Enquanto a maioria dos segmentos econômicos do país amarga retrações, o de distribuição de produtos farmacêuticos pode até comemorar. O faturamento das empresas do setor avançou 18% no primeiro semestre na comparação com o mesmo período do ano passado.
As vendas atingiram R$ 6,63 bilhões nos seis primeiros meses de 2015. Em unidades, foram 403 milhões, o que representa elevação de 12%, segundo dados da Abradilan (associação que reúne as distribuidoras).
"O setor sente reflexo da crise, mas não tanto quanto os demais. As pessoas só deixam de comprar medicamentos em último caso", diz o diretor-executivo da entidade, Geraldo Cardoso Monteiro.
Prova de que o segmento também sofre com o freio na economia é o ritmo de expansão em anos anteriores. A média no primeiro semestre costumava ficar entre 20% e 25%, chegando a 30% algumas vezes, segundo a entidade.
Os próximos meses devem ser de desaceleração e a estimativa do setor é encerrar 2015 com uma alta de 13% a 15% no faturamento.
"Muita gente dispensada no primeiro semestre ainda tinha seguro-desemprego. Agora, não terão mais. Os demitidos deixam de ter plano de saúde e de ir ao médico com frequência, reduzindo o consumo de medicamentos", afirma Monteiro.
As 140 empresas associadas à entidade empregam hoje cerca de 11 mil pessoas. "Por enquanto, não temos percebido queda."
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Diária renovada
O grupo hoteleiro Accor terá uma nova unidade em Uberlândia (MG), o segundo na cidade, com investimento de R$ 20 milhões.
O empreendimento receberá a bandeira Ibis Styles (econômica), foco de expansão do grupo devido à flexibilidade para conversões de hotéis independentes em unidades da marca.
"Enquanto um empreendimento novo custa R$ 150 mil por quarto mais o valor do terreno, uma conversão custa um décimo do preço", afirma Abel Castro, diretor do grupo francês para Américas e Caribe.
Dos 22 empreendimentos que serão entregues nos próximos três anos, pouco mais da metade serão conversão de bandeiras.
A companhia passou a adotar com mais força essa estratégia por causa da crise, uma vez que há grande oferta hoteleira em algumas regiões do país.
"Redes independentes não conseguem oferecer muitas promoções para aumentar a taxa de ocupação e entram em dificuldades financeiras."
€ 2,7 bilhões foi o faturamento do grupo no 1º semestre deste ano, ou cerca de R$ 10,9 bilhões na cotação atual
250 serão os hotéis em operação até o fim do ano na América do Sul
120 serão os apartamentos na unidade de Uberlândia (MG)
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Embarque para o Japão
A cerca de três meses da visita da presidente Dilma Rousseff ao Japão, prevista para dezembro, uma pesquisa da CNI mostra que regulamentações sanitárias e técnicas estão entre as maiores queixas de empresas brasileiras que exportam para o país.
Entraves fitossanitários foram citados por mais da metade (52%) dos entrevistados. O resultado aponta a necessidade de um acordo mais amplo entre as duas nações, segundo a entidade.
"Algumas barreiras no mercado japonês são muito persistentes", diz Diego Bonomo, da área de comércio exterior da CNI. "Principalmente as questões não tarifárias, que, na ausência de negociação de um acordo amplo, são difíceis de remover."
Medidas como a isenção de vistos e a revisão do atual acordo de bitributação também alavancariam o fluxo de comércio, diz o executivo.
O Ministério das Relações Exteriores informou que, por enquanto, a retirada do embargo à carne brasileira e a atração de investimentos são os principais temas econômicos previstos para a viagem.
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Banca... O Demarest Advogados incorporou o JBO Advocacia, escritório especializado em seguros, com todos os seus profissionais. Marcia Cicarelli será a responsável pela área, com foco em grandes riscos.
..segura "O mercado de seguros sofre como todos, mas a crise e a Lava-Jato têm elevado o número de sinistros. A meta é incrementar essa área do Demarest em ao menos R$ 3 milhões já no primeiro ano", diz.
Troca de óleo A Doutor Lubrifica, rede de serviços automotivos, vai iniciar a internacionalização da marca com a entrada no Panamá e em Portugal. No Brasil, a empresa tem hoje 130 unidades.
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Hora do café
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com LUCIANA DYNIEWICZ, LEANDRO MARTINS, ISADORA SPADONI e FELIPE GUTIERREZ
Maria Cristina Frias, jornalista, edita a coluna Mercado Aberto, sobre macroeconomia, negócios e vida empresarial.
Escreve diariamente,
exceto aos sábados.