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    Mercado Aberto - Maria Cristina Frias

    Procura por crédito privado cresce com redução do Fies

    30/03/2016 03h00

    A busca por financiamento privado para graduação aumentou na temporada de matrículas de início de ano, a primeira após as grandes mudanças no Fies, que ocorreram ainda em 2015.

    O número de estudantes atendidos pelo programa deverá se manter em 2016 em torno de 330 mil, segundo dados do Semesp (das Mantenedoras de Ensino Superior). Em 2014, passava de 700 mil.

    Na Ideal Invest, a concessão de crédito nos últimos 12 meses até março cresceu cinco vezes, em relação ao mesmo período do ano passado.

    "As universidades estão mais preocupadas em conhecer as alternativas, pois o patamar de atendidos pelo Fies deverá se manter", avalia Carlos Furlan, executivo da gestora de crédito.

    Em muitos casos, para não perder o estudante, a instituição tem assumido parte dos riscos pelo empréstimo.

    Na Fundacred, o número de concessões quase dobrou nos três primeiros meses deste ano, teve alta de 97%.

    "Com as parcerias privadas, elas puderam recuperar alunos desistentes", diz Nivio Delgado, da fundação.

    O Bradesco, que oferece incentivo para graduação há dez anos, também sentiu a procura aumentar recentemente. "O Fies trouxe acessibilidade. Agora, esse mercado está mais amadurecido", diz o diretor Antônio Diniz.

    A tendência é mais instituições ofertarem o crédito. O Santander estuda entrar nesse nicho no segundo semestre.

    Gabo Morales/Folhapress
    SAO PAULO, SP, BRASIL, 10-06-2011: O presidente da Ideal Invest, Oliver Mizne, e o diretor-executivo da empresa Carlos Furlan, posam para retrato na Av Paulista, centro de Sao Paulo, na sexta-feira 10 de junho de 2011. (Foto: Gabo Morales/Folhapress, MERCADO ABERTO) ***EXCLUSIVO FOLHA***
    Carlos Furlan, da Ideal Invest

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    Beleza interior

    O faturamento das operadoras de turismo caiu 7% em 2015, na comparação com o ano anterior, segundo a Braztoa (associação do setor).

    O número de passageiros diminuiu 15,64% no ano passado. A queda foi puxada principalmente pelos pacotes internacionais, que perderam 39,9% do volume de clientes.

    O mercado doméstico passou a representar 60,2% da receita total -em 2014, a taxa havia sido de 52,6%.

    "Houve uma forte migração do público de viagens internacionais para destinos dentro do país, devido ao câmbio", diz o presidente da CVC, Luiz Eduardo Falco.

    Nos primeiros meses de 2016, no entanto, a procura por voos para o exterior teve uma leve alta. O movimento também foi percebido pela Agaxtur Viagens.

    "Com o dólar mais barato, a demanda volta a subir", diz o presidente Aldo Leone.

    Ainda assim, a previsão é que o mercado nacional siga em crescimento, impulsionado pelos Jogos Olímpicos no Rio, diz a diretora-executiva da associação.

    viagem

    viagem

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    Vista da serra

    A operadora de hotéis Blue Tree vai abrir uma nova unidade em Penedo, no Rio de Janeiro.

    O investimento, feito pela construtora e incorporadora Somah, foi de R$ 50 mihões, afirma Luciano Dutra, diretor-executivo.

    "A região tem potencial turístico, mas o foco será também no público executivo, por ser próxima a um polo automobilístico", diz a presidente da rede, Chieko Aoki.

    As obras terão início em abril, e a inauguração está prevista para o primeiro semestre de 2018.

    A rede ainda tem 14 novas unidades em desenvolvimento -quatro delas previstas para este ano.

    A empresa ainda não fechou o balanço de 2015, mas a taxa de ocupação ficou em 60%, três pontos percentuais menos que no ano anterior, segundo Aoki.

    25
    são os hotéis da rede, presente em 20 cidades do país

    5.378
    é o número total de quartos

    R$ 381 milhões
    foi o faturamento de 2014, o mais recente divulgado

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    Viagem a trabalho

    O serviço de aluguéis de residência, como o Airbnb, já é utilizado com frequência em viagens de negócios por 12,66% de brasileiros com renda acima de R$ 5.000.

    O resultado surpreende e aponta uma nova tendência, afirma Carolina Sass, da consultoria de turismo Mapie, responsável pela pesquisa.

    "Até o início de 2015, esse público quase não usava esse tipo de aluguel. Hoje, as companhias já começam a oferecer opções de pagamento direto às empresas e facilidades como serviço de quarto."

    No caso de viagens de lazer, 31% dos brasileiros afirmam usar o serviço.

    Entre as razões pelas quais os clientes optam pelo aluguel de casas, o principal fator é o custo-benefício, apontado por 41% dos entrevistados.

    "Não é apenas pelo preço, o público jovem valoriza um serviço personalizado, informal e com mais liberdade."

    38,4%
    optam por aluguel de residência devido ao preço mais baixo

    31,67%
    dos que não usam o serviço apontam segurança como motivo

    28,7%
    deles desconhecem o modelo

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    Uma vez... Para 36% dos diretores financeiros do Brasil, a perda de produtividade das empresas durante férias dos trabalhadores é significativa.

    ...por ano É o país com índice mais alto, aponta pesquisa da consultoria Robert Half. Na Nova Zelândia, 8% das empresas sofrem com férias.

    Domesticado Com uma oscilação menos intensa do dólar em março, a rede de intercâmbio Experimento teve 20% a mais de demanda do que no mesmo mês de 2015.

    Parilla A rede de restaurantes de comida argentina Corrientes 348 inaugura em abril sua oitava unidade, no Rio. A empresa ainda busca espaços para duas novas casas.

    Hora do café

    Editoria de Arte/Folhapress
    Charge Mercado Aberto de 30.mar.2016
    Charge

    com FELIPE GUTIERREZ, DOUGLAS GAVRAS e TAÍS HIRATA

    mercado aberto

    Maria Cristina Frias, jornalista, edita a coluna Mercado Aberto, sobre macroeconomia, negócios e vida empresarial.
    Escreve diariamente,
    exceto aos sábados.

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