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    Mercado Aberto - Maria Cristina Frias

    Intervenção na Oi só acontecerá se recuperação fracassar, diz Kassab

    17/01/2017 03h00

    O governo não quer intervir na companhia telefônica Oi, que enfrenta uma recuperação judicial, porque dirigir uma empresa não é seu papel, diz Gilberto Kassab, ministro da Ciência, Tecnologia, Inovações e Comunicações.

    "É trazer para si uma responsabilidade. O governo fará o que estiver ao nosso alcance para apoiar essa negociação, mas tem limites de constitucionalidade, de ética e das finanças", afirma.

    A única possibilidade de isso acontecer, segundo ele, é se a recuperação judicial fracassar. Se for esse o caso, "o governo, por meio da Anatel, é obrigado a intervir, e a agência está preparada."

    Editoria de Arte/Folhapress
    Contrados de banda larga, por Estado
    Contrados de banda larga, por Estado

    A empresa poderá se beneficiar da nova Lei Geral de Telecomunicações, que foi aprovada na Câmara e que, agora, tramita no Senado.

    Entre outras mudanças, a lei, se aprovada, transforma obrigações de investimento em telefonia fixa em aportes de recursos em banda larga.

    O projeto, no entanto, enfrenta a resistência de um grupo de senadores de oposição que entrou na Justiça para que a lei volte a ser debatida em plenário.

    O ministro Kassab diz que não é adequado se manifestar sobre o trâmite, mas ataca os argumentos contrários à lei. "Essa oposição, um tempo atrás, defendia esse mesmo projeto", afirma.

    Na semana passada, o ministro afirmou que as operadoras poderiam estabelecer limites de consumo de planos de banda larga. Agora, no entanto, ele diz que esse modelo não funciona para o país.

    "A realidade do Brasil não permite que haja limite [de consumo]. Outros países têm, mas aqui não se permite, e essa é a razão de eu defender a não existência de franquia."

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    Produção de aço em 2016 regride ao pior nível desde 2009

    O ano de 2016 foi o pior para a siderurgia brasileira desde 2009, de acordo com o Instituto Aço Brasil (do setor).

    Foram produzidos 30,2 milhões de toneladas de aço bruto e 20,9 milhões de toneladas de laminados, quedas de 9,2% e 7,7%, respectivamente, em relação a 2015.

    A crise que atingiu os maiores clientes de siderúrgicas (construção civil, máquinas e equipamentos e automotivo) derrubou as vendas internas, que caíram 9,1%, diz Marco Polo de Mello Lopes, presidente-executivo da entidade.

    As exportações, tratadas como prioridade para 2017, tiveram redução de 2,1% em volume e 15% em valor em 2016.

    As vendas externas sofreram com o excedente mundial de capacidade instalada -hoje em 780 milhões de toneladas-, e pela redução de preços, puxada pela China.

    A principal demanda do setor é que a alíquota do Reintegra (regime que compensa exportadores) seja elevada de 2% para 5% ainda neste ano.

    "O diálogo entre Fazenda, ministérios e associações caminha bem, mas, hoje, não enxergamos nenhum sinal de retomada do setor."

    aco

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    Fumo a bordo

    A exportação brasileira de tabaco e derivados caiu 6,5% em volume no ano passado, na comparação com 2015.

    Ao todo, 483 mil toneladas foram vendidas para 90 países, segundo o Mdic (Ministério do Desenvolvimento, Indústria e Comércio Exterior).

    As vendas externas totalizaram US$ 2,12 bilhões (cerca de R$ 6,84 bilhões no câmbio atual), 2,9% a menos que no ano anterior.

    O resultado foi levemente superior ao esperado, diz Iro Schünke, presidente do Sinditabaco (do setor).

    "Alguns países tiveram quedas distintas em relação a volume e valor. A China, por exemplo, manteve a mesma quantidade importada, mas com o preço em dólar quase 6% maior", afirma.

    A expectativa é que 2017 seja um ano melhor. "A produção vai ser maior que a do ano passado. Teremos um volume mais próximo de 2015, o que pode ajudar a aumentar as vendas em quilos."

    tabaco

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    Emergentes... Os trabalhadores de países em desenvolvimento notam em um ritmo mais acelerado as mudanças que a tecnologia provoca no trabalho, segundo a Accenture, que ouviu 10,5 mil funcionários em dez países.

    ...otimistas Os emergentes também são mais otimistas quanto à automação: no Brasil, 87% acreditam que trará mais oportunidades, contra uma média global de 80%. A pesquisa será apresentada nesta terça (17), em Davos.

    Faça... A Easy Post, companhia de terminais de autoatendimento para comércio eletrônico, vai investir R$ 18 milhões neste ano para ampliar sua estrutura no país.

    ...você mesmo Serão instalados terminais para que clientes retirem os produtos comprados on-line em São Paulo, Rio de Janeiro, Belo Horizonte, Curitiba e Brasília.

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    Hora do café

    com FELIPE GUTIERREZ, TAÍS HIRATA e IGOR UTSUMI

    mercado aberto

    Maria Cristina Frias, jornalista, edita a coluna Mercado Aberto, sobre macroeconomia, negócios e vida empresarial.
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