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    Mercado Aberto - Maria Cristina Frias

    Rio e Salvador seguem como favoritos para Ano Novo, mas viagens são mais curtas

    25/12/2016 02h59

    Rio de Janeiro e Salvador continuam a ser os principais destinos de Réveillon dentro do país, mas a crise fez com que as compras de passagens caíssem e as viagens se tornassem de menor duração, segundo agências.

    "Os clientes não deixaram de viajar, mas ficam menos tempo fora de casa", diz Marcos Balsamão, presidente da Abav-SP (associação de agências de viagem).
    Os destinos também se tornaram menos internacionais.

    Antes da recessão, 60% das transações em agências para o feriado eram para fora, e o resto para o próprio Brasil. Agora, a razão se inverteu e a maior parte dos viajantes não sai do país.

    A novidade entre os turistas domésticos são cidades do interior de São Paulo, onde há resorts e pousadas de estilo hotel-fazenda.

    Fora do Brasil, Miami e Buenos Aires continuam a ser as destinações mais desejadas.

    Entre as compras feitas pela internet, houve diminuição de 8% de receitas nominais, segundo a Criteo Brasil, que monitora esse mercado.

    "É a primeira queda em número de compras", afirma Fernando Tassinari, diretor-executivo da empresa.

    O fato de a virada ter caído de um sábado para um domingo atrapalhou, diz. O efeito é superior à volatilidade alta no câmbio, que tem impacto forte no segmento, mas à qual o setor se acostumou.

    O Ano Novo e o Carnaval são as principais datas para o turismo.

    GASTOS TURÍSTICOS FORA DO BRASIL - De janeiro a novembro, em US$ bilhões

    Cidades que mais atraem turistas para o Réveillon
    São Paulo (litoral e interior), Rio de Janeiro, Salvador, Recife e Natal

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    O que estou lendo

    JERSON KELMAN, presidente da Sabesp

    "Sobre a maneira de transmissão do cólera", escrito pelo médico inglês John Snow (1813-1858), é o livro que está à cabeceira do presidente da Sabesp, Jerson Kelman.

    Em meados do século XIX, acreditava-se que quase todas as doenças, inclusive o cólera, resultavam da inalação de gases provenientes da decomposição de matéria animal ou vegetal, relata Kelman, Ph.D em hidrologia.

    Snow visitou enfermos e concluiu que a doença é transmitida pela água, e não pelo ar. "Teorias plausíveis, mas erradas, podem atrasar a solução de problemas que afligem a humanidade", observa Kelman.

    Claudio Belli/Valor
    Data: 15/01/2016 Editoria: Empresas Reporter: Victoria Mantoan Local: Sao Paulo Setor: Saneamento Basico Pauta: Entrevista com o presidente da Sabesp apos um ano no comando da companhia Personagem: Jerson Kelman, Presidente da Sabesp Tags: aguas, agua, Sabesp, saneamento, esgoto, tratamento, residuos, seca, reserva, reservatorio Fotos: Claudio Belli/Valor ***FOTO DE USO EXCLUSIVO FOLHAPRESS***
    Jerson Kelman, presidente da Sabesp

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    Na boca da produção

    O interior de São Paulo puxou o crescimento da empresa de refeições coletivas LC Restaurantes.

    Foram 12 contratos fechados na região neste ano. Outros quatro já estão encaminhados para 2017, diz Dâmaris de Luca, diretora e filha do fundador da empresa.

    A projeção da LC é que a receita cresça 20% no ano que vem, em relação a 2016.

    "Toda vez que fechamos um negócio, fazemos um aporte equivalente a um faturamento anual. Em 2017, pretendemos investir esses mesmos 20%", o que representaria R$ 60 milhões, afirma Dâmaris.

    O setor petroleiro, que já é atendido pela empresa, também deverá manter o setor aquecido em 2017.

    "Alguns contratos de restaurantes para atender funcionários em plataformas de Macaé e Santos terminam no ano que vem."

    R$ 300 MILHÕES
    é o faturamento estimado pela LC Restaurantes em 2016

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    Movimento na cozinha

    A recessão ajudou a movimentar o setor de alimentação corporativa, apontam empresas de menor porte.

    "A busca por preços mais baixos aumentou o número de concorrências", afirma Dâmaris de Luca, diretora da LC Restaurantes.

    A concorrente Apetit fechou 32 contratos em 2016 e deve encerrar o ano com faturamento de R$ 145 milhões.

    "O começo do ano foi bem movimentado", diz a presidente Marcia Manfrin. "Depois de agosto passamos a ver empresas mais acomodadas."

    A recessão levou companhias maiores a renegociar preços e revisar cardápios, afirma Mauro de Marchi, presidente da Sodexo On-site.

    "Ainda assim encerramos o ano fiscal com crescimento de 5,4% no faturamento."

    De modo geral, o setor foi pior que o esperado devido às demissões e fábricas fechadas, diz Antonio Guimarães, diretor-superintendente da Aberc (de refeições coletivas).

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    Papel do presente de Natal

    O consumo de energia livre —em que as empresas negociam preços diretamente com as comercializadoras— aumentou 1,3% em novembro, mas segue com queda de 2,4% no acumulado de 2016, segundo a Comerc.

    "Os últimos meses ajudaram a melhorar o resultado do ano. A perspectiva para 2017 é de estabilidade", afirma Cristopher Vlavianos, presidente da comercializadora.

    Entre os setores atendidos, o de papel e celulose teve o melhor resultado até novembro: uma alta de 0,5% na comparação com o mesmo período de 2015.

    Em seguida, vêm a indústria química, siderurgia e metalurgia, cujo consumo permaneceu estável.

    NO MERCADO LIVRE - Setores com as piores quedas de consumo de energia neste ano, em %*

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    Hora do Café

    com FELIPE GUTIERREZ, TAÍS HIRATA e IGOR UTSUMI

    mercado aberto

    Maria Cristina Frias, jornalista, edita a coluna Mercado Aberto, sobre macroeconomia, negócios e vida empresarial.
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    exceto aos sábados.

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