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    Mercado Aberto - Maria Cristina Frias

    Gasto público com remédio cresce em ritmo menor em 2017

    20/01/2017 02h59

    Zanone Fraissat/Folhapress
    SÃO PAULO, SP - 14.04.2010: ANVISA/PROIBIÇÃO/REMÉDIOS/SP - O STJ (Superior Tribunal de Justiça) suspendeu as liminares que permitiam que farmácias ligadas à Abrafarma (Associação Brasileira de Redes de Farmácias e Drogarias) e à Febrafar (Federação Brasileira das Redes Associativas de Farmácias) continuassem a vender remédios sem prescrição médica nas prateleiras e outros produtos que não são medicamentos --como refrigerantes e doces, por exemplo. (Foto: Zanone Fraissat/Folha Imagem/Folhapress)
    Medicamentos em farmácia; vendas no varejo cresceram 13,1% em 2016

    O orçamento do Ministério da Saúde destinado a medicamentos cresceu 3% em 2017, uma taxa menor que a de anos anteriores, aponta pesquisa da Interfarma, que representa as farmacêuticas.

    Em 2016, o aumento da verba havia sido de 24,5% e, no ano anterior, de 12,6%. O volume de recursos destinados à Saúde em 2017 foi aprovado no fim do ano passado, mas o valor poderá sofrer alterações a depender do processo de repatriação de recursos do exterior.

    A grande preocupação das empresas que vendem a governos é a crise fiscal de Estados e municípios, que têm orçamentos próprios, mas recebem repasses da Saúde.

    Muitos deles têm reduzido o volume de compras e atrasado pagamentos —no último levantamento da Interfarma, feito há quatro meses, a dívida somava R$ 1 bilhão, afirma o presidente-executivo da entidade, Antônio Britto.

    O problema não ocorre no âmbito federal, ele destaca.

    O repasse a Estados e municípios se mantém estável e é uma prioridade da atual gestão, segundo o ministério.

    À coluna, a pasta diz que também prevê parcerias com a indústria para ampliar a produção nacional de remédios, com investimento de R$ 6,3 bilhões nos próximos anos.

    O desempenho do setor no varejo, que representa 75% de sua receita, segue em alta.

    Em 2016, o faturamento com as vendas —sem considerar eventuais descontos de farmácias— cresceu 13,1% e chegou a R$ 85 milhões, segundo dados do IMS Health.

    As farmacêuticas que tiveram o maior crescimento no segmento no ano foram Teuto (27,3%), Eurofarma (21,7%) e Aché (17,5%). A empresa com a maior receita foi a NC Farma, seguida por Hypermarcas.

    Compras farmacêuticas - Gasto do Ministério da Saúde com medicamentos e insumos, em R$ bilhões

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    EM DAVOS

    Inspiração... Um dos temas centrais para o México é o combate à corrupção, afirmou Francisco Diaz, CEO da agência estatal ProMéxico, no Fórum Econômico Mundial.

    ...latina "O Brasil tem tido um sucesso notável na área, e temos de fazer o mesmo", disse. Na imensidão do Fórum, a Lava Jato sensibiliza mais os vizinhos e investidores que já estão na região.

    Só rindo "E este ano vai ser 'trumplicado'", concluiu o mexicano, arrancando risos, em almoço dedicado ao panorama da América Latina.

    Bem na foto Como na última reunião do FMI, ministros e presidentes de bancos centrais latino-americanos concorrem pela imagem mais otimista de seus países no Fórum.

    Vem pra cá É o caso de Brasil, México, Colômbia e Argentina. Todos vendem a investidores oportunidades em concessões de infraestrutura.

    Até ela Após elogiar a fala de Ilan Goldfajn, presidente do BC, Ana Botín, presidente do Santander, brincou: "Mas ainda não disse quanto ficará o real no fim deste ano".

    Muda lá... Botín exaltou também o trabalho feito na área de educação da Argentina pelo governo Macri. "É isso o que vai mudar a região", afirmou a espanhola.

    ...falta aqui A educação e a falta de um projeto de longo prazo para o Brasil foram alvo de críticas de executivos brasileiros para autoridades do país presentes nesta edição do Fórum.

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    Contato físico

    O Banco Fator anuncia neste mês um novo nome para a diretoria de sua divisão de private banking.

    Maria Francisca Sachs, que no passado estruturou a área na instituição, agora reassume o posto, após passar dois anos na diretoria de relacionamento com o cliente.

    O nome foi uma escolha do presidente do banco, Marco Antonio Bologna, para implementar um novo projeto de segmentação em 2017, em que pretende tornar a relação com o cliente mais especializada, segundo ele.

    Entre os planos, está uma adaptação na linguagem dos relatórios elaborados pelo economista-chefe, José Francisco de Lima Gonçalves.

    "Os relatórios para clientes do private terão uma versão específica, com linguagem mais voltada para pessoas físicas", diz Sachs, que passou por instituições como ABN Amro e BNP Paribas.

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    Trump não vai impor barreiras para alimento, diz conselheiro

    Não há risco de o governo Trump criar barreiras para a agricultura brasileira, diz Bruce Rastetter, diretor-executivo do Summit Agricultural Group e um dos conselheiros do republicano para o setor durante a campanha.

    "Um dos equívocos em relação ao que o novo presidente quer dizer quando ele fala em comércio justo é que ele quer embargos. Haverá comércio e será mais aberto e transparente."

    Depois das eleições, Rastetter chegou a visitar Trump em uma das suas torres em Nova York. Seu nome foi cotado para a secretaria de agricultura —o escolhido, no entanto, foi um ex-governador do Estado da Geórgia.

    "Como membro do comitê de conselheiros de Trump, continuarei a defender comércio livre para o crescimento da agricultura. Vou tentar me manter ativo."

    O executivo afirma ser contra cotas de importação de alimentos, como as que os EUA têm para carne bovina.

    O grupo empresarial dele possui cerca de 10 mil hectares de terras em Lucas do Rio Verde, no Mato Grosso, onde produz milho para etanol.

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    Subiu e caiu

    A produção de frango no Estado do Paraná aumentou 4% no ano passado e chegou a 1,75 bilhão de cabeças, segundo o Sindiavipar (sindicato de empresas do setor).

    A maioria (67,5%) foi comercializada dentro do Brasil. A exportação paranaense subiu 4,7% em volume.

    Foi um aumento maior que o do país inteiro. No ano passado, as vendas para fora cresceram 2%. Pela primeira vez, passaram das 4 milhões de toneladas de carne.

    Em receitas, no entanto, houve uma queda na comparação com o ano retrasado. O valor das exportações foi de US$ 6,13 bilhões (R$ 19,6 bilhões na cotação atual).

    É a menor cifra para esse mercado desde 2010.

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    Juventude A Nestlé investirá R$ 10 milhões em 2017 para reaproximar sua marca institucional do público jovem. O gasto será feito em publicidade e ações com o time de vôlei patrocinado pela empresa.

    Do lar O segmento de utilidades domésticas deverá crescer 23,1% no Brasil até 2018, segundo a Euromonitor. Cerca de 200 empresas do ramo se reuniram para criar uma associação do setor, a ABCasa.

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    Hora do Café

    com FELIPE GUTIERREZ, TAÍS HIRATA e IGOR UTSUMI

    mercado aberto

    Maria Cristina Frias, jornalista, edita a coluna Mercado Aberto, sobre macroeconomia, negócios e vida empresarial.
    Escreve diariamente,
    exceto aos sábados.

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