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    Mercado Aberto - Maria Cristina Frias

    Agência vinculada à Secretaria da Fazenda compra prédio de governo

    15/06/2016 03h00

    A Desenvolve SP, a agência de fomento do governo, vai comprar por R$ 30,7 milhões o prédio onde funciona.

    O edifício na rua da Consolação pertencia à Secretaria da Fazenda, órgão ao qual a Desenvolve SP é vinculada.

    A lei que criou a agência, uma empresa de capital fechado cujo controlador é o Tesouro do Estado, determinou que não haveria pagamento de aluguel até que a negociação fosse concluída.

    "O capital da aquisição é próprio. Uma parte dos recursos irá para esse ativo mobilizado", afirma o presidente Milton Luiz de Melo Santos. Se a compra não fosse concretizada, a mensalidade seria cerca de R$ 200 mil.

    "Os governos mudam e fazem novos planos para seus órgãos, e uma instituição financeira não pode ter essa vulnerabilidade."

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    Setor de guindastes perde R$ 17 bilhões com concorrência estrangeira

    O setor de equipamentos pesados, como guindastes, estima perder R$ 17 bilhões de faturamento por ano com a concorrência de estrangeiras que trazem maquinário provisoriamente para obras.

    Pela normas, a locadora de outro país traz os aparatos para o Brasil pagando alíquota mensal de 1% nos cem meses em que pode atuar aqui.

    As brasileiras alegam que as regras de importação por tempo determinado das máquinas favorecem a empresa de fora.

    QUEDA INCESSANTE - Faturamento das PMEs cai em abril (em %)

    "Os impostos pela internação temporária deveriam ser pagos em até 20 meses, ou cerca de 5% ao mês, como acontece em outros países", diz José Aparecido Bastazini, do Sindipesa (entidade do setor).

    O segmento faturou R$ 3 bilhões em 2015, mas tem potencial para movimentar R$ 20 bilhões, diz. "O Brasil também deixou de emitir laudo de avaliação do que é importado. As empresas de fora declaram qualquer preço para pagar menos impostos."

    Em nota, a Receita Federal afirma que as regras, quando alteradas em 2015, trouxeram maior clareza ao procedimento e foram, na época, submetidas a um extenso processo de consulta pública.

    "Na prática, a concorrência é desleal, as estrangeiras têm margem para cobrar até 20% menos. É inviável para nós", avalia Júlio Eduardo Simões, presidente da Locar, que disponibiliza máquinas.

    A locadora, que tem cerca de 2.000 clientes, perdeu mais da metade dos funcionários de um ano para o outro. "Tudo está parado agora, mas 2017 pode ser melhor."

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    DE VOLTA AO PASSADO

    O faturamento das micro e pequenas empresas do Estado de São Paulo regrediu ao nível de 2009, segundo dados do Sebrae-SP.

    Em abril, houve a 16ª queda consecutiva da receita de negócios de pequeno porte.

    As indústrias tiveram os piores resultados, com diminuição do faturamento na proporção de 14,7%, em termos reais, na comparação com o mesmo mês de 2015.

    Faturamento das PMEs cai em abril - Evolução

    As expectativas, tanto em relação à economia como à própria empresa, melhoraram, diz o coordenador de pesquisas Marcelo Moreira.

    A volta do crescimento virá mais tarde para os micro e pequenos negócios do que para o resto da economia, afirma Moreira.

    "Os efeitos do cenário nas empresas desse porte costumam ser retardados. Elas demoram para cair e devem levar mais tempo para voltar a entrar em uma boa onda."

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    MAIS LUGAR AO SOL

    A Vila Galé, rede hoteleira de origem portuguesa, vai ampliar seus resorts na Bahia e no Ceará, cuja demanda no começo deste ano subiu entre 7% e 8% em relação ao mesmo período de 2015.

    Os hotéis em Salvador e Fortaleza também passarão por reformas, diz o presidente do grupo, Jorge Rebelo de Almeida. "As unidades urbanas tiveram queda de 15% no movimento, mas acreditamos que o país vá se recuperar."

    Ao todo, serão R$ 15 milhões investidos nas reformas.

    Hoje, com sete unidades no Brasil, a rede deverá abrir um novo resort no Ceará, em setembro, e planeja outros dois hotéis, um no Rio Grande do Norte e outro em São Paulo.

    R$ 250 milhões
    faturou a empresa em 2015

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    Tio Sam vai conhecer... A Samba Tech, empresa de distribuição de vídeos on-line, vai se expandir para os Estados Unidos. O plano é lançar lá um aplicativo de comunicação para companhias, desenvolvido em parceria com a Microsoft.

    ...a nossa batucada A empresa recebeu um aporte de R$ 10 milhões do empresário José Augusto Schincariol -antigo dono da cervejaria-, por meio de seu fundo familiar. O investimento vai apoiar a internacionalização.

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    HORA DO CAFÉ

    Alves/Editoria de Arte/Folhapress
    Charge Mercado Aberto de 15.jun.2016

    com FELIPE GUTIERREZ, DOUGLAS GAVRAS e TAÍS HIRATA

    mercado aberto

    Maria Cristina Frias, jornalista, edita a coluna Mercado Aberto, sobre macroeconomia, negócios e vida empresarial.
    Escreve diariamente,
    exceto aos sábados.

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