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    Mercado Aberto - Maria Cristina Frias

    Banco mineiro será o primeiro no varejo sem agência

    29/02/2016 01h00

    Controlado por Rubens Menin, presidente da construtora MRV, o banco mineiro Intermedium dá um passo além do crédito imobiliário, modalidade em que cresceu nos últimos anos.

    Com uma carteira de crédito de mais de R$ 2 bilhões, o Intermedium atuará como um banco completo totalmente digital.

    Danilo Verpa/Folhapress
    João Vitor Menin, executivo do Banco Intermedium
    João Vitor Menin, executivo do Banco Intermedium

    Ele também não terá tarifas para o pacote de serviços que as instituições financeiras oferecem, da conta corrente às transferências, segundo afirma o novo CEO, João Vitor Menin, 33.

    "Vimos espaço lá atrás no crédito imobiliário e hoje já temos mais de 1% do crédito imobiliário do Brasil, excluindo os repasses do FGTS", afirma Menin.

    Mas, se todos os bancos já têm agência digital, qual a diferença? "A nossa diferença é que somos 100% livres de tarifa de saída", diz Menin. É possível fazer tudo pelo banco, inclusive transferências sem pagar nada."

    O Intermedium terá conta corrente, pagamento de contas, investimentos, extratos, depósitos, cheques, tudo digitalmente.

    Para Menin, ter muitas agências já não é mais uma vantagem exclusiva aos grandes bancos.

    "Hoje é um passivo grande que eles têm. Agência é um negócio caro, as pessoas não querem ter de ir até lá."

    Mesmo sem tarifas, a conta digital trará crescimento para o banco, diz ele.

    A ideia foi colocada em prática há seis meses, como experiência. Em abril, os clientes poderão ter cartão de débito e crédito da Mastercard. Nem para abrir conta será necessário ir até uma das agências.

    "O digital alimenta o nosso crédito imobiliário, seguros, consignados e outros negócios."

    Para ele, há muita sinergia. "Mesmo respeitando a governança, há inclusive os clientes da MRV que também podem se interessar", afirma Menin.

    A decisão de começar agora, em plena recessão, foi impulsionada pela maior concentração com a saída de bancos estrangeiros do mercado.

    O investimento no digital foi de R$ 5 milhões.

    O banco tem 16 mil clientes e espera chegar até o fim deste ano com um total de 100 mil clientes.

    COMPOSIÇÃO DE CARTEIRA - Características de clientes e resultados

    COMPOSIÇÃO DE CARTEIRA - Características de clientes e resultados

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    DINHEIRO DO ÓLEO

    Mineradoras investem na reciclagem ou na substituição de óleo lubrificante para cortar custos da operação.

    A Anglo American gastou R$ 7 milhões na filtragem do óleo lubrificante utilizado no maquinário do Sistema Minas-Rio. A medida estende o tempo de uso do produto e rendeu economia de 200 mil litros (15% do total) em 2015.

    Na Votorantim Metais, o investimento, de R$ 2,5 milhões, é na implantação de uma caldeira alimentada por combustível de eucalipto e na adaptação do maquinário para uso de óleo de semente de algodão em Três Marias (MG).

    A previsão é que as mudanças rendam economia de até R$ 10 milhões ao ano.

    A Vale prevê reciclar e reutilizar 55% do óleo lubrificante usado nos seus equipamentos em sua mina em Carajás, no Pará.

    O processo começou no ano passado e representa economia de R$ 2 milhões, segundo a companhia.

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    MELHOR, MAS NEM TANTO

    A confiança do consumidor paulista cresceu 7% neste mês em relação a janeiro.

    A alta se deve à melhor percepção das atuais condições econômicas, que subiu 16,5% -um provável reflexo do reajuste ao salário mínimo, segundo a FecomercioSP.

    O resultado, no entanto, é o pior para o período desde 2002. Em relação a fevereiro de 2015, a queda foi de 15,6%.

    COM UM PÉ ATRÁS - Índice de confiança do consumidor em fevereiro

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    CARRO INTELIGENTE

    Um veículo que se conecta à internet e ao celular para captar dados do motorista e da cidade é o cenário da indústria automotiva em cinco anos, segundo a consultoria global Capgemini.

    Uma pesquisa da entidade em sete países, incluindo o Brasil, aponta que 47% dos motoristas acham que seu próximo carro será conectado.

    Entre os brasileiros, 79% se dizem dispostos a compartilhar informações.

    Para as montadoras, os dados gerados nos carros podem ser uma fonte nova de receita ao vendê-los para seguradoras, diz Roberto Mathias, vice-presidente no Brasil da consultoria.

    Para as seguradoras, afirma Mathias, a coleta de informações pode ajudar a resolver disputas em acidentes.

    "Saber a região onde o motorista circula, se é uma área com muitos acidentes, por exemplo, pode servir também para adaptar o valor do seguro cobrado."

    MAIS QUE UM TRANSPORTE - Razões citadas pelos brasileiros para ter um carro conectado, em %

    MAIS QUE UM TRANSPORTE - Motoristas estão dispostos a compartilhar dados, em %

    MAIS QUE UM TRANSPORTE - Como preferem pagar pelo serviço, em %

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    HORA DO CAFÉ

    Editoria de Arte/Folhapress
    Charge Mercado Aberto de 29.fev.2016
    Charge Mercado Aberto de 29.fev.2016

    com FELIPE GUTIERREZ, DOUGLAS GAVRAS, TAÍS HIRATA e MÁRCIA SOMAN

    mercado aberto

    Maria Cristina Frias, jornalista, edita a coluna Mercado Aberto, sobre macroeconomia, negócios e vida empresarial.
    Escreve diariamente,
    exceto aos sábados.

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