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    Mercado Aberto - Maria Cristina Frias

    Consumo de gás natural em usinas cai 40% com chuvas mais intensas

    20/10/2016 03h00

    As térmicas que usam gás natural para gerar energia consumiram 40% metros cúbicos a menos entre janeiro e agosto de 2016 que no mesmo período do ano passado, segundo boletim do Ministério de Minas e Energia.

    A principal causa da diminuição é a maior intensidade das chuvas, especialmente no Sudeste do país, que fizeram com que as térmicas fossem menos acionadas.

    Na região, 2015 começou com 19% dos reservatórios das hidrelétricas cheios. Em 2016, eram 29%, afirma Gutavao Ayala, diretor de comercialização da Bolt Energias, holding que atua no setor.

    "Dez pontos percentuais nos reservatórios pode parecer pouco, mas em termos de consumo, significam 20 GW, o dobro do consumo da região Nordeste inteira."

    Mesmo com a redução da geração e, consequentemente, do consumo de gás natural, o uso da capacidade das térmicas é maior do que o previsto, diz Xisto Vieira Filho, diretor presidente da Abraget (associação das térmicas).

    "A demanda costumava ser de 40% do potencial das usinas, mas o despacho tem sido sistematicamente maior. Além do comportamento das chuvas, as novas hidrelétricas são de fio d'água, e isso significa menos segurança."

    As indústrias são os outros tipos de cliente que reduziram as compras de gás, mas em 5,4%. Junto com as térmicas, elas representaram 90% do mercado em 2015.

    Usos menores, como o de carros e casas, aumentaram.

    EFEITO DAS CHUVAS - Balanço do gás natural para energia elétrica, em milhões de metros cúbicos por dia

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    Inflação médica deverá ser de 18,6% neste ano, aponta pesquisa

    A inflação dos custos da saúde no país deverá chegar a 18,6% até o fim deste ano, aponta a Mercer Marsh.

    O aumento tem levado companhias brasileiras a rebaixar os planos de funcionários, afirma Renato Cassinelli, diretor para América Latina e Caribe da consultoria.

    "As empresas têm resistido a tomar essa medida, mas, com a crise econômica e a alta dos custos médicos, não há alternativa. Esse movimento deverá continuar ao longo do próximo ano."

    A alta da inflação médica, decorrente de fatores como o envelhecimento da população e os avanços tecnológicos, é um problema mundial: em média, a taxa é três vezes maior que a geral da economia dos países.

    "Mesmo na Europa, onde o mercado é mais maduro, o descolamento é grande."

    No Brasil, o aumento deverá ser mais que o dobro do IPCA (inflação oficial). A previsão mais recente do Boletim Focus para este ano é de 7%.

    Em comparação com outros países da América Latina, o Brasil tem a segunda maior alta prevista, atrás apenas da Argentina.

    A pesquisa ouviu 180 seguradoras em 49 países.

    SAÚDE MAIS CARA - Aumento dos custos de planos de saúde em 2016

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    Virada de maré

    Após crescimento no primeiro semestre, as exportações de produtos eletroeletrônicos caíram, impactadas pela valorização do real.

    No acumulado de janeiro a setembro, a redução foi de 2,4%, em comparação a igual período do ano passado, segundo a Abinee (associação do setor).

    Em 2016, as vendas para o exterior somaram R$ 13,4 bilhões -R$ 317 milhões a menos do que 2015, na cotação atual.

    "A queda só não foi maior porque os contratos são fechados com alguns meses de antecedência. A expectativa é de piora", afirma Humberto Barbato, presidente da entidade.

    A projeção da Abinee é que as exportações representem um quarto do faturamento total do setor ao fim deste ano.

    EFEITO DAS CHUVAS - Balanço do gás natural para energia elétrica, em milhões de metros cúbicos por dia

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    Procura-se... Metade dos gerentes de RH têm dificuldade para encontrar candidatos com perfil internacional, aponta a CEMS (Aliança Global em Gestão Educacional), que ouviu europeus, americanos e asiáticos.

    ...estrangeiro As principais barreiras de quem trabalha fora de seu país são a dificuldade para entender outra cultura (48%), choque cultural (24%) e problemas de linguagem e comunicação (16%).

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    Hora do café

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    com FELIPE GUTIERREZ, TAÍS HIRATA e CAROLINA MUNIZ

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    Maria Cristina Frias, jornalista, edita a coluna Mercado Aberto, sobre macroeconomia, negócios e vida empresarial.
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