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    Mercado Aberto

    Com freio interno, exportação sustenta vendas da ArcelorMittal

    15/06/2015 03h00

    Com a fraca demanda do mercado de aço no país, a ArcelorMittal tem conseguido operar perto de sua capacidade total por causa de exportações para outras unidades da companhia.

    Editoria de Arte/Folhapress

    O cenário de pleno funcionamento vai na contramão do registrado pelo setor neste ano no Brasil, com queda de 7,5% nas vendas internas de aço no primeiro quadrimestre e desligamento de altos-fornos de siderúrgicas.

    Na maior planta do grupo no país, a ArcelorMittal Tubarão, em Serra (ES), que fabrica aços planos, cerca de 50% da capacidade total de 7 milhões de toneladas são embarcadas para o exterior.

    "Nós estamos operando esse complexo 'full' [completo], mas o aumento de demanda não ocorreu aqui [dentro do país]", afirma Benjamin Baptista Filho, presidente da multinacional no Brasil.

    Parte da produção segue para os Estados Unidos, para abastecer uma laminadora que a companhia comprou da ThyssenKrupp em 2014.

    A unidade brasileira também se beneficiou da retomada progressiva da economia europeia e passou a enviar aço para outras plantas da multinacional no continente.

    No mercado interno, porém, sem uma perspectiva bem definida de recuperação do consumo, a companhia mantém congelada uma parcela dos investimentos.

    Na área de aços longos, permanecem encaixotadas parte das máquinas que integram a expansão da fábrica de João Monlevade (MG), cujo projeto total demandaria cerca de US$ 1 bilhão.

    "A gente parou quando a crise começou a se anunciar. Há dúvida sobre o crescimento do mercado, então, foi uma decisão bem tomada."

    Karime Xavier/Folhapress
    Benjamin Baptista Filho, presidente da siderúrgica
    Benjamin Baptista Filho, presidente da siderúrgica

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    Dona do gasoduto Bolívia-Brasil fecha 1º contrato fora da Petrobras

    A TBG, dona e operadora do gasoduto Bolívia-Brasil, assinou um contrato de transporte de gás natural para a Tradener, comercializadora de energia do Paraná.

    Esse é o primeiro negócio da companhia fora da Petrobras –até hoje, a TBG atuava exclusivamente escoando combustível para a estatal.

    O valor da transação e o volume não foram informados pelo grupo. A coluna apurou, no entanto, que serão aproximadamente 100 mil metros cúbicos por dia.

    A Tradener poderá comercializar o gás no mercado livre para grandes compradores, como indústrias.

    Essa modalidade de negócio foi liberada após a aprovação da Lei do Gás, em 2009, que criou a figura do consumidor livre –que pode escolher o produtor de quem deseja comprar o combustível.

    Pelo acordo, a TBG transportará o gás natural de um ponto de recebimento localizado no município de Mutum (MS) até a área de entrega, em Araucária (PR).

    A companhia é controlada pela Gaspetro, subsidiária da Petrobras que tem 51% da composição acionária.

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    Proteção para menores

    Pequenas e médias empresas estão cada vez mais no radar de seguradoras no país.

    A Zurich acaba de criar uma área só para o atendimento do médio mercado (empresas com faturamento anual entre US$ 10 milhões (cerca de R$ 32 milhões) e US$ 100 milhões ao ano.

    O segmento terá seguros como os de frota, transporte, risco de engenharia, de incêndio, entre outras linhas.

    "Replicamos o modelo de negócio de Estados Unidos e Inglaterra", diz o diretor da área Paulo Alves, nomeado para a área há dois meses.

    Uma pesquisa indicou a oportunidade de 15 mil clientes nessa faixa. Cerca de 56% da carteira já está nesse grupo, afirma. Outras empresas, como SulAmérica e Liberty, também têm produtos para clientes empresariais com esse perfil de faturamento.

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    Confete estocado

    Depois de 12 meses de queda, as vendas no comércio varejista do Estado de São Paulo cresceram 1,6% em março, na comparação com o mesmo período de 2014, segundo estudo da FecomercioSP.

    "A alta foi influenciada pelo menor número de dias úteis em março de 2014 por causa do Carnaval", diz Vitor França, da entidade.

    com LUCIANA DYNIEWICZ, LEANDRO MARTINS e ISADORA SPADONI

    mercado aberto

    Maria Cristina Frias, jornalista, edita a coluna Mercado Aberto, sobre macroeconomia, negócios e vida empresarial.
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