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    Mercado Aberto - Maria Cristina Frias

    Para se expandir, marca converte concorrente menor em franqueado

    13/01/2016 03h00

    Em busca de presença no mercado, empresas de diferentes segmentos têm investido na conversão de bandeiras, quando convencem um concorrente menor a se tornar um de seus franqueados.

    Entre as linhas de negócios que mais apostam na prática, estão petshops, farmácias e cursos de idiomas, segundo a ABF, associação do setor.

    "A unidade demora, ao menos, três meses para assumir a nova identidade", estima Claudio Tieghi, da entidade.

    "O mercado de petshops ainda é muito pulverizado no Brasil. O desafio é preparar um comerciante pequeno para uma estrutura de rede", analisa Rodrigo Albuquerque, executivo da marca.

    Karime Xavier/Folhapress
    SÃO PAULO / SÃO PAULO / BRASIL -16 /04/15 -15 :00h - Rodrigo Albuquerque é sócio-diretor da rede de petshops Petland, marca norte-americana que atua em 11 países e que está se expandindo pelo Brasil ( Foto: Karime Xavier / Folhapress). ***EXCLUSIVO***MERCADO ABERTOLEGENDA DO JORNALRodrigo Albuquerque, sócio-diretor da rede de pet shops no Brasil
    Rodrigo Albuquerque, sócio-executivo da Petland

    A prática é mais conhecida pelas academias e não é raro ver o centro de ginástica da esquina mudar toda a estrutura e assumir um nome mais familiar ao consumidor.

    Oito unidades que a rede de academias Runner pretende abrir neste ano serão no sistema de troca de marca.

    "Mostramos para a empresa de bairro que em experiências anteriores dobramos o número de alunos e subiu o tíquete médio pago por eles."

    "A troca de bandeira é boa para quem está no começo, pois estende a marca rapidamente", diz Ronaldo Pereira Jr., das Óticas Carol, que conseguiu vários franqueados dessa forma.

    "Mas é trabalhoso construir uma cultura única, de rede, em uma ex-marca."

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    Até novembro, construção civil teve 365,5 mil cortes em 2015

    A construção civil teve em novembro o pior índice de demissões de 2015, com 61,3 mil cortes –uma queda 2,03% em relação ao mês anterior.

    O resultado de dezembro ainda não foi divulgado pelo Sinduscon-SP (sindicado do setor), responsável pela pesquisa, em parceria com a FGV.

    O número de empregos formais na indústria tem caído desde outubro de 2014. A falta de investimentos no setor é o principal fator apontado pelo vice-presidente do sindicato, Eduardo Zaidan.

    Ele também destaca que, no final do ano, o ritmo de obras é tradicionalmente mais lento, o que agrava o cenário –de fato, o segmento que mais sofreu queda em novembro foi o de preparação de terrenos (3,63%).

    A projeção para 2016 segue pessimista, para Zaidan. "Mesmo que o país saia da recessão, vai demorar pelo menos um ano até que isso se converta em novas obras."

    Até o fim de novembro, havia 2,95 milhões de trabalhadores empregados no setor –o índice foi registrado pela última vez em agosto de 2010.

    No Estado de São Paulo, o número de demissões também foi o pior do ano: 12,8 mil cortes, uma queda de 1,62%.

    QUEDA LIVRE - Redução nos índices de emprego na construção civil em 2015

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    EMPREGO NA UTI

    O número de postos de trabalho em hospitais particulares neste ano pode cair, após um crescimento estimado de 4,1% em 2015, mais tímido que em anos anteriores.

    "O setor contratava em um ritmo adequado. Com a baixa de movimento dos hospitais, acaba-se empregando menos do que a expectativa", diz Francisco Balestrin, presidente da Anahp, associação de empresas do setor.

    Em 2014, as contratações tiveram alta de quase 12% -três vezes mais que em 2015. A expectativa da Anahp é de uma queda neste ano ou ao menos que não sejam abertas novas vagas.

    "A área de saúde é a última a ser afetada por crises, afinal, as pessoas continuam a ficar doentes. Mas nada indica que irá melhorar. Vamos demitir ou só conseguir manter as vagas do ano passado."

    A entidade também projeta uma redução de 1,8% na receita líquida nominal dos hospitais em 2015 e, para este ano, um aumento considerável das despesas, com a alta nos preços de insumos importados, calculados em dólar.

    HOSPITAIS - Número de empregos gerados, em mil

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    PEQUENOS DIMINUEM

    O faturamento das micro e pequenas empresas do Estado de São Paulo em novembro do ano passado foi de R$ 47,6 bilhões, semelhante ao de setembro de 2009, depois de feitos os ajustes relativos à inflação do período.

    Os dados são do Sebrae-SP. É a 11ª queda consecutiva da receita de negócios desses portes. Em porcentagem, foi um resultado negativo em 15,9% na comparação com novembro de 2014.

    No acumulado entre janeiro e novembro de 2015, as empresas perderam 13,3% de faturamento em relação ao mesmo período de 2014.

    Faturamento de PMEs cai - Comparação novembro 2015 - 2014, em %

    RETROCESSO ENTRE PEQUENAS - Por região do Estado de SP

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    Com demanda
    Kenneth Antunes Ferreira é o novo sócio na área de mercado de capitais no escritório TozziniFreire Advogados.

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    HORA DO CAFÉ

    Mandrade
    hora do cafe charge
    hora do cafe charge

    com FELIPE GUTIERREZ, DOUGLAS GAVRAS e TAÍS HIRATA

    mercado aberto

    Maria Cristina Frias, jornalista, edita a coluna Mercado Aberto, sobre macroeconomia, negócios e vida empresarial.
    Escreve diariamente,
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