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    Mercado Aberto - Maria Cristina Frias

    Queda do petróleo faz RJ perder espaço nas exportações

    27/05/2016 03h00

    As baixas do petróleo tiraram o Rio de Janeiro do pódio dos Estados que mais exportaram no primeiro quadrimestre deste ano, segundo dados do Ministério da Indústria Comércio Exterior e Serviços.

    Entre janeiro e abril de 2015, os fluminenses apareciam em terceiro lugar entre os maiores exportadores do país. Neste ano, o Estado registrou queda de 17% nas vendas para o exterior.

    O comércio de óleo bruto de petróleo, responsável por 50% dos resultados do Rio de Janeiro no período, caiu 30,6% de um ano para o outro.

    "Quando se tem uma receita como o petróleo, cria-se uma zona de conforto, e o Rio não buscou diversificar suas fontes de receita", diz Alberto Machado Neto, da FGV.

    A expectativa é que o preço do barril volte a subir no fim desta década, mas fique em um patamar menor que o visto nos últimos anos, diz.

    "O país baseia suas exportações em commodities, que rendem muito quando o mercado está em alta, mas manufaturados têm preços mais estáveis", diz José Augusto de Castro, da (Associação de Comércio Exterior do Brasil).

    Nos quatro primeiros meses deste ano, enquanto o Estado do Rio caiu, Mato Grosso aumentou as vendas internacionais em 49,4%, puxadas por soja e milho.

    "O próximo passo é investirmos não só em grãos, mas também exportar mais aves, bovinos e peixes", afirma Seneri Paludo, secretário de Desenvolvimento Econômico de Mato Grosso.

    exportacoes

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    Não vá se perder por aí

    A marca de malas Samsonite vai lançar no Brasil uma linha de bagagens com dispositivo de rastreamento. O produto foi feito em parceria com o Google e mais três empresas e chegará ao país a partir de janeiro de 2017.

    "Vai evitar aquela dor de cabeça de aeroporto. O consumidor chega de uma viagem e, por um aplicativo, consegue saber se a mala já está na esteira", diz Anna Chaia, diretora-presidente do grupo para o Mercosul.

    A empresa tem uma planta própria na Bélgica e importa de fábricas da Ásia.

    "Infelizmente, a questão cambial mexe no custo. Nosso planejamento, porém, foi feito com o dólar a R$ 3,75."

    O grupo também pretende trazer para o Brasil outra de suas marcas de bolsas, a Lipault, no ano que vem.

    Eduardo Anizelli - 10.nov.2010/Folhapress
    SÃO PAULO, SP, BRASIL, 10-11-2010, 12h10: Retrato da presidente da L'occitane no Brasil, Anna Chaia, no escritório da empresa em São Paulo. A L'occitane está investindo no comércio eletrônico e na expansão das vendas no país. (Foto: Eduardo Anizelli/Folhapress, MERCADO) ***EXCLUSIVO FOLHA***
    Anna Chaia, executiva da marca de malas para o Mercosul

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    Ainda sem planos

    A mudança política, recebida com otimismo pelo setor de comércio, ainda não se traduziu em planos de investimentos ou de novas contratações, aponta a FecomercioSP.

    O índice da entidade, que avalia a expectativa de expansão dos empresários para os próximos seis meses, se manteve estável entre abril e maio, no pior patamar da série histórica, iniciada em 2011.

    Desde janeiro, a retração foi de 9%. Na comparação com o mesmo período do ano anterior, a queda é de 18,4%.

    "Na prática, a situação continua ruim para o setor. A perspectiva com a mudança política é positiva, mas não se reverte em planos concretos tão rápido", afirma o assessor econômico da entidade, Fábio Pina.

    A projeção é que nos próximos três meses haja um aumento do índice, com base na alta da confiança dos empresários. O otimismo, no entanto, deverá ter prazo curto, diz.

    "Daí para frente, vai depender de o governo conseguir aprovar medidas concretas para retomar a economia e a confiança do empresário."

    comercio

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    No ar

    A Gol liderou o faturamento em vendas no segmento corporativo de janeiro a março, com 30,6% do mercado.

    É a primeira vez que a empresa alcança a marca, desde o início da série histórica da Abracorp (que reúne agências de viagens corporativas).

    "O segmento se profissionalizou e crescerá com a retomada da economia", diz Eduardo Bernardes, da aérea.

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    É de casa

    A rede Mister Mix, de milk shake, deve inaugurar 11 unidades até o fim deste ano.

    A empresa, que tem 198 lojas também vai remodelar os pontos de venda, diz o presidente, Clederson Cabral.

    "O faturamento caiu em 2015, mas deve subir 10% neste ano. A maioria dos novos contratos é com franqueados com uma relação com a marca e vão para a segunda loja."

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    Hora do Café

    Editoria de Arte/Folhapress
    Charge Mercado Aberto de 27.mai.2016
    Charge Mercado Aberto

    com FELIPE GUTIERREZ, DOUGLAS GAVRAS e TAÍS HIRATA

    mercado aberto

    Maria Cristina Frias, jornalista, edita a coluna Mercado Aberto, sobre macroeconomia, negócios e vida empresarial.
    Escreve diariamente,
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