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    Mercado Aberto - Maria Cristina Frias

    Burocracia deixa país para trás em pesquisa farmacêutica, diz entidade

    19/05/2016 03h00

    O excesso de burocracia pode deixar o Brasil de fora de ao menos 58 pesquisas clínicas internacionais, segundo levantamento da Interfarma (que representa o setor), que analisou projetos abertos nos últimos 12 meses.

    Os estudos buscam soluções em campos como cardiologia, oncologia e diabetes.

    Para ser aceito, o projeto deve ser aprovado pela Conep (de ética em pesquisa) e pela Anvisa (Agência Nacional de Vigilância Sanitária). Antes, as empresas também precisam de aval de um dos CEPs (Comitês de Ética em Pesquisa).

    SALA DE ESPERA - Tempo médio para aprovação de pesquisas clínicas, em dias

    "A demora na análise faz com que o país perca os prazos de ingresso nesses estudos. A pesquisa não espera o Brasil", diz Antônio Britto, presidente da entidade.

    Em 2015, um estudo era avaliado em até 60 dias nos Estados Unidos, mas podia demorar cerca de 12 meses no Brasil, lembra a Interfarma.

    "Da liberação burocrática até a efetiva abertura para incluir o primeiro paciente na pesquisa, a janela se fecha, e o doente é privado dessa tentativa", diz Charles Pádua, da SBOC (de Oncologia Clínica).

    Em março, a Anvisa publicou norma regulatória para harmonizar o marco brasileiro com as normativas internacionais. "Atualmente os prazos para início da primeira manifestação são de cerca de cinco meses", diz a agência.

    Hoje, tramita no Senado o projeto de lei 200/15, que prevê mecanismos mais ágeis para garantir as regras de condução de pesquisas, diz o oncologista Fábio Franke, da Aliança Pesquisa Clínica Brasil.

    "Também temos de criar benefícios ao pesquisador", diz Marcus Bolivar, da SBC (de cardiologia). "Nos últimos anos, as farmacêuticas reduziram o repasse aos centros."

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    CLASSE EXECUTIVA

    A fabricante de aeronaves executivas Pacific Aerospace, com sede na Nova Zelândia, vai entrar neste semestre no mercado brasileiro.

    "Mesmo com a crise, reconhecemos uma enorme demanda represada aqui", afirma Cássio Polli, diretor-presidente da empresa no país.

    Fabio Braga/Folhapress
    SAO PAULO, SP, BRASIL, 17-05-2016: O diretor-presidente no Brasil da Pacific Aerospace, Cassio Polli, 44. Foto para a coluna MERCADO ABERTO de Maria Cristina Frias. (Foto: Fabio Braga/Folhapress, MERCADO)***EXCLUSIVO***.
    Cássio Polli, presidente no Brasil da fabricante de aeronaves

    O agronegócio é um dos principais alvos da companhia, por ter sofrido menos com a crise até agora, e porque seus empresários transitam em áreas pouco atendidas por linhas comerciais.

    O transporte aeromédico e o de cargas de alto valor, como as eletroeletrônicas e automobilísticas, também serão focos de atuação.

    O Brasil será o primeiro mercado latino explorado pela empresa, que também enviará representantes à Argentina e ao México.

    O investimento para a operação é cerca de R$ 21 milhões, na cotação de hoje.

    60
    são os países onde a empresa atua

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    Tamanho...
    A Secretaria Estadual da Habitação apresenta nesta quinta (19) os parâmetros da licitação da PPP da chamada Fazenda Albor. A área se estende por três municípios de São Paulo.

    ...metropolitana
    Guarulhos, Itaquaquecetuba e Arujá receberão R$ 1,5 bilhão de investimento privado. Além de moradias para 40 mil pessoas, o projeto inclui comércio e indústrias leves.

    Santo...
    O Estado europeu com o maior consumo de vinho, de acordo com o Wine Institute, com sede na Califórnia, é a cidade do Vaticano, com total de 54,3 litros anuais por habitante.

    ...vinho
    Logo em seguida na lista, aparece Andorra, com 46,3 litros/ano. A Croácia, a Eslovênia e a França completam os cinco principais mercados da bebida no continente.

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    POR OUTROS MARES

    A rede de restaurantes de frutos do mar Coco Bambu planeja investir R$ 96 milhões para abrir oito novas unidades, que deverão ficar prontas até fevereiro de 2017.

    A maioria delas será em shoppings, que vão contribuir com parte do aporte "como incentivo para atrair o restaurante", afirma o proprietário, Afrânio Barreira.

    Zanone Fraissat/Folhapress
    SAO PAULO, SP, BRASIL, 16-05-2016 : Afranio Barreira (mais velho) e Ronald Aguiar, socios do coco Bambu, rede de restaurantes de frutos do mar. (Foto: Zanone Fraissat/Folhapress, MERCADO) ***EXCLUSIVO FOLHA**** ORG XMIT: AGEN1605161426515694
    Afrânio Barreira (sentado), proprietário da rede, e Ronald Aguiar, um dos sócios

    Entre as oito novas unidades, uma será em Miami. "É um protótipo de nosso projeto de expansão nos Estados Unidos, para avaliar a receptividade lá fora."

    No Brasil, a rede chegará a 19 cidades em 12 Estados, além do Distrito Federal.

    As casas não perderam movimento com a crise, diz um dos sócios da companhia, Ronald Aguiar.

    "Nossos pratos têm um alto valor agregado. Temos buscado negociar com os fornecedores para manter o custo-benefício e não perder público."

    R$ 340 milhões
    foi o faturamento em 2015; neste ano, a projeção é chegar a R$ 500 milhões

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    HORA DO CAFÉ

    Editoria de Arte/Folhapress
    Charge Mercado Aberto de 19.mai.2016

    com FELIPE GUTIERREZ, DOUGLAS GAVRAS e TAÍS HIRATA

    mercado aberto

    Maria Cristina Frias, jornalista, edita a coluna Mercado Aberto, sobre macroeconomia, negócios e vida empresarial.
    Escreve diariamente,
    exceto aos sábados.

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