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    Mercado Aberto - Maria Cristina Frias

    Mato Grosso lança primeira PPP do Estado, no valor de R$ 530 milhões

    22/05/2016 03h00

    Mato Grosso pretende ampliar sua rede Ganha Tempo, de atendimento ao cidadão, por meio de uma PPP (Parceria Público-Privada). Caso o edital tenha sucesso, essa será a primeira parceria do tipo firmada pelo Estado.

    O contrato, de R$ 530 milhões, tem duração de 15 anos e previsão de investimento de cerca de R$ 60 milhões por parte da empresa vencedora.

    O programa é inspirado no paulista Poupa Tempo. As unidades oferecerão serviços normalmente dispersos em vários órgãos e vão agilizar a emissão de documentos. Há uma em atividade na capital, Cuiabá, com gestão estadual.

    "A PPP funcionará como espécie de laboratório para o governo", diz Vinícius de Carvalho, diretor-presidente da MT Par (agência estadual de estruturação de parcerias).

    Além de um novo centro em Cuiabá, Barra do Garças, Cáceres, Lucas do Rio Verde, Rondonópolis, Sinop e Várzea Grande ganharão unidades.

    Também há parcerias com o setor privado para programas semelhantes em Minas Gerais (Uai) e no Ceará (Vapt Vupt).

    No futuro, Mato Grosso deverá lançar um novo edital para ampliar o Ganha Tempo e estender o programa a 23 cidades. O Estado também estuda lançar projetos na área de educação (reforma e construção de escolas) e saúde.

    "Há grande escassez fiscal, e as PPPs podem trazer eficiência sem comprometer recursos." As empresas devem apresentar propostas até julho.

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    FLUENTE NA CRISE

    A rede de ensino de idiomas Cel.Lep vai investir cerca de R$ 28,5 milhões nos próximos três anos. O aporte, que será de R$ 8,5 milhões neste ano, servirá para a abertura de sete unidades.

    "A gente conseguiu o número de unidades nos últimos três anos", diz Felipe Franco, presidente da instituição, que tem unidades de rua, em escolas e empresas.

    "O ambiente econômico atrapalhou muito. Perdemos alunos que os pais tiveram que tirar da escola regular ou que as empresas demitiram recentemente."

    Karime Xavier/Folhapress
    Felipe Franco, presidente da escola de idiomas
    Felipe Franco, presidente da escola de idiomas

    Começou a ficar mais difícil a partir da metade do ano passado, as empresas cortaram benefícios, lembra Franco. "Nossos cursos para o público infantil ainda conseguiram se sair bem."

    Apesar disso, Franco acredita que o pior momento da crise para a educação passou. "Para os próximos anos, a Cel.Lep estuda abrir suas primeiras unidades fora do Estado de São Paulo."

    61
    são as unidades da Cel.Lep

    420
    é o número de funcionários

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    FILA NO NOVO GOVERNO
    EXPECTATIVAS DO SETOR FARMACÊUTICO

    A indústria farmacêutica pede o avanço de uma medida que torna o rastreamento de medicamentos mais sofisticado no país.

    "Hoje temos uma rastreabilidade que não é individualizada por cada caixa. O recall funciona na maioria dos casos, mas ainda é limitado", diz Nelson Mussolini, presidente da entidade.

    O projeto define os prazos de implementação do Sistema de Rastreabilidade de Medicamentos. Aprovado no Senado, ele aguarda desde o ano passado a tramitação na Câmara dos Deputados.

    "Com o sistema, a gente saberá exatamente com quem estará uma caixa de remédio, vai aumentar a segurança."

    O setor espera que os prazos para a aprovação do sistema sejam definidos para poder programar investimentos em tempo hábil.

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    Setor calçadista quer retomar mercados de países árabes

    O setor calçadista quer dar passos mais largos nas exportações para os países árabes.

    As vendas do setor para a região somaram US$ 19 milhões (R$ 67,3 milhões) de janeiro a abril deste ano. Arábia Saudita, Emirados Árabes Unidos e Kuait foram os mercados mais receptivos.

    MIL E UM PARES - Exportações de calçados de janeiro a abril, em US$ milhões

    A Francal (feira calçadista) convidou importadores de 22 países árabes para o evento, que acontecerá em junho.

    "Há uma preocupação de retomar mercados, mas não podemos repetir o erro de ignorar o exterior quando o Brasil vai bem", diz José Carlos Brigagão, do Sindifranca.

    "É um mercado muito promissor", diz Michel Alany, secretário-geral da Câmara de Comércio Árabe-Brasileira.

    "Mas ainda falta agressividade ao exportador brasileiro. A concorrência chinesa não chega aos pés do Brasil."

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    ESPAÇO PARA ALUGAR

    Bairros das zonas norte e leste de São Paulo lideram as maiores quedas de preço de locação, para imóveis de três dormitórios em abril, na comparação com o mês anterior.

    Os dados são do Secovi-SP (sindicato do setor) e consideram apartamentos em bom estado de conservação.

    O metro quadrado para locação em Cidade Ademar (zona leste) teve a maior queda de um mês ao outro, era R$ 16,60 em março e foi locado por R$ 15,24 um mês depois.

    Em seguida, aparecem Vila Formosa (zona leste), com R$ 21,91, e Vila Maria (zona norte), com R$ 21,11. São Mateus (leste) e Butantã (oeste) foram os que apresentaram maior aumento, de 10,1% e 11,6%, respectivamente.

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    Tecnologia Cerca de 61% dos executivos no mundo estão preocupados com a rapidez de mudanças tecnológicas em seus setores, aponta a PwC.

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    HORA DO CAFÉ

    Editoria de Arte/Folhapress
    Charge Mercado Aberto de 19.mai.2016

    com FELIPE GUTIERREZ, DOUGLAS GAVRAS e TAÍS HIRATA

    mercado aberto

    Maria Cristina Frias, jornalista, edita a coluna Mercado Aberto, sobre macroeconomia, negócios e vida empresarial.
    Escreve diariamente,
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