• Colunistas

    Sunday, 05-May-2024 13:28:45 -03
    Mercado Aberto - Maria Cristina Frias

    Vendas de calçadistas têm queda de 13% no primeiro trimestre, diz setor

    15/05/2016 03h00

    O comércio de calçados caiu cerca de 13% em volume no primeiro trimestre em relação a igual período do ano anterior. Ao se comparar março deste ano com o mesmo mês de 2015, a retração registrada foi maior, de 14%.

    Os resultados do setor têm sido negativos desde janeiro, segundo a Abicalçados (que representa as calçadistas).

    O segmento só deve ver as vendas melhorarem a partir de novembro, aquecidas pelo Natal e caso o efeito das mudanças políticas na confiança do consumidor já seja perceptível, diz Heitor Klein, presidente da entidade.

    Também é possível que haja uma recuperação das vendas no meio do ano, com o inverno, "mas é uma reação incerta, porque dependerá do rigor do clima e da quantidade de chuvas da estação".

    ANDAR CAMBALEANTE - Comércio de calçados tem queda no trimestre

    Se o mercado interno ensaia passos mais tímidos, as vendas ao exterior subiram.

    Em abril, as empresas exportaram 8,4 milhões de pares, por US$ 69 milhões (R$ 241,7 milhões) -números superiores tanto em volume (11,7%) quanto em valor (0,8%) em relação a 2015.

    "A desvalorização do real deveria ter causado um impacto maior nas exportações até agora, mas temos boas perspectivas de ganhar mercado nos Emirados Árabes e em alguns países latinos, como Chile, Colômbia e Peru."

    Na Bibi Calçados, as visitas aos vizinhos latinos têm sido mais frequentes, segundo o presidente Marlin Kohlrausch. "Com esse câmbio, projetamos exportar 30% da produção até o fim deste ano."

    -

    SALA ESCURA

    A rede Kinoplex deve terminar este ano com mais 19 salas de cinema, no Rio de Janeiro e em Nova Iguaçu (na Baixada Fluminense), com aporte de R$ 48 milhões.

    "A expansão foi decidida há cerca de três anos", diz Luiz Severiano Ribeiro, presidente e neto do fundador do grupo. "A gente planejava mais salas, mas alguns shoppings vão ter que atrasar nas inaugurações."

    A crise também se faz sentir nas escolhas do consumidor. "Filmes de apelo mediano sofrem. O espectador não deixa de ver um longa aguardado, como 'Capitão América', mas abre mão de títulos menos conhecidos."

    Marcos Michael - 16.mar.2012/Folhapress
    Luiz Severiano Ribeiro, presidente da rede de cinemas, no Rio
    Luiz Severiano Ribeiro, presidente da rede de cinemas, no Rio

    A rede percebeu, no entanto, um aumento de público de 15% às quintas-feiras, no primeiro bimestre deste ano em relação ao mesmo período de 2014, quando as estreias voltaram a ocorrer nesse dia da semana.

    "Ajudou muito no planejamento. Se um filme vai mal na estreia, dá tempo de mudá-lo para uma sala menor na sexta-feira, sem comprometer o fim de semana."

    249
    são as salas em atividade

    1.000
    é o número de funcionários

    -

    FAXINA COMPARTILHADA

    O Brasil é o país da América Latina com a maior concentração de homens responsáveis por limpar a casa, segundo pesquisa da Nielsen. No país, 19% se ocupam dos cuidados domésticos, contra 12% da média da região.

    As faxinas domésticas também têm começado a ser mais compartilhadas entre as brasileiras e os brasileiros. A divisão de obrigações ocorre em 22% dos lares nacionais -bem acima da média dos latinos, que é de 12%.

    Em ordem de prioridade, o consumidor brasileiro costuma optar por produtos multiúso (66%), desinfetantes (60%), fáceis de usar (59%) ou que tenham uma fragrância específica (57%).
    Cerca de 30 mil pessoas, de 63 países, foram ouvidas.

    24,8%
    foi o crescimento nas vendas dos limpadores de cozinha no Brasil, em 2015

    12%
    é o número de homens latinos que dizem ser responsável pela maior parte da limpeza da casa

    -

    FILA NO NOVO GOVERNO
    EXPECTATIVAS DO SETOR DE SERVIÇOS

    Desde o começo deste mês, tramita em comissão da Câmara em regime de urgência um projeto de lei que institui o trabalho intermitente, uma das demandas da Unecs, união de sete entidades do setor de serviços e comércio.

    Eles pedem que profissionais possam ser pagos por horas ou dias trabalhados.

    "Nosso setor exige flexibilidade", diz Paulo Solmucci, diretor da entidade. "A necessidade de funcionários varia muito." A ideia, diz ele, é aprovar a medida antes da Olimpíada.

    Na gestão petista, a pauta foi barrada por centrais sindicais como a CUT, que afirma que o projeto abre espaço à precarização das condições de trabalho.

    -

    HORA DO CAFÉ

    Editoria de Arte/Folhapress
    Charge Mercado Aberto de 13.mai.2016

    com FELIPE GUTIERREZ, DOUGLAS GAVRAS e TAÍS HIRATA

    mercado aberto

    Maria Cristina Frias, jornalista, edita a coluna Mercado Aberto, sobre macroeconomia, negócios e vida empresarial.
    Escreve diariamente,
    exceto aos sábados.

    Edição impressa

    Fale com a Redação - leitor@grupofolha.com.br

    Problemas no aplicativo? - novasplataformas@grupofolha.com.br

    Publicidade

    Folha de S.Paulo 2024