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    Mercado Aberto - Maria Cristina Frias

    Fluxo de contêineres em portos cai 3%, mas supera expectativa do setor

    28/04/2016 03h00

    A movimentação de contêineres nos portos brasileiros caiu 3,3% em 2015, segundo a Abratec (associação do setor). O resultado foi melhor que o esperado –a entidade projetava queda entre 25% e 30%.

    "A alta das exportações compensou um pouco a diminuição nas importações", diz Sérgio Salomão, presidente-executivo da associação.

    No porto de Itajaí (SC), onde o fluxo caiu 12% em 2015 e 2% no primeiro trimestre deste ano, a retração foi generalizada, diz o superintendente, Antônio Ayres. "As exportações também diminuíram."

    A redução total, de 202 mil unidades, foi puxada principalmente pelos portos de Itajaí, Manaus e Rio de Janeiro.

    A VER NAVIOS - Movimentação de contêineres nos portos brasileiros cai em 2015

    Em terminais como os de Porto Velho (RO) e de Itaqui (MA), as quedas percentuais foram drásticas –79,3% e 64,2%, respectivamente.

    "Hoje, estamos mais voltados ao mercado de grãos, mas projetos em andamento devem ampliar a estrutura para contêineres", diz Ted Lago, presidente da Emap, empresa responsável pelo porto de Itaqui.

    Entre os 19 locais analisados pela Abratec, seis tiveram resultado positivo. O porto de Santos foi o principal deles.

    "Fatores como a alta das exportações de soja, a volta da hidrovia Tietê-Paraná e o fortalecimento da cabotagem contribuíram para o desempenho positivo", diz o presidente da Codesp (Companhia Docas do Estado de São Paulo), Alex Oliva.

    No terminal de Paranaguá, a alta foi atribuída a melhorias no acesso ferroviário e de caminhões, afirma Luiz Dividino, diretor-presidente da Appa, que administra o porto.

    Neste ano, serão investidos R$ 30 milhões para melhorar o acesso ao local. As obras devem ficar prontas em 2017.

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    NADA DE NOVO NO FRONT

    Por causa da crise política e econômica, 65% das empresas reduziram os investimentos em inovação no Brasil, segundo a Amcham (Câmara Americana de Comércio).

    Um aumento da pressão por resultados foi a justificativa mais escutada entre os entrevistados.

    Entre as empresas que reduziram os investimentos, 39% delas apontaram a possibilidade de retomada dos projetos com a melhoria de economia; outros 26% desaceleram sem previsão de retomada no curto prazo.

    Uma parcela de 35% das empresas entrevistadas disse manter os investimentos, independente do cenário, pois a inovação é a principal aposta da organização para a perpetuidade do negócio.

    A entidade ouviu cem dirigentes empresariais na semana passada, durante o lançamento do programa +Competitividade Brasil.

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    LIVRE ARBÍTRIO

    No primeiro trimestre deste ano, o número de migrações para o mercado livre realizadas pelo Grupo Delta Energia aumentou 128%, estimulado, principalmente, pelas médias e pequenas empresas.

    "Revisar o orçamento passou a ser uma obrigação financeira, e o preço do mercado livre é mais atrativo", diz Ricardo Lisboa, que é sócio-diretor da Delta.

    Eduardo Knapp/Folhapress
    Sao Paulo, SP, Brasil, 27-04-2016 12h55:Mercado Aberto. Retrato de Ricardo Lisboa, socio diretor da Delta Energia no escritorio da empresa na av Nacoes Unidas(foto Eduardo Knapp/Folhapress. MERCADO). Cod do Fotografo: 0716
    Ricardo Lisboa, sócio-diretor da comercializadora

    Os novos clientes são, em sua maioria, médias e pequenas indústrias, shoppings, hospitais e supermercados, que buscam reduzir custos e escapar dos reajustes recentes do mercado convencional.

    "A flexibilização das normas de adesão também colaboraram. Antes, a empresa tinha um gasto inicial de R$ 130 mil, com a troca de medidores. Esse custo hoje é de cerca de R$ 30 mil."

    Até o fim do ano que vem, a expectativa é atingir 1.200 pontos de consumo.

    25%
    é a estimativa de redução de custos com energia no sistema

    600
    é o número de pontos de consumo na carteira da Delta

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    FUNCIONÁRIO EXEMPLAR

    Com as mudanças tecnológicas que transformaram o mercado de trabalho, a escassez de competências é um problema crescente para os empregadores mundialmente.

    No Japão, 81% das empresas com dez ou mais funcionários têm dificuldade de encontrar empregados qualificados. O Brasil aparece em terceiro lugar na lista, empatado com a Turquia (63%).

    ONDE ESTÁ WALLY? - Dificuldade de se achar funcionários qualificados, em %

    Os dados são de um relatório da OCDE (Organização para a Cooperação e Desenvolvimento Econômico).

    Holanda, Espanha e Irlanda aparecem nas melhores colocações entre 33 países.

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    DINHEIRO DE BORRACHA

    O volume de cheques devolvidos por falta de fundos representou 2,59% do total movimentado em março. É o maior percentual da série iniciada em 2006, de acordo com levantamento da Boa Vista SCPC, empresa de análise de crédito.

    O indicador teve alta na comparação com fevereiro, quando havia registrado 2,22%, e também superou o resultado de 2015, de 2,27%.

    O total de cheques barrados cresceu 22,6% na comparação mensal, enquanto os cheques movimentados subiram 4,9%, o que contribuiu para o aumento no período.

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    Tchau, Brasil
    A Henley & Partners, especializada em migração internacional, começa a atuar no país, atraída pela maior procura pelo serviço.

    Olá, Brasil
    A Acesso, de cartões pré-pagos, vai investir R$ 5 milhões para trazer sua plataforma operacional de Londres para o Brasil.

    Eficiência...
    O Senai fará um convênio com a Agência de Cooperação Japonesa para capacitar funcionários de 500 fábricas do setor automotivo.

    ...nipônica
    Em 2015, um programa-piloto melhorou em 42% a produtividade de 18 empresas, com um modelo desenvolvido pela Toyota.

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    HORA DO CAFÉ

    Editoria de Arte/Folhapress
    Charge Mercado Aberto de 28.abr.2016

    com FELIPE GUTIERREZ, DOUGLAS GAVRAS e TAÍS HIRATA

    mercado aberto

    Maria Cristina Frias, jornalista, edita a coluna Mercado Aberto, sobre macroeconomia, negócios e vida empresarial.
    Escreve diariamente,
    exceto aos sábados.

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