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    Mercado Aberto - Maria Cristina Frias

    Importação de chapas para tampas de latinhas cai 91%

    25/11/2015 03h00

    A compra de chapas de alumínio do exterior, usadas na fabricação das tampas de latinhas para bebidas, tem apresentado queda expressiva em 2015, na comparação com 2014, segundo dados compilados pela Abal (Associação Brasileira do Alumínio).

    Entre janeiro e setembro do ano passado, foram importadas mais de 13 mil toneladas de chapas para tampas. No mesmo período deste ano, as empresas brasileiras trouxeram para o país 1,2 mil toneladas, uma retração de 91%.

    A desaceleração na compra do produto, de acordo com a entidade, ocorre após o início da produção da peça pela Novelis em sua planta em Pindamonhangada (a
    156 km da capital paulista).

    Multinacional que atua na fabricação de produtos laminados, a empresa é a única no país que atualmente detém a produção do componente de alumínio para latas.

    A empresa investiu cerca de R$ 340 milhões na expansão de sua fábrica do interior paulista, que teve sua capacidade de produção elevada para aproximadamente 600 mil toneladas por ano.

    Entre os demais segmentos atendidos pela fabricante, estão os de eletrodomésticos e o setor automotivo.

    O alumínio tem ganho espaço de mercado. Apesar de uma queda na produção de cerveja, o envasamento em lata do produto subiu para 46% no primeiro semestre de 2015, segundo a Abal e a Abralatas.

    CHAPAS DE ALUMÍNIO - Importação, em mil toneladas

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    Rodrigo Capote/Folhapress
    SAO PAULO - SP - 30.05.2010 - Helio Rotenberg - Presidente da Positivo Informarica no aeroporto de Guarulhos. (Rodrigo Capote/ Folhapress MERCADO ABERTO). ***EXCLUSIVO FOLHA*** 4587
    Hélio Rotenberg, presidente da Positivo Informática

    Fronteira africana

    O grupo paranaense Positivo vai começar a vender aparelhos smartphones na África Oriental.

    "A partir da base em Kigali [capital de Ruanda], onde inauguramos uma fábrica em agosto, vamos expandir para um mercado que cresce muito rápido", diz Hélio Rotenberg, CEO da empresa de informática e educação.

    Uganda, Tanzânia e Quênia foram escolhidos pois fazem parte, como Ruanda, de um bloco econômico na região, o que facilita o escoamento da produção.

    O potencial de vendas nesses países, segundo o executivo, é equivalente a 20% do segmento no Brasil.

    "Agora estamos participando de licitações como a que já ganhamos em outros locais, como o Quênia."

    A divisão de educação do grupo não chegou a ser afetada pela crise no Brasil, segundo Rotenberg. A maior parte dos alunos da empresa é do ensino básico, segmento menos atingido pelas dificuldades na economia.

    "Não fechamos o planejamento de 2016, mas vamos propor ao conselho manter os investimentos de 2015, de cerca de R$ 20 milhões."

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    Hora extra de sucesso

    Os empreendedores brasileiros são os que mais dizem, dentre 11 nacionalidades, que vale a pena trabalhar além do expediente para ter um negócio de sucesso.

    Dos entrevistados no Brasil pela Sage (companhia de softwares para médias e pequenas empresas), 84% concordam com a afirmação. A média em todos os países analisados ficou em 66%.

    A pesquisa também aponta que apenas 10% dos ouvidos no Brasil não fazem hora extra durante a semana -a menor parcela verificada. Em seguida, ficou Portugal (11%).

    A Austrália foi o que registrou a maior porcentagem de empreendedores (42%) que não realizam jornadas prolongadas, seguida por Reino Unido (35%), Canadá (33%) e Estados Unidos (31%).

    Empreendedorismo - Parcela que afirma que vale a pena trabalhar além do expediente para ter um negócio de sucesso, em %

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    Ferramentas

    O valor acumulado de importações de bens de capital de janeiro a outubro deste ano registrou uma queda de 19% em relação ao mesmo período de 2014, segundo a Abimei (associação dos importadores de máquinas e equipamentos industriais).

    É o pior indicador para o mês desde fevereiro de 2010.

    Dos segmentos que mais sofreram, o que teve a maior contração nas importações foi o de máquinas-ferramenta (utilizadas para a produtividade industrial), com um tombo de mais de 28%.

    Apenas o mercado de equipamentos fixos para transporte (usados sobretudo na construção civil) teve um desempenho positivo, com uma alta de 27% nas importações no acumulado até outubro.

    As projeções da associação do setor apontam que 2015 deverá terminar com retração de pelo menos 24%.

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    Guerra... Na sequência de produtos lançados por operadoras de telefonia recentemente, a Vivo passa a oferecer novos serviços. No pós-pago, a empresa permitirá que o cliente use por 30 dias a franquia não utilizada durante o mês.

    ...por fiéis No pré-pago, a Vivo dará uma compensação pela fidelidade do cliente. Ganhará até 200 MB por mês quem fizer recarga mensal que totalize R$ 35 ou mais. Ligações e SMS para a mesma operadora tornam-se ilimitados.

    Aluguel As ações locatícias caíram 10% em outubro em relação a setembro. Na comparação com outubro de 2014, o recuo foi um pouco maior, de 11%, diz o Secovi. Foi a sétima queda consecutiva e o menor número de ações neste ano.

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    Hora do café

    com LUCIANA DYNIEWICZ, FELIPE GUTIERREZ, DOUGLAS GAVRAS e CLÁUDIO GOLDBERG RABIN

    mercado aberto

    Maria Cristina Frias, jornalista, edita a coluna Mercado Aberto, sobre macroeconomia, negócios e vida empresarial.
    Escreve diariamente,
    exceto aos sábados.

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