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    Mercado Aberto - Maria Cristina Frias

    Cadeia produtiva de fibra óptica amplia investimentos em 2017

    07/02/2017 02h59 - Atualizado às 11h08

    A indústria que fornece material para redes de fibra óptica planeja expandir sua produção neste ano, com a expectativa de que as operadoras retomem seus investimentos no setor.

    A ZTT do Brasil vai ampliar sua capacidade em 50%, e prevê um aporte de R$ 60 milhões até 2018, afirma o presidente, Alexandre Prioste.

    A Furukawa, que no ano passado migrou toda sua produção de telefonia para o segmento de cabos ópticos, planeja investir US$ 15 milhões (R$ 46,9 milhões) em 2017, em equipamentos e na ampliação de 7% de sua capacidade.

    Em 2016, a média de investimentos das operadoras em redes de fibra óptica caiu entre 30% e 40%, segundo o presidente da empresa no país, Foad Shaikhzadeh.

    Com a estabilização do dólar e a revisão da lei geral de telecomunicações, os executivos esperam uma retomada a partir deste ano.

    "Em um cenário otimista, [as mudanças] serão aprovadas em abril, então não haverá uma evolução significativa já em 2017, mas há muito investimento represado."

    O crescimento na demanda já é perceptível, embora incipiente, afirma Marcello Del Brenna, presidente da Prysmian no Brasil.

    "Estamos nos preparando para a recuperação do setor."

    Além de cabos, a empresa tem uma das maiores produções de fibra óptica no país, setor que recebe grande parte dos aportes em pesquisa e desenvolvimento -neste ano, serão R$ 26 milhões, diz.

    O investimento total na produção de cabos e fibras ópticas não foi revelado.

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    Mudança de tom

    A perspectiva de inflação mais controlada, redução do desemprego e queda contínua das taxas básicas de juros impulsionam melhoras em índices de confiança de diferentes entidades que representam o comércio.

    Um em cada três brasileiros afirma que a economia vai melhorar, segundo índice da Fecomércio RJ, que faz uma pesquisa em oito capitais e mais 64 cidades.

    É uma melhora de 13 pontos percentuais em relação ao ano passado, quando 20% disseram esperar que 2016 fosse positivo.

    Índice Fecomércio RJ - Expectativas sobre a economia melhoram

    Além dos fatores macroeconômicos, as vendas de dezembro impulsionaram o aumento do índice de expectativas da escola de comércio da Fecap, diz Erivaldo Vieira, coordenador do núcleo de conjuntura econômica.

    "Varejistas se surpreenderam com os negócios em dezembro de 2016 —não que tenham sido altos, mas foi melhor que o esperado, e isso eleva as expectativas."

    Índice da Fecap - Expectativas sobre a economia melhoram

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    Antes da terraplenagem

    O nível de emprego no setor de desenvolvimento de projetos, consultoria e gerenciamento de obras recuou para o pior nível desde 2009 no ano passado.

    Cerca de 35,5 mil postos de trabalho foram fechados, uma queda de 10% em relação ao total de vagas do ano anterior, segundo o Sinaenco (sindicato das empresas de arquitetura e engenharia).

    Apesar do cenário problemático, houve uma desaceleração, diz Antônio Rolim, diretor-executivo da entidade.

    "Somos o primeiro setor na construção a sentir os impactos da crise e o primeiro a se reequilibrar na retomada. A piora começou na segunda metade de 2013 e teve seu ápice em 2015, quando houve redução de 12,5%", afirma.

    "Em 2017, as quedas serão residuais. Já saímos do fundo do poço e deveremos parar de piorar."

    Projetos a menos - Estoque de mão de obra nos setores de engenharia e arquitetura

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    Missões diplomáticas

    O Mdic (Ministério da Indústria) e a Apex (agência de exportação) estudam firmar um acordo para compartilhar dados e montar missões comerciais dos dois órgãos.

    Com a mudança no governo Temer do Mdic para o Itamaraty, o acesso da Apex a informações do período anterior teria caído. Roberto Jaguaribe, presidente da agência, nega.

    "É mais um acordo de cooperação, entre outros entendimentos, para atrair investimentos do exterior. Para informação, o contato é permanente, e vamos acelerar agora. Não há restrição. A Apex já era autônoma", diz.

    Ele defende a criação de outros canais com o ministério, não só no fluxo de dados. "A relação com o Mdic é a melhor possível.

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    Centro-Oeste

    A incorporadora Map Mall e a imobiliária JVF investirão R$ 60 milhões na construção de um terminal rodoviário em Sinop, no Mato Grosso.

    O empreendimento será feito com um shopping center e um hotel para atender cerca de 30 cidades nas proximidades, diz o fundador da Map Mall, Marcio Malamud.

    "A partir de Sinop, vamos nos estabelecer na região, que é um dos nossos focos junto com o Triângulo Mineiro e o Sul de Goiás."

    A empresa planeja crescer em áreas com menos de 200 mil habitantes e afastadas do eixo Rio-São Paulo, onde atuava três anos atrás.

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    Compra... A Fundação Faculdade de Medicina poderá fazer compras por meio do pregão eletrônico gerido pela secretaria da Fazenda paulista.

    ...saudável A economia prevista é de 26%. Em 2015, a organização destinou R$ 301,3 milhões em aquisições ao Hospital das Clínicas e à USP.

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    Hora do Café

    com FELIPE GUTIERREZ, TAÍS HIRATA e IGOR UTSUMI

    mercado aberto

    Maria Cristina Frias, jornalista, edita a coluna Mercado Aberto, sobre macroeconomia, negócios e vida empresarial.
    Escreve diariamente,
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