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    Mercado Aberto - Maria Cristina Frias

    Compras venezuelanas encolhem e os exportadores desistem do mercado

    23/06/2016 03h00

    O número de empresas brasileiras que exportam para a Venezuela caiu 46% em quatro anos. Em 2015, foram 1.383 companhias que venderam para o país vizinho, contra 2.558 em 2011.

    A quantidade de exportadoras não deve continuar a diminuir, pois já está baixa, segundo um executivo que trabalha nesse intercâmbio.

    Até maio deste ano, as exportações do Brasil à Venezuela foram 62% menores, na comparação com o mesmo período do ano passado. A carne, o principal produto da pauta, teve queda de 76%.

    A explicação é que a Venezuela tem menos divisas. O principal produto do país, o petróleo, era cotado a mais de US$ 100 (R$ 337) até 2013, e hoje ronda US$ 50 (R$ 168).

    Há também uma crise política, mas mesmo que ela seja solucionada, as compras só devem voltar a crescer quando o preço do petróleo subir, diz Welber Barral, sócio de uma consultoria de comércio internacional.

    A falta de dinheiro gera outras dificuldades.

    "Vender a prazo é comum no mercado internacional, mas quem exporta para a Venezuela só aceita receber à vista, pois o risco e o seguro são altos", afirma Barral.

    O mercado venezuelano deve encolher mais, diz Oliver Stuenkel, professor da Fundação Getulio Vargas.

    "O país não tem reservas e ainda precisa pagar dívidas internacionais. Isso forçou a reduzir importações e levou a tensões sociais, mas o governo julga que dar um calote é mais grave."

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    Maduro para descontos

    A exemplo de uma grande rede de supermercados, as lojas de produtos naturais e orgânicos Mundo Verde vai dar desconto em uma lista de 35 produtos por vez.

    Composta de itens como colágeno, granola e sucos, ela será renovada regularmente e estará disponível em todas as lojas a partir de 1º de julho.

    "Será a primeira vez que teremos algo assim. Cada vez mais o preço decide a compra", diz Carlos Wizard Martins, dono da rede.

    A marca deverá inaugurar 40 novos endereços até o fim deste ano, cada um com investimento inicial de ao menos R$ 250 mil.

    A empresa deve aumentar a presença em cidades do interior e ter mais lojas de rua. Hoje, metade das unidades é localizada em shoppings.

    "Estamos lançando um modelo mais compacto de franquia, a partir de 40 m², para tentar atrair investidores de mercados menores."

    5.000
    é o número de funcionários

    R$ 540 MILHÕES
    é o faturamento estimado pela rede para este ano

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    Um teto para o meu bolso

    O preço do aluguel na cidade de São Paulo se manteve estável nos cinco primeiros meses deste ano, aponta o Secovi-SP, do setor imobiliário.

    Em maio, houve uma alta de 0,7% em relação a abril, variação considerada "pontual" pelo diretor do sindicato Mark Turnbull.

    "Não há indícios que os valores possam voltar ao patamar de um ano atrás. Eles devem ficar estáveis, com uma leve tendência negativa."

    alugueis

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    Sempre ligados

    O Brasil é o quarto em um ranking de países em que os cidadãos ficam conectados por mais tempo. Para 38% dos brasileiros, é importante sempre ter o telefone celular por perto. O dado é da Gfk.

    Os campeões são os russos e os chineses, ambos com 56%. Em seguida, aparecem os norte-americanos (41%).

    Os japoneses ficam com 18%, seguidos pelos alemães (16%). A pesquisa ouviu 27 mil pessoas de 22 países.

    ligados

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    Hora do café

    com FELIPE GUTIERREZ, DOUGLAS GAVRAS e TAÍS HIRATA

    mercado aberto

    Maria Cristina Frias, jornalista, edita a coluna Mercado Aberto, sobre macroeconomia, negócios e vida empresarial.
    Escreve diariamente,
    exceto aos sábados.

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