As micro e pequenas empresas do regime tributário Simples têm dívida conjunta de R$ 46 bilhões em impostos não pagos, segundo a Procuradoria-Geral da Fazenda. São 776 mil devedores.
Desde segunda-feira (12), pessoas jurídicas podem se inscrever nos sites da Receita ou do Sebrae para parcelar as dívidas -pela primeira vez, o prazo é de até 10 anos.
Com esse tempo para o pagamento, a negociação deve ser bem-sucedida, diz Joseph Couri, presidente do Simpi (sindicato das pequenas indústrias de São Paulo).
Se cerca de metade dos devedores aderirem, o dirigente afirma que o programa terá tido sucesso.
"O pagamento em 120 meses é um avanço, e se 300 mil empresas fizerem o acordo, grande parte dos impostos já vai ser arrecadada", diz ele.
O número de devedores é alto porque, confrontados com receita em queda, empresários preferem não pagar imposto a cortar outros itens, diz Ercílio Santinoni, presidente da Conampe (confederação de pequenas empresas).
Ao renovar a inscrição no Simples, eles ficam impossibilitados de se enquadrar no regime, mesmo que atendam aos outros requisitos.
"Os agentes que oferecem linhas de crédito especiais, como o BNDES, também não conseguem financiar empresas com tributos atrasados", afirma Santinoni.
As que não se regularizarem ainda poderão ter seus bens bloqueados e leiloados. Em nota, a Procuradoria da Fazenda informa que vai passar a protestar os débitos de Simples Nacional.
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Corrida ao interior
A rede paulista de supermercados Savegnago prevê um aporte de R$ 60 milhões para abrir três unidades na região de Campinas em 2017.
Uma das lojas, em Limeira, receberá R$ 33 milhões. Nas outras, em Araras e Piracicaba, onde o terreno é de terceiros, o investimento -em parte próprio, em parte obtido com o BNDES ou por leasing- será menor.
"Queremos estar em Campinas até 2018", diz Savegnago. "É um município maior, com mais concorrência e oportunidades."
Um dos concorrentes, o Sonda, inaugura nesta terça (13) sua primeira unidade na cidade. "Campinas tem potencial para, pelo menos, mais uma loja", diz o presidente do grupo, José Barral.
A empresa também prevê inaugurar três operações no ano que vem, mas não divulga o investimento planejado.
R$ 2,5 bilhões
é o faturamento previsto pela Savegnago para este ano
37
é o número de lojas da rede
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Pensamento positivo
A maior parte dos varejistas que comercializam alimentos perdeu clientes, mas espera que o Natal seja melhor que o do ano passado, aponta o Sincovaga (sindicato do setor), que fez uma pesquisa sobre expectativa.
A data comemorativa é uma última esperança dos comerciantes, diz Alvaro Furtado, presidente da entidade.
"Os indicadores iniciais de como será o Natal estão ruins, mas os varejistas precisam de um bom fim de ano porque, do contrário, muitos terão que fechar."
A esperança do setor de alimentos é que as famílias optem por economizar em outros itens, como bens e viagens, e gastem com a ceia.
A grande maioria (92%) dos comerciantes, no entanto, não aumentou o volume de encomendas feitas aos fornecedores na comparação com o ano passado.
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Receita carioca
A rede carioca de laboratórios Richet vai abrir duas unidades no ano que vem e planeja um segundo centro de diagnóstico por imagem até 2018.
O valor total do investimento previsto é de, ao menos, R$ 23 milhões, afirma o diretor da empresa Helio Magarinos Torres Filho.
O primeiro laboratório do gênero da companhia, de R$ 30 milhões, foi inaugurado neste ano.
Além disso, a Richet acaba de concluir um parque tecnológico que vai demandar aportes de R$ 10 milhões por ano até 2023.
"O objetivo do centro é automatizar processos para dar mais velocidade à liberação de resultados e aumentar a precisão por meio de controles digitais", diz.
R$ 70 milhões
deverá faturar a rede em 2016, uma alta anual de 20%
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Dívida... A regulamentação da lei que trata da renegociação das dívidas rurais feitas até 2011, publicada na segunda (12), poderá permitir que 770 mil produtores no Nordeste, com R$ 17 bilhões pendentes, voltem a contrair crédito.
...rural Apesar de considerar a medida positiva, a CNA (confederação nacional do setor) ainda deverá buscar uma solução para as dívidas contraídas entre 2012 e 2016, período de forte seca na região, diz Joaci de Medeiros, da entidade.
Vestuário A marca de roupas íntimas Mash investirá R$ 5 milhões na expansão de sua fábrica em 2017. O objetivo é duplicar a produção de produtos sem costura, além de otimizar processos relacionados a bordados e estampas.
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Hora do Café
com FELIPE GUTIERREZ, TAÍS HIRATA e IGOR ITSUMI
Maria Cristina Frias, jornalista, edita a coluna Mercado Aberto, sobre macroeconomia, negócios e vida empresarial.
Escreve diariamente,
exceto aos sábados.