• Colunistas

    Friday, 03-May-2024 18:06:28 -03
    Mercado Aberto - Maria Cristina Frias

    Mesmo com a recessão, pontualidade no pagamento à previdência melhora

    06/09/2016 02h59

    A inadimplência da contribuição patronal ao INSS caiu nos primeiros cinco meses deste ano —foi de 8,4% para 8,3%. De 2014 para 2015, houve queda de 0,04%.

    A recuperação se deu porque no ano retrasado as empresas apostaram em um Refis (parcelamento de débitos) e o índice foi alto, diz João Paulo Fachada, coordenador de cobrança da Receita.

    "A maior causa de inadimplência é o anuncio de parcelamentos com reduções de multas e juros."

    De junho para cá não há dados, mas Fachada prevê uma piora, pois há pressão para que se abra um Refis.

    Inadimplência das empresas - Em %

    Arrecadação corrente - Em R$ bilhões

    Executivos têm consultado advogados para saber se devem esperar novo programa, diz Rodrigo Campos, do Demarest. Ele costuma responder que é imprevisível, mesmo com a necessidade do governo de fazer caixa.

    Um fator favorece a pontualidade: "A Selic alta estimula o pagamento porque dívidas são corrigidas por ela".

    A inadimplência gera perdas de R$ 2,45 bilhões por mês ao INSS. No ano passado, essa cifra era de cerca de R$ 2,64 bilhões. A arrecadação piorou 5,91% no período.

    Esses são atrasos da contribuição patronal —as empresas não deixam de repassar a parte dos empregados retida na fonte: "Isso tem consequência drástica: possível abertura de inquérito", diz Cristiane Matsumoto, do Pinheiro Neto.

    -

    Grupo aportará R$ 320 milhões em shoppings de Santa Catarina

    A construtora de shoppings Almeida Júnior vai investir R$ 320 milhões no ano que vem, em dois empreendimentos em Santa Catarina.

    É mais do que a empresa deverá aportar até o fim deste ano —R$ 250 milhões.

    "A disposição de compra do cliente tem dado sinais de retomada, e as cidades do interior ainda têm uma demanda expressiva", diz o presidente, Jaimes Almeida Júnior.

    No ano que vem, a empresa irá construir um centro comercial, em Chapecó, e ampliar um outro, em Joinville.

    A companhia concentra seus seis empreendimentos naquele Estado da região Sul, onde possui 60% da fatia de mercado nesse segmento.

    "Como Santa Catarina conseguiu manter índices melhores de consumo, mesmo na crise, não planejamos entrar em outras praças antes de garantir presença em todas as regiões do Estado."

    6
    são os shoppings em operação

    R$ 2,5 BILHÕES
    foram as vendas em 2015

    224 MIL M²
    em área bruta locável têm os centros de compra do grupo

    -

    Deixa que eu faço

    O Aché acaba de abrir um laboratório de controle de qualidade, em São Paulo, no qual foram investidos R$ 14 milhões -em espaço físico, equipamentos e contratações.

    O objetivo do centro é trazer para dentro da empresa a análise da segurança de seus produtos, processo importante para renovações de registros e inspeções de órgãos reguladores.

    Até então, a atividade era feita por companhias contratadas. Com o laboratório, calcula-se uma economia de 30% do valor de cada teste.

    O aporte deverá ter um retorno em até três anos, avalia a diretora Gabriela Mallmann.

    -

    Berrini é região de SP com a maior alta de escritórios vagos

    A região da Berrini, na zona sul de São Paulo, foi a mais afetada por desocupações no mercado de escritórios de alto padrão da cidade, no segundo trimestre deste ano.

    O dado é da consultoria Cushman & Wakefield.

    "É um movimento natural na crise, que reduziu o tamanho de empresas e os aluguéis na cidade. A região competiu com lançamentos mais baratos", diz André Germanos, da consultoria.

    Com absorção negativa de 11 mil m², a vacância naquele local cresceu quatro pontos percentuais, para 33,3%.

    Nesse período, a região da avenida Juscelino Kubitschek (zona sul) teve queda de 11 pontos percentuais na taxa de vacância.

    "Alguns endereços, como a Chucri Zaidan, têm muito potencial. Eles devem receber novos prédios neste semestre, que terão aluguel atrativo para as empresas."

    O preço médio para locações de escritórios de alto padrão na cidade caiu 2% em relação ao trimestre anterior, para R$ 98,60/m², menor patamar desde o fim de 2012.

    -

    Levou na brincadeira

    A indústria nacional de brinquedos disse não haver constrangimentos na compra de um cachorro-robô pelo presidente Michel Temer, em sua viagem à China.

    Além do mimo, o presidente adquiriu um par de sapatos em um shopping local.

    "Já examinamos e não há esse brinquedo no Brasil, então não há problema", avalia o presidente da Abrinq (entidade do setor), Synésio Batista da Costa.

    Os chineses representaram 80%, em receita, das importações de brinquedos até julho deste ano. Em 2015, fabricantes nacionais detinham uma fatia de 55% do mercado.

    -

    Europa... O desemprego ajustado sazonalmente nos países da zona do euro fechou em 10,1% em julho -a taxa é a menor desde julho de 2011, e mantém a tendência de queda dos meses anteriores, segundo a agência Eurostat.

    ...sem vagas Entre os países que compõem o bloco, Malta (3,9%), República Tcheca e Alemanha (4,2%) tiveram os menores indicadores; Grécia (23,5%) e Espanha (19,6%) tiveram os piores resultados.

    Velati/Editoria de Arte/Folhapress
    Charge Mercado Aberto de 6.set.2016
    Charge Mercado Aberto de 6.set.2016

    com FELIPE GUTIERREZ, DOUGLAS GAVRAS e TAÍS HIRATA

    mercado aberto

    Maria Cristina Frias, jornalista, edita a coluna Mercado Aberto, sobre macroeconomia, negócios e vida empresarial.
    Escreve diariamente,
    exceto aos sábados.

    Edição impressa

    Fale com a Redação - leitor@grupofolha.com.br

    Problemas no aplicativo? - novasplataformas@grupofolha.com.br

    Publicidade

    Folha de S.Paulo 2024