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    Mercado Aberto - Maria Cristina Frias

    Brasil e Alemanha assinam acordo para setor de farmacêuticos

    21/08/2015 03h00

    O Ministério da Saúde assinou acordos para cooperação no setor de remédios com o governo alemão durante a visita da comitiva da presidente Angela Merkel a Brasília nesta quinta-feira (20).

    Um dos entendimentos é para o desenvolvimento de um tipo específico de medicamentos, os biológicos, que possuem material vivo.

    O acerto deve facilitar a produção de remédios oncológicos e antirreumáticos, diz Juliana Vallini, assessora de assuntos internacionais do Ministério da Saúde.

    Hoje, os medicamentos biológicos representam um volume de 4% dos remédios adquiridos pelo SUS, mas ficam com uma fatia de 51% do orçamento destinado a compras desses produtos.

    A ideia é começar parcerias pelas quais o governo brasileiro comprará produtos de empresas farmacêuticas alemãs. Em contrapartida, eles se comprometem a transferir a tecnologia para laboratórios estatais do Brasil, como o Instituto Fiocruz, em Manguinhos, no Rio.

    O modelo é semelhante às parcerias de desenvolvimento produtivo. Neste ano, foram assinados 11 acordos como esse em medicamentos, sendo 6 biológicos, cujos contratos somam R$ 1,3 bilhão.

    Pelo entendimento firmado com a Alemanha, "além de transferência de tecnologia, existe a possibilidade de formação e capacitação de profissionais dos laboratórios nacionais", diz Vallini.

    Outra parte do acordo envolve a Anvisa. A agência brasileira irá ter acesso ao órgão semelhante da Alemanha para estudar como esse funciona, "para melhorar a eficiência e dar agilidade à Anvisa."

    arte saúde

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    Tecnologia em Alta Escala

    A unidade da Totvs que atende empresas com faturamento acima de R$ 1 bilhão fechou o primeiro semestre de 2015 com um crescimento de 23% no número de clientes em relação ao fim do ano passado.

    São cerca de cem companhias -em uma carteira total de 27 mil empresas-, boa parte delas dos setores de manufatura, logística e agroindústria.

    "Em momentos de incerteza, as empresas seguram um pouco as decisões de investimento, mas no segundo trimestre praticamente não perdemos negócio", diz Rodrigo Kede, diretor-presidente da companhia.

    "Os clientes acabam decidindo porque mesmo com crise eles têm de ser mais eficientes e competitivos, e tecnologia é parte importante dessa equação." O executivo afirma não esperar um terceiro trimestre pior.

    "Mesmo nos anos mais difíceis, o segundo semestre foi melhor do que o primeiro para o setor", afirma Kede. O "private" da companhia oferece um atendimento mais especializado e customizado ao cliente.

    A Totvs ofereceu na semana passada R$ 550 milhões pela Bematech, especializada em varejo. A compra ainda depende da aprovação das assembleias das empresas e do Cade. As negociações se intensificaram nos últimos três meses.

    R$ 1,8 bilhão
    foi a receita líquida da Totvs no ano de 2014

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    Filé Ampliado

    A Plena Alimentos, frigorífico com sede em Minas Gerais, vai investir cerca de R$ 30 milhões para expandir duas unidades do grupo.

    A planta de Paraíso do Tocantins (TO), onde hoje ocorre apenas abate de gado, receberá uma fábrica para processamento de carnes.

    "Com a instalação de linhas de desossa e fracionamento, vamos aumentar o valor agregado do produto", diz Marcos Antonio de Faria Maia, sócio da empresa.

    Hoje, parte da carne proveniente do abate em Tocantins é transportada para processamento em uma fábrica do grupo em Contagem (MG).

    A unidade mineira também receberá investimentos para produção de hambúrgueres e pratos prontos.

    Mesmo com a crise econômica, a empresa projeta estabilidade no faturamento neste ano. Um dos motivos é o crescimento das exportações, segundo o empresário.

    2.000
    são os funcionários do grupo

    1.400
    é o volume diário de gado abatido por dia pela empresa

    10%
    é a participação atual das exportações na receita

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    Incentivo... O governo de São Paulo vai isentar, a partir de setembro, o ICMS sobre a produção de energia elétrica por micro e minigeradores.

    ...energético Também haverá isenção para a fabricação de equipamentos para eletricidade solar e eólica, segundo a Secretaria Estadual de Energia.

    Impulso A Memed, start-up que ajuda médicos a pesquisar remédios e fazer a prescrição eletrônica, venceu a etapa latino-americana do QPrize, da Qualcomm Ventures.

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    Hora do Café

    Alves
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    Hora do Café

    com LUCIANA DYNIEWICZ, LEANDRO MARTINS, ISADORA SPADONI e FELIPE GUTIERREZ

    mercado aberto

    Maria Cristina Frias, jornalista, edita a coluna Mercado Aberto, sobre macroeconomia, negócios e vida empresarial.
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