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    Mercado Aberto - Maria Cristina Frias

    Gestão de hospitais da rede pública por privados aumenta no país

    14/09/2016 02h59

    Governos municipais e estaduais aumentaram os chamados para que organizações sociais administrem suas unidades de saúde, segundo instituições do setor.

    "Cresceu principalmente em São Paulo, mas há um movimento de mais interesse de governos no Rio Grande do Sul e em Brasília", afirma o CEO do hospital Sírio-Libanês, Paulo Chapchap.

    O instituto social criado pelo Hospital Alemão Oswaldo Cruz acaba de assinar seu primeiro projeto de gestão, para gerir por cinco anos o Complexo Hospitalar dos Estivadores, em Santos.

    O valor do contrato é de R$ 68 milhões no primeiro ano e, a partir disso, de R$ 11 milhões mensais. "Temos analisado projetos em São Paulo, e certamente participaremos de mais certames", diz o superintentende, Paulo Vasconcellos Bastian.

    A contratação de organizações sociais de saúde passou a ser avaliada por mais governos após o STF decidir, em 2015, pela constitucionalidade do modelo, que vinha sendo questionada desde 1998.

    Outra vantagem que contribui para o maior interesse é a possibilidade de inaugurar serviços de saúde sem ferir a lei de responsabilidade fiscal, que limita a fatia dos gastos com folha de pagamento, avalia Chapchap.

    "Com a queda da receita, é uma solução para contratar."

    A principal preocupação das organizações, porém, é o receio de inadimplência. "Cada caso tem de ser avaliado segundo a situação do ente contratante", diz ele.

    ""É uma forma de tornar a gestão mais eficiente e de tornar mais ágil a contratação de recursos humanos, que são escassos em algumas regiões"
    Paulo Chapchap
    CEO do hospital Sírio-Libanês

    ""Não estamos preocupados com inadimplência, há notícias de atrasos de até dez dias, mas os governos têm cumprido os acordos"
    Paulo Vasconcellos Bastian
    superintendente do Hospital Alemão Oswaldo Cruz

    *

    • RAIO-X DO MODELO

    Quem?
    Governos municipais ou estaduais firmam parcerias com organizações sociais para que estas façam a gestão da unidade de saúde por um prazo fixo

    O que?
    Hospitais, ambulatórios, laboratórios, centros de reabilitação, entre outros

    Como?
    Os repasses são fixos, feitos periodicamente, e não há taxa de administração por parte da organização social

    110
    unidades de saúde geridas pelo governo paulista funcionam nesse modelo

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    Vendas de livros se pulverizam com fim da moda de colorir

    O total de vendas de livros neste ano caiu 8%, mas a quantidade de títulos aumentou 9,6%, aponta a Snel (sindicato das editoras), com base em uma pesquisa da Nielsen.

    Neste ano, os 500 mais vendidos perderam cerca de 5% de mercado —eles ficaram com uma fatia de 31%.

    No ano passado, poucos livros de colorir dominaram as vendas, algo que não se repetiu em 2016. Isso explica a pulverização neste ano, afirma Marcos Pereira, presidente do sindicato.

    O crescimento do número de títulos não foi acompanhado por aumento de livrarias, e a disputa por espaço nas lojas acirrou-se. "É difícil gerenciar lançamentos nos pontos de venda. Essa é uma encrenca do setor", diz.

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    Na prateleira até então vazia

    O feijão foi o produto que mais faltou nos supermercados do país em agosto, segundo a Neogrid e a Nielsen. A ruptura —ausência de itens nas gôndolas— foi de 15,2%.

    Parte do desempenho se deve à quebra de safra do alimento, o que resultou em alta de preço de quase 40% em 12 meses até o meio deste ano.

    O produto fica pouco tempo no estoque, e o varejo sente logo o efeito do campo, diz Robson Munhoz, da Neogrid.

    "O clima foi cruel neste ano, esperamos que a próxima safra, em novembro, seja melhor", diz Marcelo Lüders, da Ibrafe (entidade do setor).

    A Broto Legal importará da China e da Argentina. "Faremos isso até dezembro", estima o presidente, Paulo Storti.

    E VAMOS BOTAR ÁGUA - Produtos que mais faltaram na prateleira, em %*

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    Sem pedir... Quase 87% dos consumidores dizem acreditar que a alta de impostos sobre produtos feitos no Brasil favorece a entrada de itens ilegais, segundo pesquisa do Datafolha, encomendada pelo Etco (de ética concorrencial).

    ...licença Dentre os entrevistados, 26% assumiram comprar produtos falsificados, apesar de 75% considerarem que a entrada de contrabando ajuda a fomentar a violência. Foram ouvidas 2,1 mil pessoas de todo o país.

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    Alves/Editoria de Arte/Folhapress
    Charge Mercado Aberto de 14.set.2016
    Charge Mercado Aberto de 14.set.2016

    com FELIPE GUTIERREZ, DOUGLAS GAVRAS e TAÍS HIRATA

    mercado aberto

    Maria Cristina Frias, jornalista, edita a coluna Mercado Aberto, sobre macroeconomia, negócios e vida empresarial.
    Escreve diariamente,
    exceto aos sábados.

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