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    Mercado Aberto

    Demanda de equipamentos para saúde deverá cair 25%

    26/05/2015 03h27

    A indústria nacional de equipamentos hospitalares e odontológicos deverá fechar o primeiro semestre com uma queda de demanda de 20% a 25% em relação ao mesmo período de 2014, segundo a Abimo (associação do setor).

    O desempenho, que já vinha sendo pressionado pelo quadro econômico ruim do país, também será impactado pelos cortes do governo federal em seu orçamento.

    "Entendemos que essa contenção de gastos públicos é uma necessidade, mas vai ter um impacto muito grande neste ano e ainda em boa parte de 2016", afirma Paulo Henrique Fraccaro, superintendente da entidade.

    A área pública representa mais da metade das compras de artigos e equipamentos produzidos pelo setor.

    Editoria de Arte/Folhapress

    "Se considerarmos as Santas Casas, que são entidades privadas, mas que atendem a uma grande demanda do SUS, a participação chega a 65%", diz Fraccaro.

    Mesmo no mercado que envolve os hospitais privados e as operadoras de planos de saúde, o cenário tende a piorar por causa dos reflexos da crise no mercado de trabalho, na avaliação do executivo.

    "Quem fica desempregado acaba perdendo o convênio médico. Esse público vai caminhar em busca de atendimento no SUS", afirma.

    Em 2014, o setor registrou um faturamento de R$ 7,73 bilhões, um avanço de 11,7% em relação ao ano anterior. A produção física cresceu 9,1%. no mesmo período.

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    Obra doméstica

    Apesar do ano mais difícil para os negócios, a Casa do Construtor, rede de locação de equipamentos para construção, pretende ampliar o ritmo de expansão.

    A empresa projeta fechar 2015 com cerca de 80 novos contratos de franquias assinados. O grupo, que tem 222 lojas, abriu 35 em 2014.

    "Já temos neste ano, até agora, 35 unidades comercializadas ou em fase final de contrato. O fluxo da negociação está mais difícil, mas os negócios estão ocorrendo", diz Expedito Arena, sócio-fundador da rede.

    A empresa ainda não sentiu um grande impacto da crise econômica, de acordo com o empresário, principalmente porque atua no segmento de pequenas obras, sobretudo domésticas.

    "Diferentemente da área de infraestrutura, onde o reflexo é imediato, no varejo, os sinais demoram um pouco mais para chegar."

    A locação de equipamentos para obras relacionadas à crise hídrica, como troca de reservatórios, também ajudou desde o fim de 2014.

    O aporte médio para abrir cada unidade varia de R$ 550 mil a R$ 600 mil.

    R$ 175 milhões foi o faturamento da rede no ano passado

    11% foi o crescimento no faturamento de janeiro a abril deste ano, em relação ao mesmo período de 2014

    22 são as lojas próprias da companhia

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    Desigualdade europeia

    O poder de compra per capita dos consumidores da União Europeia cresceu 2,5% no ano passado, segundo levantamento da GfK.

    No total, € 7,75 trilhões (cerca de R$ 26,4 trilhões) estavam disponíveis para gastos e poupança dos europeus, o que corresponde a € 15.360 para cada um.

    A média, porém, difere entre os países. Enquanto na Bulgária foi de € 3.097, na Noruega chegou a € 30.560.

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    Demanda baixa

    O grupo de franquias Ornatus, que reúne redes como Morana, Balonè e Jin Jin Wok, deverá abrir 70 lojas neste ano -número similar ao de 2014.

    A desaceleração do varejo ainda não afetou nos planos de expansão da companhia, mas deverá interferir nos negócios a partir de 2016.

    Karime Xavier/Folhapress
    Jae Ho Lee, presidente da empresa
    Jae Ho Lee, presidente da empresa

    "Muitas lojas que vamos abrir neste ano estão em negociação desde 2014. Mas a procura [por parte dos interessados em ter uma unidade do grupo] vem diminuinddo", diz o presidente da empresa, Jae Ho Lee.

    O grupo faturou R$ 347 milhões em 2014 -alta de 3,3% na comparação com o ano anterior.

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    Mini-Levys Secretarias municipais e estaduais de finanças começaram esta semana fazendo levantamentos dos impactos dos ajustes do governo em projetos que contavam com recursos federais.

    Gota... A OrangeLife, fabricante brasileira de testes para diagnóstico, abriu uma fábrica na Coreia do Sul para ampliar a produção de exames rápidos para dengue, chikungunya e zika.

    ...única A planta produzirá insumos para exames, que serão finalizados no Brasil. A expectativa é ampliar de 100 mil para um milhão de testes feitos por dia até julho.

    Frota A Transwolff, de transporte coletivo de São Paulo, investirá cerca de R$ 15 milhões na compra de 50 ônibus. A Caio será a fornecedora.

    com LUCIANA DYNIEWICZ, LEANDRO MARTINS e ISADORA SPADONI

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    Maria Cristina Frias, jornalista, edita a coluna Mercado Aberto, sobre macroeconomia, negócios e vida empresarial.
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