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    Mercado Aberto - Maria Cristina Frias

    Caixa estuda alterar regras de financiamento para construção

    22/04/2016 03h00

    A Caixa Econômica Federal avalia alterar as regras de concessão de seu financiamento para reforma e construção de imóveis, o Construcard.

    O benefício hoje permite a compra de materiais de construção e itens como armários embutidos, piscinas, aquecedores solares e equipamentos de energia fotovoltaica.

    O que as entidades do setor pleiteiam ao banco é que o programa passe também a financiar os custos com a mão de obra -responsável por ao menos metade dos gastos. A flexibilização incentivaria reformas e aqueceria o mercado, que sente a crise.

    "Temos dialogado com o governo para flexibilizar incentivos ao setor. O país não tem condições de conceder benefícios inadvertidamente, mas podemos chegar a um meio-termo", diz Walter Cover, presidente da Abramat (da indústria da construção).

    Para evitar fraudes, o setor sugere que a Caixa passe a aceitar financiar a mão de obra desde que sejam profissionais registrados como MEI (Micro Empreendedor Individual), que emitem notas fiscais.

    A Caixa diz, em nota, considerar a revisão de "algumas regras de contratação do produto, entre elas a utilização do Construcard para o pagamento de mão de obra".

    A carteira do benefício finalizou o ano passado com mais de R$ 6 bilhões e com contratação acima de R$ 1,7 bilhão, segundo o banco.

    "O setor responde rapidamente a incentivos, como a nova faixa 1,5 do Minha Casa, Minha Vida, por exemplo", diz Cláudio Conz, da Anamaco (dos comerciantes de materiais de construção).

    "Quem compra uma unidade e sai do aluguel, tende a fazer uma reforma ao se mudar. Se evitou fazer obras em 2015, por causa da crise, vai ter de mexer na casa agora."

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    R$ 6 bilhões

    É quanto tinha a carteira do Construcard até?o fim do ano passado

    Como funciona?

    Com um cartão, o cliente compra materiais de construção e quita o financiamento em até 240 meses

    Quem pode participar?

    Pessoas físicas com conta-corrente na Caixa, aprovadas em avaliações de risco de crédito

    O que o setor sugere?

    As entidades querem?que as despesas com?mão de obra também sejam financiadas

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    Proibição de revista íntima de mulheres visa as clientes

    Uma lei sancionada pela presidente Dilma Rousseff nesta semana que proíbe empresas de realizarem revista íntima em mulheres só terá impacto em estabelecimentos que tinham essa prática com clientes.

    "A nova regra é para coibir excessos. Uma proibição semelhante já vigora na CLT desde 1999, mas só para funcionárias", afirma Reinaldo Mendes, assessor jurídico da Fecomércio-SP.

    As empresas que, mesmo vedadas, fizerem revistas íntimas, estarão sujeitas a uma multa de R$ 20 mil, a serem revertidos a órgãos de proteção aos direitos da mulher.

    Até a sanção da lei, o valor era determinado pelos juízes da vara do trabalho.

    Os setores de supermercados e farmácias são aqueles em que se verificam mais ocorrências desse tipo, de acordo com o Ministério Público do Trabalho de São Paulo.

    Os furtos praticados por clientes são quase o dobro daqueles realizados por funcionários, segundo a FIA (Fundação Instituto de Administração), que monitora as perdas no varejo.

    Nas farmácias a prática cresce desde 2007, segundo a Abrafarma. A soma dos prejuízos com o crime chegam a R$ 160 milhões ao ano.

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    LÍNGUA DE EXECUTIVO

    O orçamento mais apertado das empresas neste ano não diminuiu a procura pelos cursos corporativos de idiomas do Berlitz.

    "Mesmo quando uma companhia busca reduzir gastos, a área de formação ainda é a última a sofrer cortes", diz Arthur Bezerra, presidente da escola no Brasil.

    Karime Xavier/Folhapress
    Arthur Bezerra, presidente no Brasil da escola de idiomas Berlitz
    Arthur Bezerra, presidente no Brasil da escola de idiomas Berlitz

    A rede, fundada em 1878, também vai voltar a abrir franquias e visa alcançar 111 unidades no país em cinco ou dez anos. Em 2016, deverá inaugurar nove escolas.

    R$ 300 MIL

    é o investimento mínimo para abrir uma unidade do Berlitz

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    Negócio... A rede de restaurantes de comida asiática Jin Jin quer se expandir para todo o país. Sob a bandeira Sushi, de comida japonesa, a marca acaba de finalizar dois novos formatos de franquia:
    o restaurante e o quiosque.

    ...do Japão Com as futuras unidades, a rede prevê incrementar em 15% sua receita deste ano. O investimento mínimo para montar um quiosque é de
    R$ 200 mil; já para os restaurantes, o aporte inicial é de cerca de R$ 450 mil.

    Deu para ti A NG France, empresa de cosméticos gaúcha, recebeu um aporte de R$ 6 milhões do fundo CRP Companhia de Participações. O investimento vai ser usado na expansão da linha de produtos da companhia.

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    Hora do Café

    Editoria de Arte/Folhapress
    Charge Mercado Aberto de 19.abr.2016

    com FELIPE GUTIERREZ, DOUGLAS GAVRAS e TAÍS HIRATA

    mercado aberto

    Maria Cristina Frias, jornalista, edita a coluna Mercado Aberto, sobre macroeconomia, negócios e vida empresarial.
    Escreve diariamente,
    exceto aos sábados.

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