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    Mercado Aberto - Maria Cristina Frias

    Associação de advogados pede mais celeridade em acordos de leniência

    07/06/2016 03h00

    Os acordos de leniência entre empresas envolvidas na Lava Jato e a CGU (atual Ministério da Transparência) têm demorado, afirma Leonardo Sica, presidente da ASSP (Associação dos Advogados de São Paulo).

    "É preciso processar, julgar e condenar atos contra a administração pública, mas há interesses econômicos legítimos que não podem ser prejudicados", diz.

    Bruno Poletti/Folhapress
    SAO PAULO, SP, 30.05.2016: Leonardo Sica, presidente da AASP - AS AUDIENCIAS DE CUSTODIA NA CIDADE DE SAO PAULO Avancos e desafios. (Foto: Bruno Poletti/Folhapress, FSP-MONICA BERGAMO) ***EXCLUSIVO FOLHA***
    Leonardo Sica, presidente da Associação de Advogados de São Paulo

    Os acordos ainda podem ser questionados pelo Ministério Público, lembra. A sua finalização se arrasta, se comparada a punições que aconteceram em outros países, como o caso Enron, nos Estados Unidos.

    "A punição deveria ser rápida porque o processo aberto gera inseguranças, e isso implica custos econômicos e sociais."

    Para que as empresas voltem a ter saúde, faria sentido estabelecer um momento do passado a partir do qual serão feitas investigações, segundo o presidente da associação.

    "Prescrição existe para que a vida ande", afirma.

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    Tele quer usar metade de acordo de R$ 3,2 bilhões em três obras

    A operadora Oi estima que vai investir cerca de R$ 1,6 bilhão na instalação de fibra ótica na Baixada Fluminense, no adensamento do sinal 3G e em melhorias do atendimento ao consumidor.

    O dinheiro equivale a metade da soma do valor das multas que a Anatel aplicou com o que a empresa já iria gastar para adaptar seus serviços aos padrões de qualidade impostos pela agência.

    No fim de maio, o órgão que regula as telecomunicações aprovou um TAC (termo de ajuste de conduta) que permite à empresa usar o valor que iria gastar em multas em investimentos.

    O projeto no Rio é para atender a demanda da Anatel. Já os outros são escolhas da própria empresa, segundo Adriana da Cunha Costa, diretora de regulamentação.

    O aumento da rede 3G vai acontecer em cidades com pouca densidade populacional e que não foram contempladas em rodadas de licitações no passado recente.

    "Para a Oi é bom, porque são municípios onde só há 2G e, em uma parte deles –não dá para dizer que são todos– há demanda reprimida por dados", diz Costa.

    O terceiro projeto é melhorar o sistema de atendimento ao cliente e acelerar a resolução de problemas.

    Para que isso saia do papel, o acordo com a Anatel precisa passar pelo TCU. No regimento do tribunal não há regra sobre prazos de decisões.

    "Quanto antes definido, melhor, porque é uma mensagem de que solucionamos uma questão importante."

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    Ânimo... A expectativa de negócios do varejo paulista subiu 6,2% entre abril e maio deste ano, de acordo com a Fecap. Na comparação com o mesmo período de 2015, o índice teve retração de 20,4%.

    ...renovado A projeção de vendas dos comerciantes para o próximo trimestre aumentou 15%, e a de novas encomendas teve elevação de 10,5%. O otimismo, segundo a fundação, foi motivado pela troca de gestão no governo federal.

    Compra... A InstaCarro, empresa de compra e venda on-line de veículos, recebeu um aporte de US$ 3,5 milhões (cerca de R$ 12,2 milhões) de investidores estrangeiros para ampliar sua base no Brasil.

    ...e venda O investimento será utilizado para aprimorar a plataforma digital da empresa, além da abertura de oito pontos de inspeção dos veículos em São Paulo.

    Amor... Oito em cada dez brasileiros devem dar presentes no Dia dos Namorados deste ano, aponta levantamento da Atento. Metade deles deverá gastar até R$ 100.

    ...zinho Roupas, perfumes, jantares e chocolates, nessa ordem, dominam o ranking de agrados, segundo os 2.300 respondentes da pesquisa.

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    PASSA LÁ EM CASA

    Os hábitos mais caseiros do consumidor durante a crise fizeram a mineira Pif Paf –processadora de aves, suínos, massas e vegetais– investir em uma linha de congelados para festas.

    O aporte previsto neste ano, que irá para o desenvolvimentos dos novos produtos e modernização de maquinário, é de R$ 29 milhões.

    Pedro Silveira - 1º.abr.2015/Folhapress
    BELO HORIZONTE, MINAS GERAIS, BRASIL. 01-04-2015. 17H30. O diretor superintendente da Pif Paf Alimentos, Luiz Mendes Costa na sede administrativa da empresa na capital mineira. (Foto: Pedro Silveira/Folhapress, MERCADO ABERTO) ***EXCLUSIVO FOLHA***
    Luiz Carlos Mendes Costa, executivo da marca de alimentos, em Belo Horizonte

    "Lançamos minichurros de doce de leite. Vamos vender coxinhas e quibes", diz Luiz Carlos Mendes Costa, diretor-superintendente.

    A marca deve aumentar a exportação ao Japão, segundo destino, atrás de Hong Kong. "No total, devemos exportar 7% da produção neste ano, contra 4% em 2015."

    5 FÁBRICAS
    tem o grupo, que conta com 8.600 funcionários

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    SEUS CRÉDITOS ACABARAM

    O Brasil só fica atrás da Turquia entre os países em desenvolvimento onde os smartphones são, em média, mais caros, segundo a KPCB.

    Por aqui, comprar um celular inteligente pode custar US$ 319 (R$ 1.119), enquanto que para os turcos, o valor é de US$ 522 (R$ 1.831).

    SEM SINAL - Preço médio de smartphone, em US$

    Mesmo sendo mais caro, o telefone no Brasil corresponde a 2,7% da renda per capita do país. Na Índia, os aparelhos custam US$ 158 (R$ 554), valor equivalente a cerca de 10% dos rendimentos médios de um indiano.

    Dos 17 países em desenvolvimentos analisados pelo levantamento, Bangladesh é onde o produto tem o melhor preço, US$ 123 (R$ 431).

    Entre as nações desenvolvidas, a Coreia do Sul tem o menor custo, de US$ 216 (R$ 758).

    com FELIPE GUTIERREZ, DOUGLAS GAVRAS e TAÍS HIRATA

    mercado aberto

    Maria Cristina Frias, jornalista, edita a coluna Mercado Aberto, sobre macroeconomia, negócios e vida empresarial.
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