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    Mercado Aberto - Maria Cristina Frias

    Geração de energia eólica no país cresce 55% no primeiro semestre

    26/08/2016 02h54

    A geração de energia eólica aumentou 55% no primeiro semestre deste ano, em comparação com os mesmos meses de 2015, segundo a CCEE (câmara de comercialização de energia).

    O resultado está ligado à ampliação da capacidade instalada da fonte energética no sistema nacional, que terminou o período com um crescimento de 50% em relação ao ano passado.

    Atualmente, são 399 usinas geradoras, com capacidade de 9,98 GW —com a inclusão dos centros em construção, o número terá um incremento de 8,4 GW.

    "Da energia contratada a partir de 2009, quando participamos do primeiro leilão, 45% veio da fonte eólica, o que representa cerca de 15 GW no total", afirma Elbia Gannoum, presidente da Abeeólica, entidade do setor.

    Em relação ao sistema energético como um todo, a participação da geração eólica média chegou a 4,6%, contra 3% do ano anterior.

    "Ainda é uma capacidade pequena frente à energia térmica e hidrelétrica, mas é uma fonte que se consolidou, comprovou que é operacional e economicamente viável", avalia Rui Altieri, presidente da câmara.

    O Piauí teve a maior taxa de aumento de geração: foi de 33,46 MW médios no ano passado para 252,77 MW médios em 2016.

    O Rio Grande do Norte ainda lidera entre os Estados geradores, com 911 MW médios, seguido por Bahia (599 MW), Rio Grande do Sul (479 MW) e Ceará (456 MW).

    Energia eólica no primeiro semestre de cada ano - Geração em MW médio

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    Chamado ao novo

    A Embrapii (de pesquisa e desenvolvimento) deverá anunciar em setembro sua próxima convocatória para parcerias com laboratórios de pesquisa.

    Do R$ 1,5 bilhão reservado a esse tipo de convênio, R$ 300 milhões foram destinados desde 2014.

    "A próxima chamada foi aprovada pelo conselho, resta apenas definir quais setores serão mais contemplados", afirma o diretor-presidente, Jorge Almeida Guimarães.

    Entre eles, devem estar a indústria química, a farmacêutica e de alimentos.

    Nesta sexta-feira (26), a empresa assina uma parceria desse gênero, com a Escola Politécnica da USP, onde serão investidos R$ 30 milhões em projetos de construção civil, em um prazo de seis anos.

    Os recursos serão divididos com companhias do setor privado, que participarão da pesquisa.

    O foco vão ser projetos de maior risco, que dificilmente as empresas bancariam sozinhas.

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    Empresários querem não pagar Refis se país não crescer

    A Abimaq, associação do setor de máquinas, quer que as companhias que entraram no Refis possam suspender os pagamentos sem perder os termos do acordo, caso a economia não cresça durante três meses seguidos.

    O Refis é o programa da Receita Federal para que inadimplentes com impostos possam quitar dívidas em prestações que cabem no bolso.

    Mudá-lo é um dos pleitos que a Abimaq faz a membros do governo.

    A diretoria da entidade circula por Brasília para tentar emplacar as ideias do plano emergencial que redigiu.

    A ideia relativa aos devedores de impostos também prevê um prazo mais alongado para os pagamentos —20 anos, e não 15— e correção pelo IPCA mais 3% (hoje, a taxa é a Selic).

    "O governo ouve, mas não dá opinião; não diz que sim nem que não", diz o presidente João Carlos Marchesan.

    O executivo conta que teve encontros com ministros para apresentar a proposta. "Eles leram e disseram que acharam interessante, mas só vão falar sobre o assunto depois de setembro."

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    Todo mundo é uma ilha

    As start-ups de Berlim perderam lugar para as de Londres em volume de investimentos no primeiro semestre deste ano, segundo sondagem da consultoria EY.

    A capital da Alemanha ficou conhecida nos últimos anos por ter se tornado um polo de companhias iniciantes de tecnologia na Europa.

    De janeiro a junho de 2016, as empresas de inovação alemãs receberam € 957 milhões (R$ 3,49 bilhões) em valor aportado, o terceiro melhor resultado do continente, atrás da Suécia.

    Um ano antes, esse total era de cerca de € 1,99 bilhão (R$ 7,25 bilhões).

    As equivalentes do Reino Unido passaram a liderar a lista e foram destino de € 2,19 bilhões (R$ 7,98 bilhões) em recursos —51% maior que o de igual período de 2015.

    NA VAZANTE DA INFOMARÉ - Volume de investimentos em start-ups, em € milhões

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    Carta A votação sobre a constitucionalidade da carta AR, que o devedor precisa assinar antes de entrar na "lista suja", entrou na pauta do STF, na quarta (31). A sessão, porém, prevê outros 12 assuntos.

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    com FELIPE GUTIERREZ, DOUGLAS GAVRAS e TAÍS HIRATA

    mercado aberto

    Maria Cristina Frias, jornalista, edita a coluna Mercado Aberto, sobre macroeconomia, negócios e vida empresarial.
    Escreve diariamente,
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