Raquel Cunha/Folhapress | ||
Carlo Zorzoli, principal executivo no Brasil da empresa de energia, no Rio |
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Friday, 22-Nov-2024 05:25:33 -03Mercado Aberto - Maria Cristina Frias
Grupo italiano investe R$ 3,1 bilhões em plantas de energia solar no NE
24/10/2016 02h59
Apesar da recessão, a italiana Enel mantém o investimento total de US$ 980 milhões (R$ 3,1 na cotação de hoje) em quatro plantas solares que somarão 807 MW de capacidade instalada no país.
O aporte é de recursos próprios do grupo.
Três parques solares fotovoltaicos estão em construção na Bahia e um no Piauí. A unidade de Nova Olinda (PI) é considerada a maior usina solar sendo erguida hoje na América Latina.
Feitas pela subsidiária Enel Green Power Brasil Participações Ltda (EGPB), as quatro plantas poderão gerar no total 1,7 TWh ao ano, o suficiente para o consumo anual de energia de mais de 845 mil lares brasileiros.
A EGPB tem atualmente uma capacidade instalada no país de 401 MW de energia eólica, 12 MW de energia solar fotovoltaica e 133 MW de energia hídrica.
Com cerca de 6,8 milhões de clientes em distribuição de energia no Rio de Janeiro e no Ceará, a Enel viu os números piorarem no país com a deterioração da economia.
"Foi uma tempestade perfeita: a inadimplência aumentou, o furto cresceu muito, especialmente no Rio, e caiu a demanda", diz o italiano Carlo Zorzoli, principal executivo do grupo no Brasil.
A companhia participa do processo de análise do leilão de privatização da goiana Celg Distribuidora, que deverá ser publicado até o fim deste mês. A Eletrobras possui 51% da companhia e o governo de Goiás, 49%.
A Enel afirma que "acompanha todo o mercado brasileiro" e que a decisão pelo investimento será definida pelo grupo na ocasião do leilão.
RAIO-X
R$ 10,2 bilhões
é a receita líquida da Enel Brasil (não inclui EGPB)6,8 milhões
de clientes em distribuição de energia no RJ e CE3.300
colaboradores diretos€ 34,15 bilhões
(R$ 117,1 bi) foi o faturamento global no 1º semestre deste ano*
Um toque de chilli
A Algar Tech, empresa de tecnologia, acaba de iniciar sua operação no México. A decisão foi uma demanda dos clientes, segundo afirma o presidente, José Antonio Fechio.
"Das empresas atendidas, 40% operam em diferentes países latinos." A companhia também tem sedes na Colômbia, na Argentina e no Chile.
O Brasil, porém, representa 95% da receita. "O ritmo de expansão caiu, mas a alta se mantém." No segundo trimestre, a empresa faturou 7,2% a mais que no mesmo período do ano passado.
R$ 905 milhões
foi o faturamento em 2015*
Fora da tomada
O consumo de energia livre -em que empresas negociam os preços diretamente com as comercializadoras- continua a cair. Em setembro, houve retração de 3,04% em relação ao mesmo mês de 2015, aponta a Comerc.
"A persistência da queda nos surpreendeu, e não há projeção de retomada", avalia o presidente da empresa, Cristopher Vlavianos.
A indústria de embalagens, cujo desempenho reflete o dos demais setores, mantém queda de 3,1% no acumulado deste ano, ele destaca.
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Penetras da ceia
Os tributos são responsáveis por mais da metade do preço de alguns itens típicos das festas de fim de ano, como fogos de artifício (64,25%) e espumantes nacionais (58,27%).
Outros produtos também têm tributação elevada, caso de enfeites e árvores de Natal (47,25%), além de pernil, chester e peru (33,36%), segundo a consultoria BDO.
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Sala VIP
Os passageiros das classes A e B no Brasil estão entre os que mais valorizam serviços em aeroportos, como rastreamento de bagagem, acesso à internet e saguão de espera VIP, aponta o Collinson Group.
"É um potencial pouco explorado pelas empresas, que, com ações pequenas, podem criar diferenciais que serão valorizados", afirma o diretor-geral, Danilo Vasconcelos.
Países emergentes como a Índia e a China têm perfil semelhante de exigência.
O seguro de viagem, item mais valorizado no Brasil (95%), é considerado importante por 54% dos norte-americanos e 76% dos franceses.
Foram entrevistados 6.125 passageiros de alto padrão em dez países.*
Hora do café
com FELIPE GUTIERREZ, TAÍS HIRATA e IGOR UTSUMI
Maria Cristina Frias, jornalista, edita a coluna Mercado Aberto, sobre macroeconomia, negócios e vida empresarial.
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