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    Mercado Aberto - Maria Cristina Frias

    Crise fiscal gera aumento de interesse por PPPs

    07/03/2016 03h00

    O interesse de prefeituras e governos estaduais em projetos para PPPs (Parcerias Público-Privadas) aumentou quase três vezes de 2014 para o ano passado.

    O número de PMIs (Procedimentos de Manifestação de Interesse, em que o governo autoriza o setor privado a fazer estudos para desenvolver um projeto de interesse público) cresceu 185% em 2015, de acordo com a consultoria Radar PPP.

    A crise fiscal e a dificuldade para arrecadas explicam o fomento dessa modalidade de contrato, diz o sócio da consultoria Guilherme Naves.

    A obrigatoriedade de as prefeituras assumirem a iluminação pública das cidades e as eleições municipais também estimulam as parcerias.

    "Nos próximos 30 dias ainda haverá lançamento de projetos para tentar assinar contratos neste ano e deixar um último legado de prefeitos".

    Muitas PPPs de pequeno porte têm dois problemas, de acordo com José Carlos Martins, presidente da Cbic (câmara da indústria da construção): a falta de garantias e a baixa qualidade técnica dos projetos apresentados.

    "As prefeituras não sabem como formatar as propostas e o que pedir nos contratos. A União precisa dar apoio técnico", diz ele.

    Martins sugere ainda a criação de um fundo garantidor, que seria acionado caso o órgão público deixasse de repassar valores à empresa.

    ppps

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    UM CAFÉ E A CONTA

    A rede Fran's Café deve abrir 36 novas franquias até o final de 2016, quase o triplo do número de lojas inauguradas no ano passado.

    "Quem perde o emprego pensa em abrir um novo negócio. É uma tendência típica de momentos de crise", afirma José Henrique Ramos Ribeiro, sócio-diretor da empresa.

    As lojas da rede tiveram alta nas receitas em 2015, entre 10% e 12%. Neste ano, a expectativa é repetir a taxa de crescimento.

    O fluxo de clientes aumentou em 2015. "Muitos passaram a trocar o almoço em um restaurante mais caro por nossas refeições."

    O tíquete médio dos consumidores, no entanto, caiu entre entre 8% e 10%.

    A marca, que havia anunciado sua entrada no mercado de cápsulas de café para o fim de 2015, adiou o lançamento para a metade deste ano.

    "Esperamos que as receitas com café cresçam cerca de 8%." Em relação ao faturamento total da empresa neste ano, o impacto dos novos produtos é calculado em cerca de 2%.

    Marcus Leoni/Folhapress
    SAO PAULO, SP, BRASIL, 04.03.16 12h JosE Henrique Ramos Ribeiro e socio-diretor da Fran's Cafe. (Foto: Marcus Leoni / Folhapress, MERCADO ABERTO)
    José Henrique Ramos Ribeiro, sócio diretor do Fran's Café

    R$ 120 MILHÕES
    foi o faturamento das lojas da rede em 2015

    150
    é o número de unidades da rede no país

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    BANHO DE LOJA

    As Casas Bahia investiram R$ 45 milhões na restruturação da disposição dos imóveis em 130 de suas lojas.

    A rede seguiu o modelo das lojas de departamento, onde os itens são exibidos em ambientes completos.

    "A tecnologia dos eletrodomésticos evoluiu, mas não os móveis. Nossos consumidores estão mais exigentes e alinhados com que está na moda", diz Peter Paul Estermann, presidente da Via Varejo, que reúne Casas Bahia e Ponto Frio.

    Em 2014, a empresa contratou um escritório de arquitetura para desenvolver quatro linhas distintas de móveis e renovou 45% do seu mostruário.

    Cada uma delas ganhou uma área específica na loja.

    "Apelamos ao lado emocional do consumidor. A ideia é que ele vá comprar uma cômoda e saia com o desejo de levar o armário e a cama daquele estilo."

    A estratégia resultou em um aumento de dez pontos percentuais nas vendas.

    Neste ano, o plano é expandir para 250 lojas da marca, como parte das medidas da companhia para reverter queda no faturamento.

    Os móveis somam 20% das vendas das Casas Bahia.

    Ana Paula Paiva/Valor
    Data: 17/10/2014 Editoria: Consumo Reporter: Cibelle A. Soares Boucas Local: Sao Paulo, SP. Pauta: Pao de Acucar fala sobre projeto de expansao de lojas de proximidade e novo centro de distribuicao para minimercados Extra e Minuto Pao de Acucar. Setor: alimenticio Tags: sala, executivos, mesa, estrategia, investimento, perspectiva, inovacao, crescimento, lojas. Personagem: Peter Estermann, vice-presidente de logistica do Grupo Pao de Acucar, fotografado durante entrevista exclusiva. Foto: Ana Paula Paiva/Valor ***FOTO DE USO EXCLUSIVO FOLHAPRESS***
    Peter Paul Estermann, presidente da Via Varejo

    749
    lojas das Casas Bahia no país

    R$ 177 milhões
    foi o prejuízo da Via Varejo no quarto trimestre de 2015

    *

    PANE NO SISTEMA

    A produção do setor eletroeletrônico caiu 30% em janeiro deste ano em relação ao mesmo mês de 2015.

    O pior desempenho foi do segmento de eletrônicos, que recuou 38,8%, enquanto o de elétrica teve queda de 23%.

    O resultado alarma o setor principalmente porque a base de comparação com janeiro passado é fraca: o mês registrara retração de 14% em relação a 2014, diz o presidente da Abinee (associação do setor), Humberto Barbato.

    A taxa também ficou abaixo da queda total na produção de 2015, de 21%.

    Em relação a dezembro, mês tradicionalmente mais fraco na indústria, o resultado é positivo, com alta de 16%.

    R$ 148,3 BILHÕES
    foi o faturamento da indústria em 2015, uma queda de 10% em relação ao ano anterior

    22,4%
    é a queda de produção no acumulado dos últimos 12 meses

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    HORA DO CAFÉ

    Editoria de Arte/Folhapress
    Charge Mercado Aberto de 7.mar.2016
    Charge

    com FELIPE GUTIERREZ, DOUGLAS GAVRAS, TAÍS HIRATA e MÁRCIA SOMAN

    mercado aberto

    Maria Cristina Frias, jornalista, edita a coluna Mercado Aberto, sobre macroeconomia, negócios e vida empresarial.
    Escreve diariamente,
    exceto aos sábados.

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