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    Mercado Aberto

    Após 2014 fraco, incorporadora retoma aportes

    23/04/2015 03h16

    Após um ano de corte nos investimentos, a incorporadora e construtora carioca Leduca retomará os aportes em 2015. Estão previstos cerca de R$ 250 milhões em quatros empreendimentos.

    Em 2014, foram R$ 30 milhões -em 2013, haviam sido R$ 350 milhões.

    "No ano passado, precisamos trabalhar o estoque. Acabamos dando um passo para trás para termos um maior impulso em 2015", afirma o presidente da empresa, Paulo Marques.

    Zô Guimarães/Folhapress
    Paulo Marques, presidente da empresa
    Paulo Marques, presidente da empresa

    Como estratégia de negócio em um período de desaceleração do setor imobiliário, a companhia está focando apenas no consumidor final, e não em investidores.

    "O investidor tem mais dúvidas em relação a suas escolhas", afirma o empresário.

    Editoria de Arte/Folhapress

    Para reforçar essa estratégia, a incorporadora deverá trabalhar apenas com projetos imobiliários nos próximos três ou quatros anos.

    Todos os empreendimentos que serão lançados neste ano terão esse perfil. Dois deles serão instalados em Jacarepaguá, um na Tijuca e outro em Olaria.

    "Olaria é uma região que está se desenvolvendo, principalmente com o BRT [transporte rápido com ônibus]. Ali, vamos também revitalizar um patrimônio histórico [o antigo Cine Olaria]."

    A empresa não planeja atuar fora da capital fluminense. "Nosso ramo é complicado para abrirmos diversas frentes. É preciso conhecer a região onde está. Não construímos em um raio superior a 70 km do nosso escritório."

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    Empresa investe R$ 70 milhões para construir outlet na Bahia

    O grupo Consil, de construção e administração imobiliária, investirá R$ 70 milhões para erguer um outlet em Feira de Santana, a segunda maior cidade da Bahia.

    O empreendimento ficará localizado a seis quilômetros do centro do município, nas margens da rodovia BR-324.

    "Feira de Santana tornou-se um polo de negócios que influencia uma população de quase dois milhões de pessoas", diz Fabiano Lebram, sócio da companhia.

    Editoria de Arte/Folhapress

    O outlet contará com cem lojas. Nos seus 14 mil m² de área, também será montado um parque de diversões.

    A obra está prevista para ser entregue ainda este ano. Dos R$ 70 milhões investidos, 60% foram financiados.

    Com negócios apenas na Bahia, o grupo deixou de atuar unicamente nas áreas de incorporação e construção de residenciais após a crise financeira de 2008.

    Hoje, constrói e administra hotéis e shoppings. "Foi a única saída para continuarmos no mercado."

    Em 2016, a meta do grupo é investir em outros Estados do Nordeste, com mais um shopping e outro outlet.

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    Diária na rede

    As vendas de diárias da rede de hotéis Meliá pela internet no Brasil cresceram 36% em 2014 na comparação com o ano anterior.

    A variação é maior que o desempenho global da companhia no segmento on-line, que foi de 25%.

    "O resultado é reflexo das reservas para a Copa do Mundo e para os que quiseram fugir do evento", diz Maíra Barcellos, diretora do grupo.

    Editoria de Arte/Folhapress

    A rede Accor registrou uma evolução de 21% nas vendas pelo canal virtual no Brasil no mesmo período.

    A participação do site na receita brasileira subiu de 35%, em 2013, para 38% em 2014, puxada pelas bandeiras econômicas, que respondem por 70% do volume total de reservas on-line.

    "Aprimoramos no período a experiência do consumidor pelo smartphone, com o lançamento de aplicativos para todas as marcas da rede", diz Eric Funtowicz, diretor da rede na América Latina.

    A brasileira BHG viu dobrar o volume de reservas em 2014, após reformular o site.

    "A página fortalece as vendas mesmo em sites parceiros como Booking.com e Decolar", afirma Yan Gracindo, diretor do grupo.

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    Empresas responsáveis

    O Brasil é o quinto país, em um ranking formado por 23, onde a população mais acredita que as empresas precisam ser ambientalmente responsáveis, de acordo com levantamento da GfK.

    Dos entrevistados brasileiros, 81% concordam com a proposição. À frente, aparecem Índia (94%), Indonésia (93%), Turquia (83%) e França (82%). Suécia e Japão ficam nas últimas colocações, com 62% e 58%.

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    O Brasil também fica na quinta posição, com 71%, entre as nações com as maiores parcelas da população que afirmam comprar apenas produtos que se adequam aos seus valores.

    Nos primeiros lugares estão Índia (94%), Indonésia (78%), Ucrânia (78%) e China (72%). Nesse quesito, porém, a França aparece em 20º, com 44%. Depois dela, apenas Argentina (43%), Bélgica (43%) e Suécia (35%).

    Ao todo, 28 mil pessoas foram entrevistadas.

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    Pá... A ABB, grupo de tecnologia de energia e automação, fechou contrato de US$ 30 milhões com a Casa dos Ventos, empresa brasileira de energias renováveis.

    ...eólica O negócio prevê o fornecimento de subestações e infraestrutura para integração de 13 parques eólicos.

    Obra... A Câmara Brasileira da Indústria da Construção reunirá executivos e investidores em Brasília neste mês para discutirem um novo modelo de parcerias público-privadas.

    ...coletiva Os empresários também analisarão modelos de financiamento que deram certo em outros países.

    com LUCIANA DYNIEWICZ, LEANDRO MARTINS, ISADORA SPADONI e DHIEGO MAIA

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    Maria Cristina Frias, jornalista, edita a coluna Mercado Aberto, sobre macroeconomia, negócios e vida empresarial.
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