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    Mercado Aberto - Maria Cristina Frias

    Venda de carro a pessoas com deficiência vai subir 25%, diz entidade

    07/09/2016 03h00

    Na contramão do setor automotivo, o comércio de veículos isentos de tributação para pessoas com deficiência deverá crescer 25% neste ano, na comparação com 2015, segundo estimativa da Abridef (associação do setor).

    No ano passado, esses consumidores compraram 106 mil carros, o equivalente a R$ 5,83 bilhões.

    No mercado geral, a previsão da Anfavea (do segmento) é que as vendas só comecem a se recuperar em 2017.

    "Por ser uma compra por necessidade, não por impulso, a crise afeta menos esse cliente. Desde 2013, também quem é conduzido pode comprar com desconto, o que ajuda nas vendas", segundo Rodrigo Rosso, da entidade.

    Por lei, esse público pode adquirir automóveis nacionais e do Mercosul sem pagar ICMS (sobre mercadorias e serviços), IPI (sobre produtos industrializados) e IOF (sobre operações financeiras).

    Em alguns Estados, há isenção de recolhimento do imposto para veículos, o IPVA.

    Na Toyota, a expectativa para o segundo semestre é fechar este ano com cerca de 70% de alta nas vendas para esse público, diz Rubens Santini, da montadora.

    A Jeep entrou no segmento para pessoas com deficiência no segundo semestre do ano passado, ao lançar no mercado um veículo de R$ 69 mil.

    "Essa modalidade tem muito potencial para os próximos anos. Pleiteamos agora um aumento do preço máximo de veículos que podem ser isentos –de R$ 70 mil para R$ 90 mil", afirma Rosso.

    VAGA PREFERENCIAL - Número de veículos isentos vendidos no país, em mil

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    Cliente oficial

    A multinacional alemã Otto Bock, fabricante de cadeiras de roda e próteses, estima ter perdido 30% das vendas ao governo neste ano, dirigidas a segurados da Previdência e ao SUS.

    O comércio para o sistema público representa cerca de 70% do total que a empresa fabrica no Brasil.

    "O ambiente de crise também contaminou o nosso mercado, que sofre com falta de verbas e restrições orçamentárias", diz Wilson Zampini, presidente da empresa para a América Latina.

    Para compensar o freio do consumo interno, a partir do ano que vem, a companhia vai começar a exportar os produtos fabricados no país para a China, a Turquia e o Leste Europeu.

    10
    são as fábricas no mundo

    € 850 MILHÕES
    foi a receita global em 2015 (cerca de R$ 3,6 bilhões)

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    Versão brasileira

    A parcela dos filmes nacionais nas bilheterias subiu de 9,3%, de janeiro ao início de agosto de 2015, para 12,5% neste ano, segundo a Ancine (agência do setor). A receita foi de R$ 223,4 milhões.

    Apesar de terem caído 3,2 pontos percentuais, os títulos estrangeiros ainda representavam 87,5% do faturamento das salas neste ano.

    "Além de o mercado ser resiliente à crise, nesse período, foram abertas 250 novas salas, o que também contribuiu para os resultados positivos", diz Manoel Rangel, diretor-presidente da agência.

    Parte da alta se deve aos ingressos para o longa "Os Dez Mandamentos", mas as vendas superaram os reais espectadores, diz Marcelo Lima, da Expocine (do setor).

    O filme teve 11,3 milhões de público –cinco vezes mais que "Carrossel 2", em segundo lugar, com 2,5 milhões.

    MELHORES BILHETERIAS

    "Os Dez Mandamentos"
    "Carrossel 2"
    "Até que a Sorte nos Separe 3"

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    Uniforme branco

    O saldo de emprego das empresas de produtos farmacêuticos ficou positivo de janeiro a julho deste ano, segundo o Sindusfarma (sindicato que representa o setor).

    No acumulado de 2016, foram 12,7 mil admissões contra 11,5 mil desligamentos –criação de 1,2 mil vagas.

    "Nós esperávamos que os primeiros meses deste ano tivessem uma queda. O crescimento de 1% parece pouco, mas é positivo ao se considerar todo o cenário", afirma Nelson Mussolini, presidente-executivo da entidade.

    Em todo o ano passado, o saldo de vagas foi de 370 mil.

    O setor tem sofrido menos os efeitos da queda de consumo, por se tratarem de produtos considerados de primeira necessidade, diz.

    "Um fator complicador ligado ao aumento do desemprego é a perda de beneficiários de planos de saúde. Quando o consumidor não tem mais esse benefício, a tendência é que procure menos cuidados médicos."

    Até o fim deste ano, a entidade projeta alta de 9% de receita –contra 13% em 2015.

    SEM PRESCRIÇÃO - Saldo de vagas na fabricação de produtos farmacêuticos, em mil

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    Dinheiro virtual

    Depois de atingir R$ 54 milhões em transações em junho, o comércio de bitcoins no Brasil voltou a patamares mais baixos –R$ 22 milhões por mês, em média.

    Os dados são do bitValor, informe que reúne dados de sete Bolsas da moeda virtual. "O Brexit causou uma onda de especulação", diz Fernando Ulrich, economista e autor de um livro sobre o tema.

    "O volume negociado em reais deve voltar a crescer, mas de forma mais linear", afirma Rodrigo Batista, diretor da Bolsa BitValor.

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    Não temos... De janeiro a julho deste ano, 1.766 pessoas com deficiência buscaram uma vaga de trabalho no Estado de São Paulo, mas apenas 631 conseguiram um emprego, segundo dados da Secretaria Estadual do Trabalho.

    ...vagas Só em julho, 230 se candidataram a um posto e 91 foram contratados. Ao mesmo tempo, uma pesquisa feita pela ABRH (associação de RH)mostra que 73,4% das empresas não têm programas que sirvam para orientar gestores.

    Mande... O número de antenas de telecomunicações cresceu 10% desde a metade de 2015 até a deste ano, aponta a Anatel, que regula o setor.

    ...um sinal O total de estações no país é de 78,9 mil. O maior crescimento foi do Ceará (28,3%), seguido por Espírito Santo (16,4%) e Pará (15,7%).

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    Hora do café

    Velati/Editoria de Arte/Folhapress
    Charge Mercado Aberto de 7.set.2016
    Charge Mercado Aberto de 7.set.2016

    com FELIPE GUTIERREZ, DOUGLAS GAVRAS e TAÍS HIRATA

    mercado aberto

    Maria Cristina Frias, jornalista, edita a coluna Mercado Aberto, sobre macroeconomia, negócios e vida empresarial.
    Escreve diariamente,
    exceto aos sábados.

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