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    Mercado Aberto - Maria Cristina Frias

    Com remédios mais caros, farmácias têm receita 13% maior neste ano

    02/06/2016 03h00

    A alta dos preços de medicamentos impulsionou a receita das grandes redes varejistas de farmácias, segundo a Abrafarma, que reúne 28 empresas do setor.

    Nos quatro primeiros meses deste ano, o faturamento das associadas teve alta nominal de 13% em relação ao mesmo período de 2015, enquanto o número de unidades vendidas subiu 3,6% no período.

    O crescimento foi acima da inflação, que foi de 9,34% no acumulado de 12 meses encerrados em abril.

    REMÉDIO CONTRA A CRISE - Desempenho de farmácias no 1º quadrimestre

    Os medicamentos foram os maiores responsáveis pelo resultado, afirma Francisco Deusmar de Queirós, fundador da rede Pague Menos e novo presidente da associação.

    A alta foi, em média, de 6% em abril do ano passado e de 12% neste ano, diz ele.

    O tíquete médio total das compras, que inclui produtos de higiene e beleza, subiu 9,3% no período.

    A venda de genéricos também deixou de crescer acima da média da comercialização dos medicamentos em geral -ambos subiram cerca de 13%. "Com a crise, a migração ao remédio mais barato segue, mas já não é tão forte."

    Filipe Redondo - 20.mai.2010/Folhapress
    Francisco Deusmar de Queirós, novo presidente da associação de redes de farmácias
    Francisco Deusmar de Queirós, novo presidente da associação de redes de farmácias

    O comércio de produtos de higiene e beleza faturou 13,2% a mais. "Os itens vendidos nas farmácias são básicos, não têm uma queda tão forte."

    A diversificação de produtos e serviços será uma das metas centrais da nova gestão, afirma Queirós.

    "Além das vacinas, queremos resgatar o atendimento personalizado dos farmacêuticos, o que também ajuda a fidelizar o cliente."

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    Saldo de emprego na construção pesada tem pior nível desde 2012

    O saldo de empregos da construção pesada caiu 5,3% em 12 meses em São Paulo e atinge seu pior resultado desde o início de 2012, de acordo com o Sinicesp, entidade que representa o setor.

    Foram 5.789 vagas cortadas entre abril de 2015 e o mesmo mês deste ano.

    VAGAS FECHADAS - Saldo de empregos na construção pesada em SP

    A situação ainda deve piorar nos próximos meses, e não há perspectiva de uma retomada das contratações, diz Helcio Farias, do sindicato.

    "Desde o começo do ano passado, o Estado praticamente não teve novas licitações, e as obras em andamento sofreram diminuições pelo aperto financeiro que o governo atravessa."

    Antes do agravamento da crise, as empresas tinham fôlego para segurar as contratações, mas hoje as margens estão esgotadas, e a falta de perspectiva de novas obras faz com que não haja outra saída senão demitir, afirma.

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    COLCHÃO MAIS FINO

    A captação líquida da caderneta de poupança fechou o primeiro quadrimestre em R$ 32,3 bilhões negativos, pois a retirada de recursos superou os depósitos, de acordo com o Banco Central.

    O número representa uma queda de R$ 3,2 bilhões, na comparação com igual período do ano passado, que também já havia sido negativo.

    No período, o total de depósitos foi 4,4% maior que nos quatro primeiros meses de 2015 e somou R$ 619,7 bilhões, mas as retiradas subiram um pouco mais, 4,7%.

    POUPA-TEMPO - Captação líquida, em R$ bilhões

    "São dois fenômenos que ocorrem em paralelo. Há uma maior preocupação em reduzir gastos e evita-se mexer na poupança. Já a retirada de recursos é um reflexo do endividamento da população", avalia Myrian Lund, da FGV.

    O resgate de reservas é superior também por ser embalado pelo aumento do número de desempregados, que passam a ter nesse dinheiro guardado sua fonte principal de sobrevivência, lembra ela.

    Em abril, o saldo final da poupança era de R$ 640,5 bilhões, o menor desde 2014.

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    DÍVIDA CARA

    Quase metade dos consumidores brasileiros está inadimplente, aponta pesquisa conduzida pela Atento.

    A empresa entrevistou 1.459 pessoas em abril, e o resultado é que 48% têm dívidas que não conseguem pagar ou negociar. A classe C é a mais afetada -são 66% de inadimplentes.

    Da última vez que a pesquisa havia sido feita, em agosto do ano passado, o índice era parecido, de 46%.

    Naquela ocasião, 13% atribuíram o endividamento à crise, e entre os que responderam neste ano, 20%.

    A maioria dos que enfrentam problemas (69%) tem contratos em mais de uma instituição, e um terço deve para três credores diferentes (ou mais) ao mesmo tempo.

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    Vitrine... A confiança do comércio voltou a subir em maio e fechou em 81,04 pontos, 0,3% acima de abril, diz a CNC.

    ...discreta O resultado reflete a melhora da percepção das condições atuais (0,8%) e expectativas futuras (0,4%).

    Experimento A Glambox, que tem 25 mil assinantes de cosméticos, acaba de lançar a Superbox, de marcas de luxo.

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    Hora do Café

    Editoria de Arte/Folhapress
    Charge Mercado Aberto de 1º.jun.2016
    Charge Mercado Aberto

    com FELIPE GUTIERREZ, DOUGLAS GAVRAS e TAÍS HIRATA

    mercado aberto

    Maria Cristina Frias, jornalista, edita a coluna Mercado Aberto, sobre macroeconomia, negócios e vida empresarial.
    Escreve diariamente,
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