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    Mercado Aberto

    Faturamento da Zona Franca neste ano poderá voltar ao nível de 2010

    04/06/2015 03h15

    Se, até o fim deste ano, as vendas do polo industrial de Manaus mantiverem o ritmo registrado no primeiro trimestre, o desempenho das empresas instaladas no local voltará ao patamar de 2010.

    A análise é do superintendente em exercício da Zona Franca, Gustavo Igrejas. "Se não melhorar no segundo semestre, o faturamento ficará em US$ 35 bilhões, valor verificado há cinco anos."

    Entre janeiro e março, as companhias venderam cerca de US$ 6,9 bilhões, o que significou uma retração de 22,6% na comparação com o mesmo período de 2014.

    "Quando o ano começou, dizíamos que, se tivéssemos um resultado semelhante ao de 2014, seria ótimo. Agora, isso é quase um milagre."

    Por mês, o faturamento médio do polo neste ano está ao redor de US$ 2,2 bilhões. Para que haja uma recuperação, é necessário atingir US$ 4 bilhões.

    Com o desempenho fraco, houve uma redução no número de empregos. A média mensal neste ano é de 114.325 funcionários -6,3% a menos que a de 2014.

    "As empresas estão optando por férias coletivas no lugar das demissões, o que mostra uma certa confiança no segundo semestre."

    A alta do dólar, que poderia dar competitividade às companhias, também tem elevado os custos. Hoje, cerca de 60% dos insumos da Zona Franca são importados.

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    Passagem de volta

    "O Brasil está sendo uma decepção para nós, mas espero que se resolva em um ou dois anos. No longo prazo, continua sendo um país muito interessante", disse Dominique Turpin, presidente do suíço IMD, uma das mais conhecidas escolas de negócios do mundo.

    São cinco os executivos brasileiros inscritos em um dos cursos do instituto neste ano -o maior grupo de estudantes de uma nacionalidade entre 45 países. A diversidade do corpo discente é um dos trunfos da instituição, segundo Turpin.

    "As escolas europeias atraem sempre, pois têm não só mais alunos estrangeiros, como também mais professores de fora." Para 2015, Turpin espera uma menor presença de brasileiros, dada a crise.

    "Muitas empresas, diante de dificuldades, logo cortam em capacitação e marketing. As que mantiverem esses investimentos estarão mais preparadas quando a situação melhorar." O Brasil, lembra ele, ficou na 56ª posição no Índice de Competitividade Mundial do IMD e da Fundação Dom Cabral.

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    Cai pelo quarto mês demanda de energia no mercado livre

    O consumo de energia no mercado livre (que engloba grandes consumidores, como shoppings e fábricas) caiu 4,46% em abril na comparação com o mesmo mês de 2014, segundo índice da Comerc (comercializadora de energia). Essa foi a quarta retração consecutiva.

    Com o recuo, os preços também diminuíram. No mercado à vista, eles deixaram o teto (de R$ 388 o megawatt- hora) e passaram para R$ 360. A energia vendida para 2016, após atingir R$ 315, está em cerca de R$ 270.

    "Ainda é um valor alto, mas já diminuiu. A queda é decorrente tanto do recuo da demanda como da leve melhora no volume de chuvas", diz o presidente da companhia, Cristopher Vlavianos.

    Os segmentos de materiais de construção civil e de siderurgia e metalurgia foram os que registraram os piores desempenhos em abril, -10,85% e -10,05%, respectivamente.

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    Linha... A operadora Oi vai investir neste ano R$ 28 milhões em projetos de inovação, pesquisa e desenvolvimento em parceria com institutos de ciência e tecnologia, além de empresas start-ups.

    ...evolutiva O montante é cerca de 50% superior ao total aportado pela companhia no segmento em 2014. Os principais projetos foram para a gestão da empresa e do relacionamento com o cliente.

    Agrado A maioria (55%) dos usuários do site MercadoLivre que vai comprar presente de Dia dos Namorados pretende gastar entre R$ 50 e R$ 250, segundo estudo com 1.650 pessoas feito pela plataforma.

    com LUCIANA DYNIEWICZ, LEANDRO MARTINS e ISADORA SPADONI

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    Maria Cristina Frias, jornalista, edita a coluna Mercado Aberto, sobre macroeconomia, negócios e vida empresarial.
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