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    Mercado Aberto - Maria Cristina Frias

    Caem pedidos para explorar petróleo no país

    06/12/2015 03h00

    A queda do preço do barril de petróleo, iniciada em 2014, causou uma redução dos investimentos em exploração, fase em que se busca saber onde há óleo e qual o potencial dos campos, por meio de estudos e perfurações.

    No Ibama, houve apenas um pedido de autorização ambiental para a perfuração mais inicial de exploração neste ano.

    Houve uma diminuição de requerimentos, segundo um diretor do órgão, porque há uma correlação com as rodadas de licitações da Agência Nacional do Petróleo.

    No último leilão, em outubro, 37 blocos foram arrematados, de 266 em oferta.

    "A exploração no Brasil vai mal porque o investimento está todo concentrado no desenvolvimento dos campos do pré-sal, que foram descobertos entre 2006 e 2008", afirma Edmar de Almeida, do grupo de economia da energia da UFRJ.

    A crise da Petrobras se soma ao cenário negativo, diz. "O setor [de exploração] está sendo afetado pelo valor do barril porque na atual situação as petroleiras priorizam a produção. A tendência é que haja um retorno assim que o preço aumente", diz Stephane Dezaunay, presidente da PSG, uma empresa norueguesa, no Brasil.

    Recentemente, a companhia requereu uma licença ao Ibama para fazer estudos sísmicos na Bacia do Amazonas.

    A queda não se restringe ao Brasil. A soma de investimentos das 18 maiores empresas de exploração do mundo caiu 29% de 2013 para 2014 e a expectativa é que neste ano ocorra uma redução na mesma proporção, segundo a consultoria IHS.

    Perfuração reduzida - Queda na busca por petróleo

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    Encontro fechado com Macri

    Jorge Gerdau, Henrique Meirelles, Constantino de Oliveira Júnior (presidente do conselho da Gol), Benjamin Steinbruch (CSN) e o ex-embaixador Rubens Barbosa estavam entre os empresários que se reuniram privadamente com o presidente eleito da Argentina, Mauricio Macri.

    O encontro foi na sexta-feira (4) no gabinete do presidente da Fiesp (federação das indústrias), Paulo Skaf, e durou um pouco mais de 15 minutos.

    Aos executivos, Macri comentou que sua campanha foi bastante difícil e falou da importância de fechar um acordo comercial entre o Mercosul e a União Europeia.

    Antes da reunião em São Paulo, o futuro mandatário passou por Brasília, onde se reuniu com a presidente Dilma, e, no fim da tarde, ainda voou para o Chile para se encontrar com a presidente Michelle Bachelet. Macri toma posse na quinta-feira (10).

    Sem papo... Após o encontro fechado, Macri recebeu a Ordem do Mérito Industrial São Paulo de Skaf e falou para cerca de 200 empresários brasileiros e argentinos. Convidou todos a fazerem negócios em seu país.

    ...na mesa Discurso encerrado, sentou-se, almoçou e cumprimentou poucos dos que não estavam em sua mesa. Assessores pediram para empresários se conterem para não atrasar a agenda do futuro presidente.

    Sabores No almoço, o prato principal foi pirarucu. Para beber, o vinho argentino Angélica Zapata, produzido em Mendoza. Foram servidas as versões de Malbec, Sauvignon e Cabernet, que custam entre R$ 150 e R$ 250.

    A pé Essa foi a primeira viagem de Macri ao exterior após ser eleito. Ele chegou no aeroporto de Guarulhos e foi de helicóptero até o prédio do Bradesco na avenida Paulista, que fica quase em frente à Fiesp. Atravessou a via a pé.

    Agenda... A visita à Fiesp começou com cerca de uma hora de atraso e durou uma hora e meia. Alguns convidados também estavam com pressa. Paulo Kakinoff, presidente da Gol, saiu antes do almoço ser servido.

    ...apertada Kakinoff não quis comentar as expectativas em relação ao novo mandatário. Sonia Hess, ex-presidente da Dudalina, deixou o local antes da sobremesa. "Estão destruindo a Argentina. Macri poderá levantar o país", disse.

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    Plano pós-crise

    Bruno Santos/Folhapress
    São Paulo, SP, BRASIL- 02-12-2015: O empresário Ricardo Roldão (45), presidente da Roldão Atacados, fotografado no escritório da rede. (Foto: Bruno Santos/ Folhapress) *** MERCADO ABERTO *** EXCLUSIVO FOLHA***
    Ricardo Roldão, presidente da empresa

    A atacadista Roldão planeja investir R$ 70 milhões em 2016 e abrir seis lojas no Estado de São Paulo. É o dobro de unidades inauguradas em 2015.

    "Queremos estar bem posicionados no pós-crise. Além disso, no passado, o preço dos imóveis tornava a ampliação difícil", diz Ricardo Roldão, presidente da empresa e da Abaas (associação do setor).

    "O consumidor vai manter a migração do canal de compras, do atacado para o atacarejo, o que ajuda na expansão", acrescenta.

    "Com a alta do desemprego, as famílias vão tentar de se defender como puderem e seremos uma alternativa para elas."

    As compras de mês para a classe média alta, que devem crescer, será um dos novos focos da empresa, de acordo com Roldão.

    "O maior problema deste ano foi o aumento dos custos operacionais provocados pela alta de tarifas públicas como água, energia, telefonia, entre outros"

    A projeção de faturamento do setor em 2015 é de R$ 58 bilhões, um incremento de 15% ante 2014.

    23 é o número de lojas que a rede possui no Estado de São Paulo

    R$ 1,8 bilhão foi o faturamento da Roldão em 2014; a projeção para 2015 supera R$ 2 bilhões

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    Golpe baixo

    O número de tentativas de fraude com roubo de CPF para fazer negócios caiu 3,5% no acumulado até outubro, quando comparado ao mesmo período do ano anterior, segundo a Serasa Experian.

    Foram 1,635 milhão de investidas em 2015. Em 2014, havia sido 1,695 milhão, conforme o índice do birô de crédito. O setor de telefonia registrou o maior crescimento.

    "A circulação de pessoas nos mercados consumidores diminuiu com a crise e os fraudadores têm menos oportunidades de atuação, por isso o menor volume de consultas no varejo", diz Luiz Rabi, economista do Serasa.

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    Hora do café

    com LUCIANA DYNIEWICZ, FELIPE GUTIERREZ, DOUGLAS GAVRAS e CLÁUDIO GOLDBERG RABIN

    mercado aberto

    Maria Cristina Frias, jornalista, edita a coluna Mercado Aberto, sobre macroeconomia, negócios e vida empresarial.
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