• Colunistas

    Monday, 20-May-2024 17:32:19 -03
    Mercado Aberto

    Curitiba teme perdas com possível venda do HSBC

    27/05/2015 03h00

    A cidade de Curitiba teme uma grande queda de arrecadação, caso o HSBC seja vendido e o novo comprador transfira sua sede para outro município, como São Paulo.

    O banco é o maior contribuinte da capital –são R$ 86 milhões, quase 10% da arrecadação do ISS de Curitiba.

    "Ainda não se sabe o que ocorrerá, mas nos preocupa, não só pela arrecadação, como por empregos, pela renda da cidade, pela cadeia de fornecedores formada e pela atuação social do banco", diz Eleonora Fruet, secretária municipal de Finanças.

    O cenário ideal é que a unidade brasileira do banco britânico fique em mãos estrangeiras sem presença no Brasil, como as de chineses ICBC e CCB e do canadense Scotiabank, diz o sindicato local de bancários.

    Editoria de Arte/Folhapress

    "Sem estrutura no país, poderiam continuar na cidade, diferentemente de um banco nacional, como o Bradesco", diz o presidente da entidade, Elias Jordão.

    O Santander, outra instituição que também sinalizou interesse na aquisição, já tem 72 agências na região metropolitana de Curitiba –quase o dobro das unidades do HSBC na área.

    "Conversamos com o Banco Central, o Cade e parlamentares para minimizar o impacto. Pedimos que não olhem apenas o lado financeiro, mas o social também."

    Os presidentes do HSBC, André Guilherme Brandão, e do Santander, Jesús Zabalza, já agendaram reuniões com o prefeito Gustavo Fruet.

    *

    Sem data para o IPO

    A intenção era que o IPO (oferta inicial pública de ações, na sigla em inglês) acontecesse neste ano, mas a situação do mercado não deve colaborar para a rede de farmácias Pague Menos estrear na Bolsa tão cedo.

    "Estamos prontos desde 2012. Quem sabe conseguimos fazer [o IPO] no próximo ano, mas tudo dependerá da imagem do Brasil no exterior", diz o presidente da empresa, Deusmar Queirós.

    "Por enquanto, nenhum estrangeiro quer investir aqui. Há meses, não vemos um IPO acontecer."

    A recusa de Queirós em vender o controle da companhia também restringe compradores. Seu limite máximo é de 30%. "É uma empresa muito boa. Por que vou me desfazer dela?"

    Enquanto não aparece o momento certo de entrar na Bolsa, a rede segue seu projeto de expansão pelo país. Nesta semana, fará sete inaugurações. Durante 2015, deverão ser 90.

    "A crise não ocorre com todos. Em cidades menores, que não dependem da indústria, o ritmo está bom. Os segmentos de beleza, higiene e saúde não sofrem."

    R$ 4,4 bilhões
    foi o faturamento da empresa no ano passado

    R$ 5,2 bilhões
    é o faturamento previsto para 2015

    19 mil
    são os funcionários

    762
    são as lojas em operação

    *

    Desenho geográfico

    No Brasil desde 1994, a Disney ainda tem como um de seus principais desafios a distribuição de produtos licenciados no país.

    Com 200 empresas autorizadas a produzir, vender e revender itens licenciados da marca, a companhia busca parceiros regionais para ampliar o alcance em cidades menores.

    "Nenhum parceiro nacional consegue estar em todos os municípios. O Brasil é extenso e o transporte é muito caro", diz Miguel Vives, presidente da Disney no país.

    Ernesto Rodrigues/Folhapress
    Miguel Vives, presidente da Disney no Brasil
    Miguel Vives, presidente da Disney no Brasil

    No Nordeste, a empresa alocou mais três ou quatro pessoas para avaliar oportunidades e buscar parceiros, de acordo com o mexicano Vives.

    As vendas pelo e-commerce, lançado no início deste ano para atender pequenas e médias empresas, ainda não são muito expressivas para o faturamento do grupo.

    "Estamos tendo um resultado interessante, principalmente na venda de brinquedos, mas o canal terá representatividade maior só daqui uns dois ou três anos", conclui o executivo.

    20 mil
    é o portfólio de produtos comercializados no Brasil

    38%
    é a participação dos vestuários no faturamento da divisão de consumo no país

    US$ 12,5 bilhões
    foi a receita global no segundo trimestre fiscal de 2015, encerrado em 28 de março, ou cerca de R$ 39,4 bilhões

    *

    Novo... Felipe Clemente Santos é o novo diretor-presidente da Apae São Paulo. Neto de Jô Clemente, uma das fundadoras da entidade, Santos atua como voluntário desde 2004.

    ...presidente O anúncio será feito no próximo dia 2, no 8º Leilão de Vinhos da Apae.

    Luz... A Bunge Brasil registrou no ano passado um aumento de 38% na cogeração de energia elétrica em suas usinas de cana-de-açúcar, na comparação com 2013.

    ...da cana O total (968 GWh) equivale ao consumo do grupo nos processos industriais.

    com LUCIANA DYNIEWICZ, LEANDRO MARTINS e ISADORA SPADONI

    mercado aberto

    Maria Cristina Frias, jornalista, edita a coluna Mercado Aberto, sobre macroeconomia, negócios e vida empresarial.
    Escreve diariamente,
    exceto aos sábados.

    Fale com a Redação - leitor@grupofolha.com.br

    Problemas no aplicativo? - novasplataformas@grupofolha.com.br

    Publicidade

    Folha de S.Paulo 2024