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    Mercado Aberto - Maria Cristina Frias

    Viações vão recorrer contra resolução que dá passagens a jovens de até 29 anos

    12/04/2016 03h00

    A associação de ônibus interestaduais vai recorrer contra a resolução da ANTT (agência de transporte terrestre) que determina que, a cada viagem, até quatro passagens sejam destinadas a jovens de baixa renda.

    "Pretendemos mudar a regra administrativamente, e, se não for possível, vamos entrar na Justiça. Por que a aviação não tem a mesma regra?", questiona Paulo Porto presidente da Abrati, a associação das viações.

    Até agora, os empresários não haviam se pronunciado sobre a norma que foi publicada no Diário Oficial da União no dia 31 de março.

    O texto determina que, a cada viagem, duas passagens devem ser dadas a jovens de até 29 anos que apresentarem carteirinha dada pela Secretaria da Juventude. Outros dois assentos devem ser vendidos por metade do preço.

    A determinação ainda não vigora porque não foi definida a maneira pela qual esse documento será emitido e nem se haverá subsídio governamental.

    O setor, no entanto, não acredita na subvenção. "O governo não tem condição de subsidiar mais nada. Teremos que elevar a tarifa dos pagantes em 7%, só por essa determinação", afirma Porto.

    "Haverá impacto, mas só no ano que vem", diz Alexandre Muñoz, superintendente de serviços para passageiros da ANTT. Há um teto por quilômetro rodado de R$ 0,15.

    A agência criou a regra para obedecer uma lei de 2013, que dizia que o Estado iria subsidiar as passagens.

    O que é?

    As empresas deverão disponibilizar duas vagas gratuitas e duas com desconto mínimo de 50%

    Para quem é?

    Usuários de até 29 anos, de baixa renda, portadores da Identidade Jovem

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    SOTAQUE ENQUADRADO

    A Moldura Minuto vai abrir franquias na Bolívia e no Uruguai neste ano e pretende se expandir ainda para Chile, Colômbia e Peru.

    Eduardo Knapp - 05.nov.2015/Folhapress
    SÃO PAULO, SP, BRASIL, 05.11.2015 - Retrato do empresário e proprietário da Moldura Minuto, Antônio Carlos Viegas, vai entrar em um novo negócio voltado para a venda de fotografias, com uma galeria no Morumbi Shopping, em São Paulo (SP). Batizado de ArtShot, o projeto vai colocar à venda 1.100 imagens já escolhidas de 72 fotógrafos, com preços entre R$ 190 e R$ 2.490, a depender do tipo de impressão. Os artistas receberão uma comissão sobre as vendas. (Foto: Eduardo Knapp/Folhapress)
    Antônio Viegas, dono da rede de lojas

    "Enquanto a economia do Brasil ia bem, o empresário não precisava olhar para os países vizinhos", lembra Antônio Viegas, proprietário da marca. "Agora, o apelo da região aumentou."

    A unidade no exterior custa de R$ 300 mil a R$ 350 mil –mais caro que uma equivalente no Brasil. "Nós adaptamos o conceito. Nos vizinhos, se valorizam molduras coloridas e com brilho."

    R$ 40 MILHÕES
    é o faturamento previsto da rede

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    QUEDA SOBRE QUEDA

    O faturamento das pequenas e médias empresas de São Paulo caiu 11,4% em fevereiro, o que representou a 14ª queda consecutiva nas comparações entre resultados mensais de ano para ano. Os dados são do Sebrae-SP.

    É uma diminuição que tem como base um mês que já havia sido de baixa –em fevereiro do ano passado, o resultado foi uma queda de 18% em relação ao ano anterior.

    FATURAMENTO EM QUEDA - Empresas de pequeno porte enfrentam crise

    As pessoas jurídicas de menor porte de todas, os microempreendedores individuais, enfrentaram redução ainda maior da receita: 27% de encolhimento.

