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    Mercado Aberto - Maria Cristina Frias

    Receitas de cidades com repasses da mineração voltam a subir neste ano

    09/12/2016 02h30

    Lunae Parracho - 3.jul.15/Reuters
    Vista de lagos em mina de exploração de minério de ferro da Vale do Rio Doce no parque dos Carajás em Parauapebas no Pará. *** An overview of Ferro Carajas mine, the world's largest iron ore mine, operated by Brazil's Companhia Vale do Rio Doce, in the Carajas National Forest in Parauapebas, Para State, May 29, 2012. The Ferro Carajas produces some 110 million tonnes of ore yearly, transported nearly 900 km (559 miles) to the Madeira seaport terminal by Vale's Carajas Railroad, which according to the company, operates the world's longest train, comprised of four locomotives and 330 cars. Picture taken May 29, 2012. REUTERS/Lunae Parracho (BRAZIL - Tags: BUSINESS COMMODITIES)
    Mina de minério de ferro em Parauapebas (PA), cidade que mais recebeu repasses

    A compensação financeira aos municípios onde há mais atividade de mineração subiu em 2016 depois de quedas nos últimos dois anos.

    Até a segunda (7), a arrecadação das dez cidades que mais ganharam esses repasses, calculados com base na venda, já era 15% mais alta que no ano passado todo.

    O aumento ocorre mesmo com uma queda de 30% da receita que Mariana (MG) auferiu -a Samarco não produz desde o rompimento da barragem, em novembro de 2015.

    A melhora é ligada à alta da produção e da cotação do minério de ferro, segundo Marcelo Ribeiro Tunes, diretor de assuntos minerários do Ibram (Instituto Brasileiros de Mineração).

    Das dez primeiras cidades do ranking, só a última, Paracatu (MG), não é produtora de ferro, mas de ouro.

    "Neste fim de ano, o preço do minério se aproximou de US$ 90 (R$ 304) e deve ficar nesse patamar. Outras commodities também reagem: níquel havia tido queda e, com o carro elétrico, deve subir."

    Duas medidas são esperadas pelo setor no futuro próximo, e ambas devem ter impacto nos valores que as empresas repassam às cidades, Estados e União, segundo Valdir Farias diretor-executivo da consultoria Fiorito, especializada no setor.

    "O Departamento Nacional de Produção Mineral pode virar agência e a regra para o cálculo da contribuição deve ficar mais transparente."

    Compensação - Por exploração de recursos minerais

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    Fora da UTI

    A Beneficência Portuguesa de São Paulo vai investir R$ 135 milhões de recursos próprios em 2017 para reformar o hospital, comprar novos equipamentos e atualizar sistemas de prontuários e receitas eletrônicas.

    Do montante, R$ 40 milhões serão usados para alterar fachadas, ambientes internos e materiais, que passarão a levar o novo nome da empresa, BP. A mudança faz parte de um reposicionamento da marca, iniciado em 2013.

    Em 2015, a companhia teve seu primeiro resultado positivo após dez anos em prejuízo e, neste ano, deverá dobrar o Ebitda (lucro antes de juros, impostos, depreciação e amortizações).

    "Na última década, perdemos relevância no mercado, mas, nos últimos três anos, investimos para melhorar a estrutura", afirma a CEO, Denise Santos.

    Os aportes em expansão deverão ser retomados em 2018, segundo a executiva.

    Outro fator para o equilíbrio das contas foi a fatia menor de atendimentos ligados ao SUS: a taxa foi de 65%, em 2012, para 56% hoje.

    R$ 65 milhões
    deverá ser o Ebita neste ano

    R$ 750 milhões
    em expansão serão investidos nos próximos dez anos

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    Tombou, mas levantou

    Os seguros tiveram queda de receitas no primeiro semestre, mas devem fechar o ano com aumento nominal de 9%, segundo a CNSeg (confederação do setor).

    A melhora global esconde os desempenhos diferentes dos produtos que formam o mercado, diz o presidente da entidade, Marcio Coriolano.

    Alguns itens tiveram quedas, caso de planos para automóveis (3,2% a menos).

    As diminuições foram compensadas pelo faturamento de VGBL (20%) e seguro habitacional (10,4%).

    A reforma da Previdência pode aumentar a demanda por seguros, diz Coriolano. "Digo com cautela, mas espero alento, pois, se se reduzir a perspectiva de acesso à Previdência, a população compensará com plano privado."

    SETOR SEGURADOR - Variação do acumulado da receita, em %

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    Trem francês

    De olho nas rodadas de concessões em infraestrutura, a empresa francesa de engenharia Systra comprou a brasileira Vetec, que realiza estudos para a área de transporte.

    O valor da transação não foi divulgado. É a segunda aquisição em menos de dois anos pelo grupo francês, que tem a controladora do metrô de Paris como um de seus principais acionistas.

    "Nas negociações poderemos estar tanto do lado concedente, para monitorar processos, como das concessionárias, para trabalhar na integração de operações", diz Colas Martinet, diretor da Systra para América Latina.

    O Brasil deverá se tornar o quarto país mais importante em termos de receita, afirma.

    "Após as aquisições, vamos faturar € 20 milhões (R$ 71,7 milhões) com vendas, e cresceremos a partir daí."

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    Comércio A fabricante de almofadas e brinquedos Fom venderá, no ano que vem, produtos para a Alemanha, Japão e EUA. Neste último, registrou a marca Tom, por não poder utilizar seu nome original.

    Código A escola de computação e robótica para crianças Happy Code assinou contrato com ex-executivos da Heineken para levar a operação a Portugal. Oito franquias serão inauguradas.

    Catálogo As vendas diretas movimentaram R$ 29,5 bilhões entre janeiro e setembro no país, valor 1,9% menor que o observado no mesmo período do ano passado, segundo a Abevd (do setor).

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    Hora do Café

    com FELIPE GUTIERREZ, TAÍS HIRATA e IGOR UTSUMI

    mercado aberto

    Maria Cristina Frias, jornalista, edita a coluna Mercado Aberto, sobre macroeconomia, negócios e vida empresarial.
    Escreve diariamente,
    exceto aos sábados.

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