• Colunistas

    Saturday, 04-May-2024 11:50:58 -03
    Mercado Aberto - Maria Cristina Frias

    Ibama aumenta concessões de licenças ambientais para petróleo e gás

    11/01/2017 03h00

    Petrobrás/Divulgação
    Acordo da Opep melhora o cenário para novos leilões do pré-sal (Foto: Divulgação Petrobrás)

    O Ibama emitiu oito licenças de operação para produção de petróleo e gás em 2016, contra três em 2015. Entre todos os tipos de empreendimentos que exigem a autorização, esse foi o que mais cresceu em volume.

    O aumento de permissões em 2016 deve-se à entrada de projetos do pré-sal em maior número -de operação e de testes-, além de dois gasodutos, informa a Petrobras, por meio de nota.

    A estatal foi a única empresa de petróleo que obteve permissão de operação.

    "Foram pedidos feitos no passado. Entre leilão, exploração e conseguir a licença ambiental para efetivamente produzir, demora-se uma média de seis anos", diz Adriano Pires, da consultoria Cbie.

    Em números absolutos, no entanto, o tipo de empreendimento que mais teve aprovações não foi o de petróleo, mas o de linhas de transmissão de energia: foram dez.

    Essas são autorizações que chegam à fase final depois de cerca de cinco anos, diz Claudio Sales, presidente do Instituto Acende Brasil.

    A permissão para operar linhas é dada depois das licenças prévia e de instalação. "O processo inteiro é um calvário", afirma Sales. Geralmente, há problemas fundiário e de traçado, segundo ele.

    O órgão deverá receber 34 novos pedidos decorrentes de um leilão de outubro de 2016, diz Mario Miranda, presidente da Abrate (associação de transmissoras).

    "O número [de novos protocolos] vai aumentar significativamente ao longo de 2017 em decorrência da relicitação de lotes que ficaram vazios até 2016 e com novos empreendimentos."

    ibama

    *

    Com nova regra, setor de biodiesel prevê recuperação neste ano

    O aumento do percentual de biodiesel no diesel comum -de 7% para 8%, em 2017- deverá reverter a retração de consumo no ano passado, segundo a Aprobio, que reúne empresas do setor.

    A produção deverá subir cerca de 8%, afirma Erasmo Battistella, presidente da associação e da produtora BSBIOS. Com uma retomada da economia, porém, a alta poderá chegar a até 12%.

    A mudança da proporção é determinada por lei, aprovada em 2016. Até março de 2019, a taxa será de 10%.

    A alta vem em boa hora: em 2016, a queda de consumo é projetada em cerca de 4%, indicam dados da ANP (agência reguladora). A ociosidade do setor é hoje de 50%.

    "Neste ano, o problema da ociosidade não será solucionado, mas deverá diminuir em 15%", diz o executivo.

    No caso da BSBIOS, que em 2016 teve a maior participação nas entregas do combustível, a taxa está abaixo dos 10%, segundo Battistella. Os investimentos da empresa, porém, não deverão ser retomados em 2017.

    "Vamos aguardar o mercado dar sinais de retomada para voltar a expandir."

    bio1

    bio2

    *

    Aposentadoria jovem

    O envio da proposta de reforma da Previdência ao Congresso impulsionou os planos privados, sobretudo os produtos segmentados.

    A demanda nos planos para crianças aumentou em mais de dez vezes no ano passado na Caixa, após a cesta ser relançada em outubro.

    Em 2016, o volume total de vendas da companhia chegou a R$ 4,5 bilhões, uma alta de 49% em relação a 2015.

    Produtos voltados para mulheres e o VGBL de até R$ 1.000 mensais cresceram 57% e 30%, respectivamente.

    "A discussão [sobre a reforma] levou pessoas de menor poder aquisitivo a procurar planos de previdência", diz Rosana Techima, diretora da área na Caixa Seguradora.

    A Brasilprev arrecadou R$ 9,5 bilhões com o produto para jovens em novembro, alta de 15% em relação a 2015.

    A empresa investirá em novos fundos em 2017, mas o foco serão opções que combinam renda fixa com variável, diz o presidente Paulo Valle.

    "O incremento, na comparação com 2015, foi de 28% em novembro", afirma.

    *

    Carrinho vazio

    O faturamento do comércio eletrônico paulista chegou a seu pior nível no terceiro trimestre de 2016, segundo levantamento da FecomercioSP e da E-bit.

    A retração da receita foi de 4,6% nos 12 meses até setembro do ano passado.

    "A maior parte dos produtos vendidos virtualmente são supérfluos, que acabam cortados em um momento de crise", diz a economista da federação Julia Ximenes.

    O volume de operações teve uma alta de 1,4% no terceiro trimestre de 2016, na comparação com igual período do ano anterior. O tíquete médio das compras, porém, caiu 7,9% no período.

    O desempenho nacional, diz ela, segue uma tendência semelhante. O Estado de São Paulo representa 46% da receita com as vendas no país.

    *

    Ano letivo As pessoas que vão comprar material escolar pagarão à vista e em cima da hora, aponta uma pesquisa da Ipsos feita a pedido da Fecomércio RJ. Livros de educação têm inflação de 0,69% nos 12 meses até novembro.

    Diagnóstico O laboratório Sabin fechou, na terça-feira (10), a compra do centro de medicina diagnóstica Franco do Amaral, em Campinas (SP), que teve receita de R$ 13 milhões em 2016. O valor da aquisição não é revelado.

    *

    Hora do café

    com FELIPE GUTIERREZ, TAÍS HIRATA e IGOR UTSUMI

    mercado aberto

    Maria Cristina Frias, jornalista, edita a coluna Mercado Aberto, sobre macroeconomia, negócios e vida empresarial.
    Escreve diariamente,
    exceto aos sábados.

    Edição impressa

    Fale com a Redação - leitor@grupofolha.com.br

    Problemas no aplicativo? - novasplataformas@grupofolha.com.br

    Publicidade

    Folha de S.Paulo 2024