• Colunistas

    Friday, 10-May-2024 10:29:31 -03
    Mercado Aberto - Maria Cristina Frias

    Operadora de saúde investe R$ 170 mi em rede própria

    06/03/2016 03h00

    A cearense Hapvida vai investir ao menos R$ 170 milhões neste ano em sua rede de hospitais e unidades ambulatoriais, além de melhoria em tecnologia.

    O aporte inclui a construção de um hospital de 13 andares e um centro de pronto atendimento em Recife.

    Outro centro foi inaugurado em Manaus, e reformas estão previstas em prédios no Maranhão e no Sergipe.

    A operadora concentra sua estrutura nas regiões Norte e Nordeste, onde tem participação de 23,7% no mercado, segundo dados da ANS.

    Expandir a rede própria é um dos pilares da companhia, afirma o presidente, Jorge Pinheiro.

    "Conseguimos realizar 96% das internações nos nossos hospitais e 76% dos exames de laboratório e imagem dentro da rede. Isso poupa custos e nos ajuda a manter preços mais competitivos."

    Os planos da operadora custam em média R$ 130.

    No ano passado, a companhia teve aumento de 10,85% na quantidade de planos.

    O serviço odontológico teve um crescimento ainda maior, de 18,8%.

    "É um setor que ainda atinge uma parcela pequena da população brasileira, por isso há mais espaço para crescer", explica Pinheiro.

    O investimento deste ano inclui ainda um novo software de gestão vendido para operadoras de saúde e empresas de outras regiões.

    O programa faz serviços como o cadastro de beneficiados e a autorização de procedimentos médicos.

    91
    hospitais e clínicas próprias

    3 milhões
    de clientes no país

    *

    Fototica ganha nome de rede internacional e lança franquias

    A rede de lojas Fototica, que atua há 96 anos no Brasil, mudou seu nome para GrandVision by Fototica.

    A estratégia é incorporar a identidade internacional do grupo que a comprou em 2006, diz o presidente da marca, Alvaro Vieira.

    Karime Xavier/Folhapress
    SÃO PAULO / SÃO PAULO / BRASIL -02 /03/16 -11 :00h - Retrato do presidente da Grandvision by Fotótica (novo nome da Fotótica), Alvaro Vieira. ( Foto: Karime Xavier / Folhapress). ***EXCLUSIVO***MERCADO ABERTO
    Alvaro Vieira, presidente da rede

    A empresa lança já com o novo nome um modelo de franquia, de olho na expansão no território nacional. Hoje, suas lojas estão concentradas em São Paulo, Sergipe, Pernambuco e Bahia.

    "Consideramos que a companhia está mais madura e, com o conhecimento da GrandVision, estamos prontos para o sistema de franquias", diz Vieira.

    Uma unidade custa em torno de R$ 285 mil.

    As lojas já existentes passarão por um processo gradativo de adaptação ao nome, que deve durar até 18 meses.

    Para garantir o fluxo nas lojas, a rede apostou em promoções e segurou a alta dos preços em 2015.

    Nem o câmbio desfavorável fez os óculos ficarem mais caros -85% da produção envolve itens importados.

    *

    LEMBRA DE MIM?

    Adotar o nome do grupo internacional pode não trazer o resultado esperado, segundo especialistas em marca.

    O caso da Fototica "foi um gesto para mostrar a presença da GrandVision no Brasil, mas o fato de não ser um nome amplamente conhecido no país faz com que não haja grande valor agregado", afirma o consultor de marcas Amauri Catropa.

    A escolha foi justificada pela companhia para trazer a "herança mundial" do grupo para a rede de óticas.

    Antes da decisão, a empresa fez uma pesquisa com clientes para avaliar a aceitação do nome. Investiu também no treinamento da equipe e em um plano de divulgação da mudança.

    São cuidados cruciais, diz Daniela Khauaja, professora de marketing da ESPM.

    Uma mudança mais gradual, contudo, seria mais recomendável, diz Khauaja.

    "Poderiam ter adotado por um tempo o nome Fototica by GrandVision, por exemplo, para não perder tanto peso."

    *

    IMUNE À QUEDA

    A crise não atinge as redes farmacêuticas, que começaram este ano com um crescimento de receitas de 9,85% em relação ao início de 2015.

    Em janeiro, as vendas foram de R$ 3,03 bilhões, de acordo com a Abrafarma, a associação do setor.

    O faturamento dos últimos 12 meses é 11,83% maior do que o do período anterior.

    O crescimento em janeiro, no entanto, é uma desaceleração na comparação com o mesmo mês do ano passado.

    A relação das vendas de 2015 com as de 2014 foi de um aumento de 11,94%.

    "O crescimento foi menor porque ocorreu uma maior substituição por genéricos, que são mais baratos", afirma Sérgio Mena Barreto, presidente da Abrafarma.

    Apesar da taxa de crescimento nas vendas de genéricos ser maior que a dos demais medicamentos, eles representam apenas 17,8% da receita total com remédios.

    R$ 3,03 bilhões
    foi quanto as redes de farmácias faturaram em janeiro de 2016

    11,17%
    subiram as vendas de genéricos no período; é o que mais cresce

    *

    HORA DO CAFÉ

    Editoria de Arte/Folhapress
    Charge Mercado Aberto de 6.mar.2016

    com FELIPE GUTIERREZ, DOUGLAS GAVRAS, TAÍS HIRATA e MÁRCIA SOMAN

    mercado aberto

    Maria Cristina Frias, jornalista, edita a coluna Mercado Aberto, sobre macroeconomia, negócios e vida empresarial.
    Escreve diariamente,
    exceto aos sábados.

    Edição impressa

    Fale com a Redação - leitor@grupofolha.com.br

    Problemas no aplicativo? - novasplataformas@grupofolha.com.br

    Publicidade

    Folha de S.Paulo 2024