    Essa categoria de empresário apresenta queda proporcionalmente maior pelo fato de haver mais volatilidade nos ganhos. Os MEIs são dependentes do consumo das famílias, que teve piora significativa, afirmam pesquisadores do Sebrae-SP.

    O setor com retração mais significativa foi a indústria, com 13,7% a menos de renda.

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    CIÊNCIA SEM FRONTEIRAS

    A multinacional de origem japonesa Shimadzu, que fabrica desde equipamentos e máquinas hospitalares até peças de aviões, vai investir US$ 12 milhões (R$ 42 milhões) a Sinc do Brasil, de instrumentação científica e na estruturação do negócio.

    Com a compra, a empresa pretende se mudar de um terreno na Barra Funda (zona oeste de São Paulo) para um novo endereço, em Barueri, segundo o diretor-geral no Brasil, Hiroki Nakamine.

    Essa é a primeira aquisição que a companhia japonesa faz no Brasil, apesar de estar presente no país desde 1988.

    A Shimadzu discutia a transação há anos, diz o executivo. No entanto, as negociações só começaram faz seis meses, quando já estava claro que o Brasil enfrentava uma recessão.

    "Nós pensamos no longo prazo. Agora, queremos crescer especialmente no mercado farmacêutico. Devemos abrir um ramo desse setor no Estado de Goiás."

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    PARA FORA

    A Apex-Brasil injetará mais de R$ 47 milhões para promover produtos e serviços no exterior. A agência assina na próxima sexta-feira (15) contratos com quatro novos setores e três renovações.

    O investimento será feito com entidades, como a de laticínios, eletroeletrônica, implementos rodoviários, componentes para couros e engenharia eletrônica.

    "Cortamos R$ 20 milhões anualizados de custos em 2016. Antes colocávamos 85% de capital em um projeto e as entidades, 15%. Hoje, alocamos 70%, e elas, mais", diz David Barioni Neto, presidente da agência.

    "Aumentamos em 15% o número de exportadoras. Esperamos em 2016 um superavit de R$ 60 bilhões na balança. Só esses projetos trarão 14 bilhões em dois anos."

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    VIDA LONGA

    O consumo de leite longa vida cresceu 2% em 2015, enquanto o de pasteurizado caiu 10,3%, de acordo com a ABLV (associação do setor de leite longa vida).

    Hoje, o UHT detém uma fatia de 63% do mercado.

    DEMANDA POR LONGA VIDA RESISTE À RETRAÇÃO ECONÔMICA - Consumo anual, em litros equivalentes (em bilhões)

    "A distribuição do longa vida é mais fácil. Não há custos de refrigeração no transporte e no armazenamento do produto", diz o diretor-executivo da entidade, Nilson Muniz.

    Apesar do resultado, o segmento tem sido afetado pela crise. "Nos últimos anos, as altas haviam sido entre 4% e 5%. O consumo se retraiu em 2015, as empresas reduziram suas margens, e os custos subiram."

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    Raio-X...
    A Socesp, Sociedade de Cardiologia de SP, implantou modelo de gestão com um programa de "compliance", como fazem as empresas.

    ...das contas
    A entidade disponibilizou aos associados dados das reuniões de diretoria e prestação contábil em uma sessão fechada de seu site.

    Polo cervejeiro
    As cervejarias Blumenau e Schornstein vão investir, cada uma, R$ 4 milhões na construção de novas fábricas em Santa Catarina.

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    HORA DO CAFÉ

    Editoria de Arte/Folhapress
    Charge Mercado Aberto de 12.abr.2016

    com FELIPE GUTIERREZ, DOUGLAS GAVRAS e TAÍS HIRATA

    mercado aberto

    Maria Cristina Frias, jornalista, edita a coluna Mercado Aberto, sobre macroeconomia, negócios e vida empresarial.
    Escreve diariamente,
    exceto aos sábados.

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