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    Mercado Aberto - Maria Cristina Frias

    Grupo nacional investe R$ 1 bilhão em parques eólicos no Maranhão

    10/09/2015 03h00

    A Omega Energia, grupo nacional que atua com geração elétrica de fontes renováveis, vai construir sete parques eólicos no Maranhão.

    O empreendimento, que demandará cerca de R$ 1 bilhão em investimentos, deverá gerar eletricidade a partir de 2018 para entrega por meio de contratos garantidos pela companhia em leilão realizado pelo governo em agosto.

    Juntos, os sete parques terão 84 torres, com capacidade de 193,2 MW (megawatts). Eles farão parte de um complexo eólico que a Omega começou a implantar no litoral do Piauí e que hoje já tem três usinas em operação.

    "A distância [entre os projetos do Piauí e do Maranhão] é de apenas 90 quilômetros. É uma região em que a costa tem uma incidência muito favorável de vento", diz o presidente, Antonio Augusto Torres de Bastos Filho.

    Pela proximidade, os parques também poderão compartilhar redes de transmissão. "A ideia é ter duas ou três linhas, para que haja redundância e sistemas de backup em caso de problemas."

    As usinas eólicas que já operam estão interligadas a uma subestação da Cepisa, distribuidora do Piauí que pertence à Eletrobras.

    Cerca de um terço do investimento deverá ser feito pelos sócios da Omega, que incluem a gestora Tarpon Investimentos e o fundo americano Warburg Pincus.

    O restante do aporte sairá de um financiamento de projeto ("project finance", em inglês), modelo em que o próprio fluxo de caixa futuro do empreendimento é a principal garantia de pagamento.

    A Omega tem hoje sete usinas em operação, incluindo eólicas e PCHs (pequenas centrais hidrelétricas).

    raio-x

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    À Brasileira

    A Safilo, fabrica italiana de óculos para a Dior e outras grifes, vai fazer uma coleção com a marca Havaianas. A Alpargatas fechou um contrato de licenciamento até 2012 com o Safilo Group.

    Líder mundial no setor de óculos premium listada na Bolsa de Valores de Milão, a empresa fará uma distribuição mundial dos produtos que serão lançados a partir do 2º semestre de 2016.

    Luisa Delgado, presidente do grupo italiano conta que foi a empresa italiana que procurou a Alpargatas para propor parceria.

    Apenas cerca de 5% da receita vêm da América Latina, onde o Brasil é o principal mercado com 60%, seguido pelo México.

    "Havaianas tem características únicas, a criatividade e a simplicidade brasileiras de linhas puras. Elas e muitas cores inspiraram-nos a criar uma linha inovadora, atraente e abrangente para o mundo", diz Delgado.

    "Não é por ser barato que não terá qualidade", completa a executiva.

    8.ooo são os funcionários da Safilo no mundo

    € 1,178 bilhões (cerca de R$ 5 bilhões) foi o faturamento líquido global do grupo em 2014

    Divulgação
    Luisa Delgado, CEO da Safilo, empresa italiana de óculos. Foto: Divulgacao ***DIREITOS RESERVADOS. NÃO PUBLICAR SEM AUTORIZAÇÃO DO DETENTOR DOS DIREITOS AUTORAIS E DE IMAGEM***
    Luisa Delgado, presidente do grupo italiano

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    Empresa amplia logística para combustíveis em SP e MS

    A Raízen, joint venture entre Shell e Cosan, vai ampliar a capacidade de armazenagem de combustíveis, com investimentos em duas unidades da companhia.

    O pacote de R$ 70 milhões inclui a expansão do terminal de Ourinhos (SP) e a modernização do entreposto de Campo Grande (MS), desativado há 15 anos. Nos dois casos, as bases terão interligação rodoferroviária.

    A unidade do interior de São Paulo, que antes operava só com etanol, passará a receber outros combustíveis.

    "Ourinhos é um entroncamento logístico histórico entre Sul e Sudeste. Vamos trazer biodiesel [do Sul] para o interior paulista e fazer o caminho contrário com etanol", diz o diretor Nilton Gabardo.

    A base sul-mato-grossense permitirá uma movimentação semelhante, com fluxo de diferentes produtos entre a região Centro-Oeste e o Estado de São Paulo.

    R$ 65,1 bilhões foi a receita operacional líquida do grupo no exercício encerrado em 31 de março de 2015

    30 mil são os funcionários

    63 é o número de terminais de distribuição de combustíveis da companhia no país

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    Mercado em oferta

    Com a taxa de desemprego em movimento de alta, as empresas procuram bons profissionais que estão sem vaga para fazer substituições em seus quadros, aponta uma pesquisa da PagePersonnel.

    Foram ouvidos executivos de 500 empresas para o levantamento. Três em cada quatro afirmaram que pensam em procurar pessoas disponíveis no mercado.

    "No passado, 70% dos processos seletivos que fazíamos eram para expansão do quadro. Hoje, isso representa cerca de 10%", afirma Daniella Guimarães, da consultoria.

    "Muitas corporações tiveram que demitir gente devido ao cenário econômico e, por isso, existem bons profissionais disponíveis." Em áreas como engenharias e logística há oportunidades atraentes de mão de obra, diz.

    O levantamento também aponta que as pessoas que estão empregadas têm mais receio de trocar de empresa.

    Entre fevereiro e agosto, a recrutadora fez entrevistas com 35 mil candidatos. A maioria, 75%, afirmou estar disposta a ouvir propostas, mas apenas 25% disseram que trocariam de emprego.

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    Seguro para a pedalada

    Bicicletas de competição, com valores a partir de R$ 3.000, são um mercado crescente para as seguradoras, que veem incrementos de até 200% no número de contratos neste ano.

    Esse foi o aumento entre janeiro e julho na carteira da Argo, que hoje tem cerca de mil prêmios (clientes).

    Uma dificuldade desse negócio é a precificação do bem. Carros têm valores tabelados, mas as bicicletas variam de um modelo para outro.

    "O cliente declara quanto vale e manda fotos. Temos especialistas que determinam se o preço faz sentido", diz a diretora Ana Carolina Mello.

    A seguradora não leva em conta condicionantes, como perigos relacionados à região onde o ciclista pedala. Isso porque o negócio ainda é novo para que a empresa possa fazer inferências sobre riscos.

    "Mil clientes não são suficientes para criar estatísticas", afirma Mello.

    No entanto, esses esportistas não se expõem a riscos, diz Alexandro Sanxes, diretor da Berkley, que nota um crescimento anual de 40% e que hoje tem cerca de 4.000 itens segurados.

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    Hora do Café

    Editoria de arte/Folhapress
    Hora do cafe charge
    Hora do cafe charge

    com LUCIANA DYNIEWICZ, LEANDRO MARTINS, ISADORA SPADONI e FELIPE GUTIERREZ

    mercado aberto

    Maria Cristina Frias, jornalista, edita a coluna Mercado Aberto, sobre macroeconomia, negócios e vida empresarial.
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