SPADONI e DHIEGO MAIA

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    Maria Cristina Frias, jornalista, edita a coluna Mercado Aberto, sobre macroeconomia, negócios e vida empresarial.
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