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    Mercado Aberto - Maria Cristina Frias

    Shopping centers adiam contratos da decoração de Natal por causa da crise

    11/09/2016 02h59

    Os contratos para a montagem de grandes decorações de Natal, em geral firmados até junho, foram fechados tardiamente pelos centros comerciais neste ano.

    "Tive negociações que se estenderam até o fim de agosto. Alguns clientes esperaram para ver o que ocorreria com a economia", afirma Ana Cecília Cipolatti, sócio-diretora da empresa do ramo que leva seu sobrenome.

    A queda do movimento nos shopping centers e mudanças no quadro de gerentes dos centros comerciais durante a crise fizeram com que companhias demorassem a fechar os acordos, diz Cecilia Dale, proprietária da marca homônima.

    Os últimos contratos assinados com a empresa também foram concluídos em agosto. "A alta da inadimplência no início do ano aumentou a insegurança entre os clientes", avalia Dale.

    O número de companhias em busca do serviço não caiu, mas os investimentos foram menores em relação a 2015, afirma Glauco Humai, presidente da Abrasce, que representa os shoppings.

    "Não deverá ser um ano com grandes ações, mas ninguém deixa de fazer Natal."

    Alguns centros, segundo ele, ainda avaliam ampliar seus contratos com a melhora da expectativa para as vendas do fim deste ano.

    "No início do ano, a situação era mais complicada. Hoje, há uma perspectiva de retomada até dezembro."

    A demora das negociações, porém, terminaram por elevar o custo das montagens, de acordo com Cipolatti.

    "Com o atraso, não temos mais margem para negociar materiais, a importação só poderá ser feita por via aérea, e serão geradas mais horas extras de trabalho."

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    Brasil é 11º em ranking de acesso a mercado livre com 12 países

    O Brasil é um dos países da América Latina com mais restrições à entrada de consumidores de energia no mercado livre, em que o cliente escolhe seu fornecedor.

    Entre 12 países, fica em 11º, à frente só da Argentina, onde não há essa modalidade de contrato. Os dados são da Abraceel (associação de comercializadores).

    "É preciso ter um cronograma para abrir a todos os consumidores, inclusive os residenciais, porque hoje só os grandes têm acesso ao mercado livre", afirma Reginaldo Medeiros, presidente da associação.

    Pela regra atual, quem consome entre 500 kW e 3.000 kW pode comprar energia de fontes renováveis, e os que ultrapassam esse limite são livres para adquirir de qualquer tipo de gerador.

    O gasto dos clientes desse tipo equivale a 27% da energia que o país utiliza, segundo João Carlos Mello, presidente da consultoria Thymos, especializada no setor.

    "Quem adere no presente são os da faixa entre 500 kW e 3.000 kW. Se todos eles passarem a escolher seus fornecedores, 43% do consumo seria livre, um avanço significativo", afirma.

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    Com licença

    Um decreto da Prefeitura de São Paulo que desvincula a autorização para a construção do licenciamento do negócio pode deixar empresas menos vulneráveis a achaques de fiscais, segundo entidades do comércio.

    "Tem uma série de pressões que o empresário sofre se não estiver licenciado. É delicado acusar, mas quem vive o problema sabe que a mudança vai influenciar", diz Alencar Burti, presidente da Associação Comercial.

    A FecomercioSP esperava a nova regra havia anos, diz Raphael Noschese, assessor jurídico da entidade. "Não existe mais tanto subterfúgio para constrangimentos."

    Com a necessidade do Habite-se para atuar, a maioria dos negócios (85%) da cidade estava ilegal, diz Rodrigo Wienskoski, presidente da SP Negócios. "Isso aconteceu porque não havia fiscal para ir a todas as empresas."

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    Aposentadoria... Os pedidos de aposentados do INSS para tomar crédito consignado cresceram 50% entre janeiro e agosto deste ano, de acordo com a Unitfour, empresa que fornece dados ao mercado. Foram 1,5 milhão de solicitações.

    ...emprestada O mês de fevereiro registrou o maior número de pedidos do período. O valor médio dos empréstimos requeridos teve um aumento de 2%, na comparação com o do ano anterior.

    Eles moram... Cerca de 6.000 lojistas e associações comerciais do bairro do Brás, em São Paulo, se uniram em uma federação, a Fevabras.

    ...no Brás Entre os objetivos da entidade estão mais segurança na região, a construção de creches e a melhoria dos acessos viários.

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    Lézio Junior/Editoria de Arte/Folhapress
    Charge Mercado Aberto de 11.set.2016
    Charge Mercado Aberto de 11.set.2016

    com FELIPE GUTIERREZ, DOUGLAS GAVRAS e TAÍS HIRATA

    mercado aberto

    Maria Cristina Frias, jornalista, edita a coluna Mercado Aberto, sobre macroeconomia, negócios e vida empresarial.
    Escreve diariamente,
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