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    Mercado Aberto - Maria Cristina Frias

    Supermercados de SP fecham quase 2.000 vagas em junho

    09/08/2015 03h00

    O saldo de empregos no setor de supermercados do Estado de São Paulo ficou negativo em junho, com o fechamento de quase 2.000 postos de trabalho, segundo a Apas (associação da área).

    Foram contratados no mês 21.750 funcionários pelas empresas, que demitiram 23.709 trabalhadores – resultado de 1.959 baixas no período.

    Foi a primeira vez que a diferença entre admissões e desligamentos ficou no vermelho no mês de junho desde 2010, quando a entidade iniciou o cálculo do indicador com a atual metodologia.

    "É uma queda muito expressiva, reflexo da redução do consumo que chegou também ao setor supermercadista, um dos últimos segmentos a entrar na crise", afirma Rodrigo Mariano, economista da associação.

    No acumulado do ano, os varejistas ainda têm um saldo positivo de cerca de 1.100 vagas abertas, pois a área vinha conseguindo manter o nível de contratações nos meses anteriores a junho.

    A expectativa é que os dados de julho e agosto voltem a apresentar desempenho ruim, mas não em um ritmo tão forte, segundo Mariano.

    "O ajuste [do quadro de funcionários] tende a ser mais expressivo no momento de chegada da crise."

    De janeiro a julho, os supermercados paulistas tiveram um aumento nominal de 6% nas vendas, abaixo da inflação de 6,83% medida pelo IPCA nos sete meses.

    A Apas projeta que 2015 terminará com estagnação. Em 2014, o avanço real foi de 2%.

    CARRINHO VAZIO

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    Retorno com sotaque francês

    Depois de quatro anos sem colocar um produto novo no mercado brasileiro, a Parmalat lança neste domingo (9) um achocolatado.

    O produto faz parte da estratégia da Lactalis (multinacional francesa que adquiriu os direitos da marca no Brasil em 2014) para consolidar o nome Parmalat no país novamente.

    "Vamos tentar construir a marca passo a passo. Nossa preocupação não é multiplicar lançamentos antes de ter consolidado os passos precedentes", afirma o CEO da Lactalis para a América Latina, Patrick Sauvageot.

    Consolidação é a principal palavra do vocabulário do executivo hoje.

    A empresa francesa, fabricante dos queijos Président, já era dona da Parmalat globalmente. No Brasil, adquiriu em dois anos o braço de lácteos da BRF (que engloba Batavo e Elegê), a pequena Balkis (também de queijos) e ativos da LBR (que detinha os direitos da Parmalat no Brasil).

    "Somos [a Lactalis] um grupo familiar. Focaremos agora no crescimento orgânico antes de comprar outras coisas. Uma vez que já temos uma base significativa, temos bastante para fazer para consolidar esses três negócios."

    Sauvageot afirma, porém, que a situação do Brasil não ajudará nessa tarefa. "Mas a visão do grupo é de longo prazo. O país tem potencial com seus 200 milhões de habitantes e será um dos maiores mercados da Lactalis."

    € 14,7 bilhões foi a receita global da Lactalis em 2014, segundo o Rabobank

    61 mil era o número de funcionários da empresa em 2013 (último dado disponível)

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    Rede atacadista investe R$ 60 mi em novo centro de distribuição

    O grupo paulista Tenda Atacado vai construir um novo centro de distribuição em Salto, no interior de São Paulo, com investimento de aproximadamente R$ 60 milhões.

    A estrutura deverá abrigar todas as operações logísticas da rede, hoje com 24 unidades que funcionam no modelo de atacarejo (lojas que vendem no atacado e no varejo).

    Após a conclusão das obras, o complexo vai substituir dois armazéns que o grupo tem hoje em Guarulhos, na Grande São Paulo, onde também fica o escritório central da companhia.

    "Salto tem um bom posicionamento para as nossas operações no Estado e também encontramos lá uma área adequada para o projeto, com 100 mil m² ", diz o diretor, Fausto Severini.

    O centro de distribuição será dimensionado para suportar o crescimento da rede nos próximos anos.

    "Neste ano, abrimos uma nova unidade em Ribeirão Preto, mas agora estamos mais cautelosos [com a expansão] por causa da crise."

    Sem citar números sobre o desempenho operacional, o executivo diz que o volume de vendas apresenta "instabilidade" em 2015, mas que a migração de clientes para os atacarejos ajudou o negócio.

    Salto?

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    Frota terceirizada

    A Arval, empresa de terceirização e gestão de frotas que pertence ao grupo BNP Paribas, registrou uma elevação de 10% nos custos médios no primeiro semestre deste ano.

    A alta é resultado do aumento de preços de peças de reposição e insumos, entre outras despesas.

    De janeiro a junho, a empresa teve uma redução de 7,7% no número de ocorrências envolvendo a frota do grupo, de 16 mil veículos.

    Em relação a roubos e furtos, a queda foi de 30% na comparação com o mesmo período do ano passado. Acidentes com perda total do veículo recuaram 55%.

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    Hora do café

    com LUCIANA DYNIEWICZ, LEANDRO MARTINS e ISADORA SPADONI

    mercado aberto

    Maria Cristina Frias, jornalista, edita a coluna Mercado Aberto, sobre macroeconomia, negócios e vida empresarial.
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