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    Mercado Aberto

    Empresa de aplicativo de táxis recebe nova rodada de investimentos de fundos

    09/04/2015 03h07

    A 99Taxis, empresa de aplicativo para chamada de táxis, fechou uma nova captação de recursos com fundos de investimentos, que serão usados na expansão da rede.

    Essa é a segunda rodada de aportes obtidos pelo grupo neste ano (a primeira ocorreu em janeiro). Somadas, elas totalizam R$ 130 milhões.

    Karime Xavier/Folhapress
    Paulo Veras, CEO da 99Taxis
    Paulo Veras, CEO da 99Taxis

    Os valores virão dos fundos internacionais Tiger Global e Qualcomm Ventures e do nacional Monashees –os três já fizeram outros desembolsos desde 2012, quando a empresa foi fundada.

    "Vamos utilizar [o dinheiro] não tanto para uma expansão geográfica, pois já cobrimos o país todo, mas para aumentar a nossa participação nos mercados", diz Paulo Veras, CEO da 99Taxis.

    Editoria de Arte/Folhapress

    "Hoje, menos de 10% dos passageiros de táxis do Brasil utilizam aplicativos para chamar o serviço. Acreditamos que é possível elevar essa fatia para 50%", afirma.

    Para isso, a empresa investirá a maior parte dos recursos na captação de novos usuários. Outro montante irá na infraestrutura tecnológica do grupo.

    A ampliação do segmento corporativo, para a gestão de serviços de táxi dentro de companhias, é outra meta. "Entramos nessa área no meio do ano passado e temos hoje 300 clientes."

    A 99Taxis recebe dos taxistas uma comissão de 9% do valor de cada corrida solicitada por meio do aplicativo.

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    Locadoras de veículos faturam mais, mas setor desacelera

    O faturamento do setor de locadoras de veículos registrou um avanço real de 3,15% no ano passado, segundo relatório da Abla (associação nacional da área).

    Apesar da alta, houve uma desaceleração pelo segundo ano consecutivo. Em 2013, o segmento havia crescido 4,73% e, em 2012, 9,9%.

    "Se levarmos em consideração as dificuldades causadas pela Copa no segmento corporativo e a piora da economia ao longo do ano, ainda foi um desempenho bom", diz Paulo Nemer, que preside o conselho da entidade.

    Karime Xavier/Folhapress
    Paulo Nemer, da associação de locadoras de veículos
    Paulo Nemer, da associação de locadoras de veículos

    A deterioração do cenário econômico causou impacto principalmente no segmento de terceirização de frota, que representa 57% do total de negócios do setor no país.

    Com a atividade reduzida, grandes empresas decidiram rescindir seus contratos de locação de veículos a mantê-los parados, ainda segundo Nemer, que também é dono da Rede Brasil de locadoras.

    "Preferiram encerrar os contratos e pagar multa, por causa da inércia", diz.

    As companhias da área faturaram juntas R$ 14,7 bilhões no ano passado. Para 2015, a entidade ainda não fechou uma projeção.

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    Sem dragagem, Santos deixa de movimentar 500 mil contêineres

    A falta de obras constantes para manter o calado (profundidade do canal) do porto de Santos não permitiu que pelo menos 500 mil contêineres fossem embarcados em 2014, segundo a ABTP (que representa o setor).

    Editoria de Arte/Folhapress

    O volume corresponde a 20% do movimentado no ano passado pelo terminal, que é o mais importante do país.

    Uma audiência pública coordenada pela Secretaria de Portos ocorre nesta quinta-feira (9), em São Paulo, para discutir um novo modelo de concessão de dragagens.

    "Por causa da morosidade no atual processo de licitação, o serviço pode demorar cinco anos para ser contratado", afirma Wilen Manteli, presidente da associação.

    "Os portos precisam ter dragagem permanente, não para remediar o assoreamento."

    O presidente do porto de Paranaguá, Luiz Henrique Dividino, porém, afirma que o terminal paranaense passa por manutenção de profundidade anual e não encontra obstáculos com as licitações.

    "O tema é importante para o funcionamento dos portos. Estamos curiosos para saber se o novo modelo trará mais celeridade aos terminais que precisam, com tarifas que não onerem os usuários."

    Hoje, os serviços são custeados com as taxas cobradas das embarcações. A concessão funcionaria como uma espécie de "pedágio".

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    Resultado econômico

    O Brasil ficou em 42º lugar na lista de países que conseguem melhor reverter o progresso econômico em benefícios sociais para a população.

    O ranking, elaborado pela instituição sem fins lucrativos Social Progress Imperative, colocou o país na frente de todos os Brics, mas atrás de outros latino-americanos, como Uruguai (24º), Chile (26º) e Argentina (38º).

    Editoria de Arte/Folhapress

    "É um resultado bastante satisfatório. O Brasil ficou em uma colocação melhor do que quando se analisa o PIB per capita", afirma Eduardo Oliveira, sócio da Deloitte, empresa que participou da elaboração do estudo.

    No ranking que considera o PIB per capita, o país fica na 54ª posição.

    Para realizar a lista, foram analisados 53 índices. O pior desempenho foi registrado em segurança pessoal: 122º lugar dentre 133 nações. Tanto os homicídios como as mortes em acidentes de trânsito foram apontados como responsáveis pela colocação.

    Tolerância e inclusão registraram uma das melhores posições do país: 24ª.

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    Pacote... A FedEx Express vai abrir uma filial em Salvador. A unidade ampliará em 30% sua área operacional e em 53% sua capacidade de armazenagem na região Nordeste.

    ...baiano A companhia americana, que tem 50 pontos no Brasil, adquiriu na última terça-feira (7) a concorrente holandesa TNT Express.

    De olho... A Renner, varejista de moda, economizou em um ano 9.976.320 kWh, com campanhas educativas, substituição de equipamentos e uso de lâmpadas LED.

    ...na luz A energia poupada corresponde ao consumo de quase 30 dias de suas 250 lojas, de três centros de distribuição e da sede administrativa da companhia.

    Aliança A Korsa, da área de seguros, fechou uma parceria com a Inversiones en Seguros, do Grupo Inverseguros, do Panamá, que passa a representar no Brasil.

    com LUCIANA DYNIEWICZ, LEANDRO MARTINS e ISADORA SPADONI

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    Maria Cristina Frias, jornalista, edita a coluna Mercado Aberto, sobre macroeconomia, negócios e vida empresarial.
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