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    Mercado Aberto - Maria Cristina Frias

    Grupo Tenco vai investir R$ 540 mi na construção de quatro shoppings

    31/12/2015 03h00 - Atualizado às 06h06
    Erramos: esse conteúdo foi alterado

    O grupo mineiro Tenco planeja investir R$ 540 milhões no ano que vem, com a construção de quatro shopping centers em três Estados.

    Dos futuros empreendimentos, dois têm data de abertura prevista ainda para 2016: um em Itaquaquecetuba (a 36 km da capital paulista) e outro em Guarapuava, no interior do Paraná.

    Os outros dois shoppings deverão ficar prontos no primeiro semestre de 2017. Há uma inauguração prevista para Garanhuns (PE) e uma para Bragança Paulista, distante 85 km de São Paulo.

    Em 2016, a perspectiva é que a empresa também foque na aquisição de centros comerciais prontos, diz Eduardo Gribel, presidente da Tenco.

    "A estratégia de investimento é implantar novos centros de compras em cidades com mais de 180 mil habitantes -e, de preferência, que o nosso seja o primeiro shopping daquele município."

    Essa opção por cidades menores, segundo Gribel, facilitou a comercialização das lojas, pois os varejistas que reduziram inaugurações em 2015 optaram por abrir unidades em locais onde ainda não estavam presentes.

    O freio no consumo também leva mais tempo para ser sentido pelo setor, segundo a Abrasce. "As obras são de longo prazo e o que é inaugurado hoje foi pensado em 2010. A crise impactará os projetos de 2018", diz Glauco Humai, presidente da entidade.

    Eduardo Anizelli/Folhapress
    SÃO PAULO, SP, BRASIL, 23-11-2010, 17h00: Retrato do presidente da Tenco, Eduardo Gribel, no prédio do banco Bradesco, na Av. Paulista, para coluna Mercado Aberto. (Foto: Eduardo Anizelli/Folhapress, MERCADO ABERTO) ***EXCLUSIVO FOLHA***
    Eduardo Gribel, presidente do grupo

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    é o número de shoppings da Tenco em funcionamento

    R$ 540 milhões
    é o investimento previsto pela empresa em 2016

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    Escritório na Escola

    A construtura Mozak, do Rio, planeja lançar um edifício no terreno onde funcionou um colégio tradicional no Leblon, o St Patrick's, que está vazio desde 2012.

    O prédio da escola faz parte da área de proteção ao ambiente cultural do bairro, o que dificultou o negócio.

    Quando a construtora garantir a autorização da prefeitura, prevista para outubro, vai erguer um prédio comercial, mas a fachada do colégio será mantida.

    "A ideia é preservar a arquitetura antiga e misturar com uma nova", diz Isaac Elehep, sócio da Mozak.

    Paula Giolito/Folhapress
    RIO DE JANEIRO, 02-04-2015: Retrato de Isaac Elehep, presidente da construtora carioca Mozak. Foto: Paula Giolito/ FOLHAPRESS, MERCADO ABERTO
    Isaac Elehep, presidente da construtora

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    Janela para Alugar

    A Vitacon planeja investir R$ 400 milhões em novos projetos no próximo ano, sobretudo em empreendimentos para locação.

    "É uma estratégia mais de longo prazo. O mercado deverá ir por esse caminho. As pessoas não vão mais querer mobilizar capital nesse momento de crise", diz Alexandre Frankel, CEO da empresa.

    Em 2015, a companhia fechou uma parceria com a ESPM para instalar um edifício próximo à faculdade com dormitórios para os alunos. Um projeto semelhante deverá ser lançado em 2016 com outra instituição de ensino.

    Apesar de continuar com investimentos, a incorporadora sentiu a crise do setor imobiliário em 2015.

    No início deste ano, Frankel projetava uma alta no faturamento, que deverá ficar no patamar de 2014. As margens foram reduzidas em 15% para manter as vendas.

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    Entre janeiro e novembro deste ano, o mercado de previdência privada teve captação líquida de R$ 38,1 bilhões, segundo a plataforma Quantum Axis, que compara dados financeiros.

    A Brasilprev, do Banco do Brasil, captou cerca de R$ 20,1 bilhões nesse mesmo intervalo, uma alta de 13% na comparação com igual período do ano passado.

    "O brasileiro já faz mais investimentos de longo prazo", diz Werner Suffert, da BB Seguridade. "Essa nova visão faz com que produtos como a previdência privada tenham performance positiva."

    Na Bradesco Seguros, por sua vez, a captação líquida dos fundos atingiu R$ 6,8 bilhões de janeiro até o dia 11 de dezembro deste ano -alta de 45,4% em relação ao mesmo período de 2016.

    Apenas neste mês, a seguradora registrou aumento de 11,3% de captação.

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    Economia Primeiro

    Para os CFOs brasileiros, economia (47%), maior confiança entre os empregadores (34%) e clima político (29%) são os fatores de grande impacto para impulsionar o mercado de trabalho, segundo levantamento da Robert Half.

    Quando se leva em conta a média global, situação econômica (37%), confiança entre os empregadores (30%) e maior segurança entre os trabalhadores (29%) são as condicionantes mais expressivas.

    A pesquisa ouviu 2.425 diretores financeiros de 16 países, sendo cem do Brasil.

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    Mais Coelhos na Páscoa

    O número de trabalhadores temporários contratados pelas fabricantes de chocolates para a Páscoa cresceu 9,4%.

    Cerca de 29 mil pessoas foram contratadas para a data de 2016. No mesmo período do ano passado, haviam sido 26,5 mil, segundo a Abicab (associação do setor).

    "Esse aumento não está ligado à produção, que tem diminuído, mas aos pontos de venda. As empresas estão colocando mais funcionários para promover os produtos e abordar os consumidores", diz Ubiracy Fonseca, vice-presidente da entidade.

    O que Estou Lendo

    As leituras da economista Zeina Latif, da XP Investimentos, entre a angústia e a tristeza, parecem combinar com a economia brasileira.

    Zeina está terminando de ler "Judas", de Amós Oz. "Há um curioso paralelo entre Judas e um personagem crítico à criação de um Estado judeu. Pela minha origem palestina, o livro causou-me uma certa angústia. Ouvir as razões da discordância é o primeiro passo para o diálogo entre judeus e palestinos."

    Ela lê também "Brasil: uma Biografia", de Lilia Schwarcz e Heloisa Starling. "Retrata uma democracia tardia e ainda frágil, um país violento, com uma sociedade heterogênea e pouco generosa. Uma dose de tristeza na leitura, outra reflexão necessária."

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    Hora do Café

    Lederly
    hora do cafe charge
    hora do cafe charge

    com LUCIANA DYNIEWICZ, FELIPE GUTIERREZ e DOUGLAS GAVRAS

    mercado aberto

    Maria Cristina Frias, jornalista, edita a coluna Mercado Aberto, sobre macroeconomia, negócios e vida empresarial.
    Escreve diariamente,
    exceto aos sábados.

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