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    Mercado Aberto - Maria Cristina Frias

    Multinacional de higiene pessoal investe R$ 400 milhões no Brasil

    12/02/2016 03h00

    A Kimberly-Clark vai investir ao menos R$ 400 milhões no Brasil neste ano na compra de novas máquinas e na expansão das cinco fábricas e dois centros de distribuição que a empresa mantém no país.

    Além disso, mais US$ 10 milhões (R$ 39,6 milhões) foram aplicados na instalação de um novo centro de inovação em São Paulo, que será inaugurado em abril.

    A marca mantém outros dois centros com essas características no mundo, um nos EUA e outro na Coreia do Sul.

    Instalado na Colômbia desde 2012, um terceiro será transferido ao Brasil devido ao forte crescimento da empresa no país.

    Karime Xavier-5.fev.16/Folhapress
    Sergio Cruz, presidente da empresa
    Sergio Cruz, presidente da fabricante de

    "Os números mudaram nos últimos anos. Nosso crescimento aqui é estável e hoje é a nossa maior operação na América Latina", afirma o presidente da Kimberly-Clark no Brasil, Sergio Cruz.

    Há 20 anos no país, a companhia viu seu faturamento crescer na casa dos dois dígitos pelos últimos 12 anos.

    Mesmo com a queda na intenção de consumo das famílias brasileiras, a empresa prevê repetir a alta acima dos 10% em 2016.

    "Os produtos de higiene são de primeira necessidade, então as vendas não são tão afetadas, e temos oferta para públicos em diferentes faixas de renda."

    Uma das principais apostas de mercado da empresa é o desenvolvimento de novos produtos geriátricos, o que será um dos focos do novo centro de inovação.

    "É um mercado que vai crescer nos próximos anos na América Latina."

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    Supermercados enfrentam uma queda de 1,87% no faturamento

    A receita dos supermercados de São Paulo foi 1,87% menor no ano passado do que em 2014. O dado, calculado em termos reais com correção pelo IPCA, é da Apas, a associação do setor.

    Em valores nominais, a receita cresceu 7%, mas a inflação corroeu os resultados.

    Não foram só os aumentos nos preços dos itens nas prateleiras que influenciaram o resultado, mas, também, nos custos fixos das redes, como energia elétrica, afirma Rodrigo Mariano, gerente de economia da Apas.

    O consumo não subiu na mesma proporção porque os clientes desistiram de adquirir alguns itens.

    "Em 2014, houve trocas de determinadas marcas por outras. Agora, o consumidor deixa de comprar produtos considerados supérfluos."

    Em dezembro do ano passado, a queda do faturamento foi de 2,36% em relação ao mesmo mês de 2014.

    A expectativa é que o resultado não siga a mesma curva descendente neste ano.

    "O consumidor já fez suas escolhas: não vai comprar bens duráveis, como geladeira, e a renda será destinada às contas e ao supermercado", afirma Mariano.

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    DIRETO NO BALCÃO

    Os medicamentos de venda livre, aqueles isentos de prescrição médica, do laboratório EMS registraram um crescimento acima do mercado em 2015, na comparação com o ano anterior.

    Enquanto o setor cresceu em torno de 15%, o laboratório registrou 24% de avanço em 2015 na comparação com o ano anterior, percentual também superior ao alcançado no último período, de 18%.

    Para este ano, a farmacêutica projeta um crescimento entre 30% e 35%, com a previsão de lançamento de ao menos dois produtos.

    A empresa investiu mais de R$ 100 milhões na área de OTC nos últimos dois anos.

    Entre os principais medicamentos do laboratório, está um bálsamo para dores reumáticas, que representa 40% dos investimentos.

    24%

    foi o crescimento do setor de remédios isentos de receita da EMS em 2015

    R$ 100 milhões

    foi o investimento na área de venda livre de prescrição nos últimos dois anos

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    NA PONTA DA LÍNGUA

    Os brasileiros ficaram atrás de argentinos, chilenos e mexicanos entre os povos latinos com mais proficiência em inglês, segundo estudo da escola EF Idiomas realizado no ano passado.

    Com 51,05 pontos, o país ainda aparece entre as nações que tiveram baixo desempenho e terminou o ano passado na 41ª posição, de um total de 70 países analisados.

    Os brasileiros, no entanto, subiram 1,09 ponto entre 2014 e 2015, em parte devido a medidas governamentais de incentivo ao ensino da língua inglesa estimuladas pela Copa do Mundo de 2014 e pela Olimpíada do Rio, neste ano.

    No ano anterior, o Brasil aparecia na 34ª colocação, mas o universo de países analisados pela pesquisa era menor, com 63 no total.

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    Hora do café

    Loderly/Editoria de Arte/Folhapress

    com FELIPE GUTIERREZ, DOUGLAS GAVRAS, TAÍS HIRATA

    mercado aberto

    Maria Cristina Frias, jornalista, edita a coluna Mercado Aberto, sobre macroeconomia, negócios e vida empresarial.
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